11/11/2022 às 16:07, atualizado em 11/11/2022 às 16:46

Projeto leva cultura e cidadania ao Itapoã

Durante cinco meses, o Arte Brasil ofereceu à comunidade cursos de percussão, de dança afrocontemporânea e de artesanato

Por Catarina Lima, da Agência Brasília | Edição: Rosualdo Rodrigues

Neste sábado (12), será realizada a festa de encerramento do projeto Arte Brasil: Cultura e Cidadania no Itapoã. Além de música e diversão para a comunidade, o encerramento do evento contará com exposição do artesanato e apresentações artísticas dos conteúdos desenvolvidos durante os cinco meses de duração do projeto.

Durante os cinco meses, cerca de 100 alunos participaram das aulas, dadas por três professores e dois monitores | Fotos: Randal Andrade/ Divulgação

A confraternização, que começará com acolhimento dos participantes, será concluída com um grande show de música brasileira. O evento está previsto para acontecer das 9h às 12h, na Quadra 378 do Itapoã II. O Arte e Cultura contou com R$ 79 mil de recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC).

O Arte Brasil: Cultura e Cidadania no Itapoã levou à comunidade da região administrativa aulas de percussão, dança afrocontemporânea e artesanato. Durante os cinco meses de duração do projeto, cerca de 100 alunos participaram das aulas, que foram dadas por três professores e dois monitores.

De acordo com a produtora do projeto, Ana Paula Caio, foi surpreendente a adesão do público feminino na faixa dos 70 anos à dança afrocontemporânea. “A dança afro foi muito abraçada pelas mulheres de mais idade. Isso se deve muito também ao fato de o professor que deu as aulas ter trabalhado de acordo com a capacidade de cada um”, explicou Ana Paula. “Acho que atingimos nosso objetivo que era dar uma atividade de lazer às pessoas do Itapoã”, comemorou a produtora.

A produtora do projeto considerou surpreendente a adesão do público feminino na faixa dos 70 anos à dança afrocontemporânea

O agente cultural e percussionista Celinho Dú Batuk, que também faz parte do Arte Brasil, destacou a importância social da realização do projeto no Itapoã. “A música é transformadora. Alguns adolescentes que no início do curso nem falavam agora já se comunicam, se interessam pelas coisas”, frisou Celinho.

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De acordo com o músico, por meio da arte os adolescentes de uma comunidade carente começam a enxergar oportunidades que antes não viam. “Durante todo o projeto, incentivamos os jovens a estudar, a ingressar na universidade. Alguns deles encaminhamos para a entidade beneficente Casa de Ismael, que os indica para estágios no Banco do Brasil e na Caixa Econômica”, destacou.

Quem também comemora o resultado positivo do projeto Arte Brasil é uma das monitoras, Juliana Fernandes. Ela integrou o projeto na vaga destinada ao monitor Pessoa Com Deficiência (PCD). “Foi muito emocionante e gratificante passar esses cinco meses sendo monitora PCD, pois tive a oportunidade de conviver com jovens, adultos e idosos e pude realizar o sonho de participar de um projeto com jovens, adultos e crianças no Itapoã”, disse.