04/01/2023 às 19:15

Mais proteção e acolhimento para as mulheres

Nova gestão da Secretaria da Mulher vai reforçar a divulgação dos serviços de atendimento do GDF a fim de prevenir a violência de gênero e o feminicídio, além de levar informações sobre o tema para as escolas

Por Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes

As mulheres são maioria no Distrito Federal, representando 52,2% da população que contribui diariamente para o futuro e o funcionamento da nossa sociedade. Por elas, o Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria da Mulher (SMDF), trabalha na missão de articular ações, serviços e políticas públicas voltadas para este público.

Professora e servidora de carreira, Giselle Ferreira de Oliveira assume a pasta com propostas para a continuidade e a expansão dos serviços de proteção das mulheres e de promoção da saúde, da assistência social e do empreendedorismo feminino.

Casa da Mulher Brasileira: equipamento foi criado para oferecer atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

A pasta pretende começar o ano promovendo campanhas de divulgação dos serviços de atendimento do GDF voltados para o acolhimento e a proteção das mulheres em situação de violência doméstica. O objetivo é prevenir a violência de gênero e o feminicídio, por meio do incentivo à denúncia, e apresentar os equipamentos da pasta, como a Casa da Mulher Brasileira (CMB), a Casa Abrigo, os Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceams) e os Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds).

Secretária Giselle Ferreira: “É importante conscientizar sobre a violência de gênero desde cedo; nós vamos trabalhar para incluir a pauta no currículo escolar e garantir que nossos jovens estejam instruídos desde cedo” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

“Este é um trabalho que precisa ser de todos. Não só do governo, mas também de órgãos não-governamentais, da imprensa e da sociedade civil. Assim, nós vamos informar e conscientizar a população sobre tudo o que já está disponível para atendê-la”, explica a secretária.

Outro objetivo é continuar a luta pelo índice zero em número de feminicídios, mas, também, trabalhar o apoio às famílias das vítimas deste crime. “Não existe outro número que a gente possa buscar. Um feminicídio já é muito”, declara Giselle. Ela ainda destaca que o assassinato de mulheres pelo simples fato de serem mulheres afeta famílias inteiras e gera vítimas indiretas: os órfãos do feminicídio. A proposta é reforçar o acolhimento e o cuidado com aqueles que, além da vítima, sofrem as consequências da violência contra a mulher.

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Levar informações sobre os direitos das mulheres e a legislação de enfrentamento à violência para as escolas também é um dos principais eixos que a pasta deve desenvolver. “É importante conscientizar sobre a violência de gênero desde cedo; nós vamos trabalhar para incluir a pauta no currículo escolar e garantir que nossos jovens estejam instruídos desde cedo”, diz a secretária.

Além disso, a Secretaria da Mulher dará continuidade aos projetos e ações em andamento, voltados ao empreendedorismo feminino e à autonomia econômica das mulheres, outro foco da nova gestão. Segundo Giselle, mais um campo de atuação será na oferta de capacitações e oportunidades para que a população feminina possa decidir seu próprio futuro.

*Com informações da Secretaria da Mulher