15/10/2022 às 11:07, atualizado em 15/10/2022 às 10:50

Mais de 266 mil cestas verdes reforçaram a alimentação de famílias do DF

Programa desenvolvido pelo GDF nos últimos três anos leva alimentos saudáveis para famílias em vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, garante aos produtores rurais a aquisição da produção

Por Rafael Secunho, da Agência Brasília | Edição: Rosualdo Rodrigues

Após quase quatro anos da atual gestão, o Governo do Distrito Federal (GDF) chega à marca de mais de 266 mil cestas de produtos da agricultura entregues a milhares de famílias do DF por meio do programa Cesta Verde.

Com 13 kg e abastecida com vegetais, tubérculos e hortaliças, a cesta vem sendo um reforço importante para pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar. E, por outro lado, um estímulo aos agricultores familiares do DF responsáveis por produzir os alimentos da sacola.

Comprados diretamente de produtores rurais, os alimentos chegam à mesa de quem precisa | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília

O investimento neste programa, segundo números da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), já é de cerca de R$ 7,19 milhões e todas as ações são executadas em parceria com a Secretaria de Agricultura (Seagri). Comprados diretamente de produtores rurais, os alimentos chegam à mesa de quem precisa.

[Olho texto=”“Nosso objetivo é, aos poucos, atingir o maior número de famílias e também introduzir alimentos como o ovo, por exemplo. A cesta é fundamental e sempre falamos que ‘quem tem fome tem pressa’”” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”]

“As cestas são um complemento para os beneficiários do programa Prato Cheio. Elas tiveram um papel importantíssimo ao longo da pandemia e permanecem sendo distribuídas. É uma forma de oferecer uma alimentação saudável a todos os beneficiados”, pontua a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. A pasta da assistência social se encarrega de distribuir as cestas aos beneficiários cadastrados.

O Prato Cheio fornece R$ 250 para famílias carentes comprarem alimentos ao longo de seis meses. Paralelamente, as pessoas recebem a sacola verde com produtos cultivados nas terras do DF. Plantados por agricultores como Cliomarco Almeida, 59 anos, morador do Núcleo Rural Alexandre Gusmão, em Brazlândia.

Auxiliado por seis pessoas da família, Cliomarco produz em média 100 toneladas por ano de hortaliças, beterraba, cenoura e frutas em geral. Ele é cadastrado no Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF), da Seagri (leia mais abaixo).

Com 13 kg e abastecida com vegetais, tubérculos e hortaliças, a cesta verde é reforço importante para pessoas em situação de vulnerabilidade

“Para nós, pequenos produtores, esses programas são de extrema importância. A pandemia foi muito difícil, não conseguíamos vender nossa produção. Não tinha procura”, explica. “Sabendo que o governo vai comprar da gente, é mais garantido né? Estimula a gente a plantar. Agradeço muito ao GDF”, adianta o agricultor familiar, que é membro de uma cooperativa local com mais de 80 integrantes. “Me sinto orgulhoso com isso aí, estou ajudando a alimentar quem precisa.”

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Diretor de compras institucionais da Seagri, Lúcio Flávio da Silva reforça que produzir para o Cesta Verde e outros projetos do governo é um impulso para quem trabalha no campo. “O Cesta Verde é um dos programas atendidos pelo Papa-DF, criado pela nossa secretaria. E, com ele, estamos gerando emprego e renda no campo, além de segurança alimentar nutricional para essas pessoas”, afirma. Cerca de 5 mil produtores contribuem para o Cesta Verde, calcula o diretor

“Nosso objetivo é, aos poucos, atingir o maior número de famílias e também introduzir alimentos como o ovo, por exemplo. E essa parceria com a Seagri tem dado muito certo. A cesta é fundamental e sempre falamos que ‘quem tem fome tem pressa’”, finaliza Ana Paula Marra.

Os componentes da sacola verde são viabilizados por meio do Papa-DF, projeto da Seagri que compra direto de agricultores familiares. O programa permite que cada família de produtores comercialize até R$ 120 mil por ano junto ao governo.

Arte: Agência Brasília