27/01/2023 às 11:50, atualizado em 27/01/2023 às 14:08

Guajajaras do Noroeste recebem atendimento de equipe da Saúde

Servidores da UBS 2 da Asa Norte levaram serviços de vacinação e acompanhamento de gestantes e diabéticos à comunidade

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Indígenas da comunidade Guajajara, localizada no Noroeste, receberam a visita de uma equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 da Asa Norte. Foram aplicadas 40 doses de vacinas, entre imunizantes contra covid-19, febre amarela, hepatite, tétano e varicela. Além disso, gestantes e diabéticos foram atendidos pelas cinco servidoras.

Mães e gestantes também levaram as crianças para serem imunizadas | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde

“É importante para nós chegar a vacinação aqui na aldeia”, avalia o cacique da comunidade, Francisco Guajajara. “É muito bom ter esse atendimento aqui, não precisar ir até a unidade de saúde”, completa Angelina Guajajara, 22. Ao levar o filho Benjamin, de sete meses, para atualizar a caderneta de vacinação, ela aproveitou para se imunizar contra a covid-19.

A enfermeira Jéssica Luana Gomes conta que a equipe vai semanalmente ao local, atendendo tanto os indígenas Guajajara quanto de comunidades de outras etnias. O papel dos servidores é oferecer os serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) e, em caso de necessidade, encaminhar para as áreas especializadas.

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Respeito às tradições

“É um trabalho diferenciado em muitos aspectos”, explica Jéssica. A enfermeira enfatiza que faz parte da conduta dos servidores manter atenção e respeito aos costumes dos povos originários e adotar uma linguagem clara para explicar a importância dos cuidados com a saúde.

[Olho texto=”Comunidades de São Sebastião, Gama e Paranoá também recebem atendimento, por meio de parceria da Secretaria de Saúde com outros órgãos ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Quando essa equipe está atendendo, é necessário atingir a competência cultural”, explica o médico e antropólogo Fernando Natal, da Coordenação de Atenção Primária (Coaps) da Secretaria de Saúde (SES). Isso significa saber abordar os temas da ciência sem desrespeitar os costumes e crenças dos povos, bem como superar as barreiras linguísticas. O diálogo é fundamental para atingir os objetivos de saúde.

A SES, lembra Fernando, tem organizado oficinas setoriais com outras organizações, como Funai, Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Memorial dos Povos Indígenas e Associação Brasileira de Antropologia. Além da UBS 2 da Asa Norte, a Coaps coordena o trabalho de atenção indígena empreendido pela UBS 1 de São Sebastião e a UBS Cariru, no Paranoá. Essas unidades são responsáveis pelo atendimento de comunidades em São Sebastião, Noroeste, Gama e Paranoá.

*Com informações da Secretaria de Saúde