13/02/2023 às 15:02, atualizado em 13/02/2023 às 15:11

Calhas do Túnel de Taguatinga são conectadas a sistema de drenagem

As valas são responsáveis pela captação de águas pluviais no interior da passagem subterrânea

Por Carolina Caraballo, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger

As valas de escoamento presentes no interior do Túnel de Taguatinga já começaram a ser conectadas ao sistema de drenagem do complexo viário. Manilhas de concreto com 400 mm de diâmetro serão responsáveis por ligar as calhas ao restante da rede, que passará por um separador. O equipamento vai melhorar a qualidade da água antes de o volume chegar ao seu destino final: o Córrego do Cortado.

A ligação das valas à rede de drenagem começou a ser executada na semana passada nas proximidades do Túnel de Taguatinga, no trecho perto da Avenida Elmo Serejo | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

O sistema de escoamento do Túnel de Taguatinga foi construído entre as paredes da passagem subterrânea e as muretas de segurança que resguardam a estrutura da construção. O vão dá lugar ao que os engenheiros chamam de canaleta de utilidades, um espaço confinado que, além das calhas, também abriga os cabos de energia que alimentam o complexo viário.

[Olho texto=”“As águas pluviais também carregam graxa e resíduos de pneu que ficam no pavimento. Daí a importância de haver um sistema de separação que evite lançar esses efluentes na natureza”” assinatura=”Nelson Amaral, engenheiro florestal do Túnel de Taguatinga” esquerda_direita_centro=”direita”]

A ligação das valas à rede de drenagem começou a ser executada na semana passada nas proximidades do Túnel de Taguatinga, no trecho perto da Avenida Elmo Serejo. Quase 16 m de manilhas estão acomodados em frente à entrada do lado sul, que vai de Ceilândia ao Plano Piloto. A mesma extensão foi alojada na saída do lado norte, por onde os veículos vão trafegar no sentido oposto.

“O próximo passo é a construção do separador, um tanque de concreto com capacidade para receber 43 m³ de água”, conta o engenheiro de produção André Barbosa, um dos responsáveis pela obra do túnel. “Esse equipamento ficará semienterrado debaixo do viaduto do BRT – dos 4,32 m de altura, apenas 40 cm estarão expostos acima do pavimento.”

O separador nada mais é do que um reservatório com barreiras superiores que bloqueiam a passagem de resíduos que boiam na água. Engenheiro florestal do Túnel de Taguatinga, Nelson Amaral explica que a chuva escoada pela rede de drenagem de um complexo viário costuma trazer consigo o óleo liberado na pista pelos veículos.

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“As águas pluviais também carregam graxa e resíduos de pneu que ficam no pavimento”, explica Nelson. “Daí a importância de haver um sistema de separação que evite lançar esses efluentes na natureza. Postos de gasolina e oficinas mecânicas também costumam trabalhar com separadores.”

Antes de desaguar no Cortado, a chuva captada pela rede de drenagem ainda passa por uma bacia de retenção localizada a 500 metros do Túnel de Taguatinga, ao lado do córrego. O tanque, com 4.600 m³ de volume, evita que a água desemboque com muita força na natureza, reduzindo qualquer chance de impacto ambiental.

Calhas do Túnel de Taguatinga são conectadas a sistema de drenagem