20/10/2022 às 14:36, atualizado em 20/10/2022 às 14:38

Idosos da UBS 3 do Gama retomam atividades terapêuticas presenciais

Depois de dois anos, homens e mulheres da melhor idade se reencontram no grupo Raio de Sol para desenvolver atividades artísticas, físicas e de terapia comunitária

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo

Interação, convívio social, terapia comunitária, oficinas de artesanato, fisioterapia, passeios e boas gargalhadas. Tudo isso é proporcionado aos idosos que participam do grupo da melhor idade Raio de Sol, da Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 do Gama. Após dois anos de pandemia da covid-19 e com as atividades suspensas, o grupo retomou sua programação nesta quarta-feira (19) com um de seus encontros semanais.

O grupo se reúne todas as quartas, às 8h, e cada encontro é marcado por um tipo diferente de exercício ou atividade. A próxima semana será uma caminhada ao ar livre. Para participar basta ser cadastrado na UBS 3 do Gama. Atualmente, o Raio de Sol possui 44 idosos inscritos.

“O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos idosos ajudando com o alívio de dores crônicas e musculares, melhorando índices de glicemia e de hipertensão”, explica a agente de saúde e uma das fundadoras do grupo, Edna Maria Vieira. “Além disso, proporciona o convívio social com outras pessoas, evitando, assim, o isolamento dentro de casa e doenças como a depressão”, complementa.

Atualmente, o Raio de Sol possui 44 idosos inscritos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde

Grupo terapêutico

Durante o encontro desta semana, a fisioterapeuta da UBS 3 do Gama, Karina Silva, passou uma série de alongamentos e exercícios físicos aeróbicos, que ajudam com as dores de coluna e nas articulações, queixa da maioria dos participantes. Depois, teve o lanche comunitário, seguido de momento livre para interação.

“Coloco todos para se movimentarem, isso faz bem para a saúde tanto física como mental, pois se divertem, dão risadas, interagem, saem de casa e se sentem valorizados. É gratificante ver que o grupo ficou parado por tanto tempo e retornou com os participantes animados”, observa.

A gerente da unidade, Roseli Lopes, explica que as atividades têm o objetivo de acolher o público da melhor idade. “O idoso muitas vezes tem a sensação de abandono e solidão muito grande, então os grupos de convivência ajudam muito”, ressalta.

Confira o que dizem os participantes:

Ana Maria diz: “É um momento só para mim”

Ana Maria de Moraes, 67 anos – “Já reservei minha quarta-feira para me dedicar ao grupo; bem melhor que ficar trancada dentro de casa. É um momento só para mim.”

Celina Vasconcelos, 65 anos – “Aqui fazemos exercícios, amizades e isso é muito bom. Idosos são muito excluídos e temos uma vida muito solitária. Nossos filhos têm a vida deles, precisam trabalhar, não podem nos acompanhar em tudo o que a gente quer fazer. Por isso, sempre busco participar dessas atividades, pois me fazem muito bem.”

Antônio Matos diz: “Aqui a gente espairece, sai um pouco do sofá, faz amizades”

Antônio Matos, 70 anos – “Aqui a gente espairece, sai um pouco do sofá, faz amizades. Durante a pandemia estava só dentro de casa, não saía para nada, e a gente vai ficando estressado. Depois que comecei a participar do grupo, meu filho disse que estou bem-humorado.”

Divina de Araújo, 78 anos – “Eu não pegava nem ônibus, porque tinha medo. Hoje minha mobilidade está bem melhor. São exercícios que ajudam muito. Eu amo este grupo, gosto muito de vir e participar, conversar, até porque eu sou sozinha, não tenho filhos”.

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF