03/12/2022 às 17:10, atualizado em 03/12/2022 às 19:49

Força-tarefa de dermatologia atende mais de 700 pacientes

Ação realizada neste sábado (3), no HRAN, faz parte da campanha Dezembro Laranja, de prevenção e tratamento do câncer de pele

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

Oitenta médicos dermatologistas realizaram neste sábado (3), no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), uma força-tarefa para diagnóstico e tratamento do câncer de pele. Mais de 700 pacientes foram consultados e 50 passaram por procedimentos cirúrgicos no mesmo dia.

O atendimento rápido foi fruto de uma parceria entre a Secretaria de Saúde e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que neste mês promove a campanha Dezembro Laranja, focada na prevenção e tratamento do câncer de pele.

Cinquenta pacientes passaram por procedimentos cirúrgicos no mesmo dia | Foto: Tony Winston/Secretaria de Saúde

“Nós realmente estamos impressionados com o número de casos diagnosticados. Vamos conseguir operar e dar aos pacientes grandes chances de cura”, afirma a médica dermatologista Beatriz de Medeiros Ribeiro, servidora da Secretaria de Saúde. A força-tarefa contou com a participação de 20 médicos da rede pública do Distrito Federal, além de enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais. Mais 60 voluntários da Sociedade Brasileira de Dermatologia se uniram ao grupo para ampliar o número de atendimentos e possibilitar o tratamento imediato.

[Olho texto=”O Instituto Nacional do Câncer registra anualmente cerca de 185 mil novos casos de câncer de pele no Brasil, cerca de 33% de todas as ocorrências” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

Foi o caso do aposentado Nilson Barbosa Santos, de 69 anos. “Sempre fui muito de pegar sol. Eu já nasci perto da praia”, conta o parnaibano, que diz ter costume de fazer atividades ao ar livre, como cuidar de plantas. Com o passar dos anos, pequenas lesões na pele despertaram a preocupação. “Foi bom eu ter vindo porque foram constatadas três lesões”, revela. Logo após o diagnóstico, ele passou por um tratamento com nitrogênio líquido.

A autônoma Geane Araújo, de 35 anos, já estava pensando em marcar uma consulta médica quando soube do atendimento no HRAN. “Apareceu uma bolinha no meu braço e a preocupação é estar com câncer. Acho que foi excesso de sol. Eu me protegia muito pouco”, diz. Hoje, ela destaca a importância de reforçar os cuidados. “A pele da gente é um órgão também”, lembra.

[Olho texto=”A força-tarefa contou com a participação de 20 médicos da rede pública, além de enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais. Mais 60 voluntários da Sociedade Brasileira de Dermatologia se uniram ao grupo para ampliar o atendimento” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A presidente regional da SBD no Distrito Federal, Rosa Matos, alerta que há quem minimize o câncer de pele, mas há risco de ser maligno e até ter alto índice de mortalidade. “Se a gente consegue fazer um diagnóstico precoce é totalmente curável”, acrescenta. A dermatologista ressalta ainda que no Brasil há alta incidência de raios solares e que a população precisa aprender a se proteger. “Todos temos risco de desenvolver câncer de pele. Proteja-se. Não espere sentir na pele”, finaliza.

O atendimento rápido foi fruto de uma parceria entre a Secretaria de Saúde e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) | Foto: Tony Winston/Secretaria de Saúde

Câncer de pele

O Instituto Nacional do Câncer registra anualmente cerca de 185 mil novos casos de câncer de pele no Brasil, cerca de 33% de todas as ocorrências. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, porém há o risco do melanoma, um tipo agressivo, com mais de oito mil casos registrados no país ao ano.

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Entre os possíveis sinais do câncer de pele estão lesões de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente. Também é possível o câncer aparecer como uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho ou uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

A orientação para quem apresentar esses sintomas é comparecer à Unidade Básica de Saúde (UBS) para atendimento inicial. A partir do diagnóstico, o paciente será encaminhado para tratamento e cirurgia. Para saber a UBS de referência, deve-se acessar o site Busca Saúde DF.

Força-tarefa de dermatologia atende mais de 500 pacientes no HRAN

*Com informações da Secretaria de Saúde