07/01/2023 às 15:27

Hospital Veterinário do DF é aprovado por 95% dos usuários

Quase metade da população do DF tem pets em casa; animais contam uma rede gratuita estruturada que oferece consultas, cirurgias em diversas especialidades e castração

Por Catarina Lima, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

A última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), realizada em 2021 pelo Instituto de Pesquisa e Estatística, aponta que 49,6% das pessoas no DF convivem com pelo menos um animal de estimação: 41,9% têm cachorros, 11,1% possuem gatos, 5% criam aves, 2,3% cuidam de peixes e 1,4% se dedicam a outros animais. A estimativa é que esses bichos pertençam a cerca de 390 mil famílias.

Tutores de cães e gatos têm acesso a atendimento gratuito para seus pets no Hvep | Foto: Arquivo/Agência Brasília

Dessa turma, cães e gatos contam com atendimento gratuito no Hospital Veterinário (Hvep), situado em Taguatinga. De acordo com o secretário-executivo do Instituto Brasília Ambiental, Thulio Morais, 95% dos usuários da unidade veterinária classificam o serviço como bom ou ótimo.  “A causa animal tem tomado espaço”, analisa. “Nos últimos dez anos, aumentou a conscientização da necessidade de vacinação, castração e uso de coleira”.  

[Olho texto=”“Hoje o pet faz parte da família, e o hospital é o respeito de que os animais precisam” ” assinatura=”Lindiene Samayana, diretora do Hvep” esquerda_direita_centro=”direita”]

Desde 2019, para atender as demandas crescentes dos animais e de seus tutores, o Governo do Distrito Federal (GDF) vem expandindo os serviços oferecidos. As consultas diárias do Hospital Veterinário passaram de 30, em 2018, para 150, em 2022. 

O Hvep também foi expandido e ganhou um novo prédio que possibilitou o atendimento a especialidades como dermatologia, oncologia, ortopedia e oftalmologia, passando a oferecer dez leitos para internação. Para seu segundo mandato, o governador Ibaneis Rocha anunciou a construção de um segundo hospital veterinário na capital.

“Não era preciso apenas aumentar o atendimento, mas criar especialidades, que muitas vezes era o que a comunidade buscava”, afirma Thulio. O hospital conta com três centros cirúrgicos onde são feitas, diariamente, de dez a 12 cirurgias emergenciais. “O Hvep é um presente para população do Distrito Federal”, valoriza a diretora do hospital, Lindiene Samayana. “Hoje o pet faz parte da família, e o hospital é o respeito de que os animais precisam”.  

Serviço móvel

[Numeralha titulo_grande=”13.490″ texto=”cirurgias de castração foram realizadas de janeiro a novembro de 2022″ esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Desde novembro de 2022 funciona o serviço veterinário móvel, para atender a população que mora em localidades distantes do Hvep. A iniciativa, que nasceu da necessidade de descentralizar o serviço, começou em Sobradinho. O serviço móvel oferece a recepção e a triagem do animal, atendimento clínico e ambulatorial, coletas para exames de sangue (hemograma e bioquímicos) e, aos tutores, orientações educacionais.

No entanto, não há atendimento cirúrgico, nem exames de imagem (raios-X, ultrassom) no local. “A equipe é composta por um médico, um auxiliar e um profissional da área administrativa, que cuida da organização e da limpeza do local”, explica a diretora do Hvep. Os casos mais graves, lembra ela, são encaminhados para a sede do Hospital Veterinário.

Em sintonia com o equilíbrio do meio ambiente, o GDF, por meio do Brasília Ambiental, oferece o serviço gratuito de castração de cães e gatos. De janeiro a novembro de 2022, foram realizadas 13.490 cirurgias de castração de fêmeas e machos em diversas clínicas contratadas pelo governo.

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Expansão urbana

A proximidade com as áreas urbanas é um dos fatores que contribuem para a presença de cães e gatos nas unidades de conservação. Esses animais podem afetar a dinâmica ecológica de diferentes formas, tanto com a ação predatória sobre outras espécies quanto com a transmissão de doenças.

Além disso, a superpopulação de cães e gatos domésticos gera problemas para os seres humanos. Ninhadas frequentemente abandonadas acabam em situação não domiciliada ou semidomiciliada, com acesso às ruas, situação que expõe os animais a maus-tratos, ao risco de acidentes de trânsito, mordeduras e à proliferação da transmissão de zoonoses.

Consultas no Hvep podem ser marcadas pelo Serviço de Agendamentos do DF.