09/03/2023 às 14:55, atualizado em 09/03/2023 às 15:01

Museu da República expõe artes computacional e sagrada

A partir desta quinta-feira (9), espaço cultural da Secec apresenta três novas mostras, uma delas virtual

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Espaço gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Museu Nacional da República (MuN) abre três exposições para marcar o mês. Nesta quinta (9), são duas mostras. Na Sala 2 do local, será inaugurada Onírica, que apresenta arte computacional e instalações interativas. Já na Galeria Térreo, a mostra Síntese do Sagrado reúne desenhos, pinturas, tapeçaria e afrescos do mineiro Edmar Almeida. Na sexta (10), será a vez da exposição virtual Arquivo Indisponível.

Obras da mostra Onírica podem ser acessadas por meio virtual | Fotos: Divulgação

Onírica e Arquivo Indisponível envolvem arte computacional em diferentes plataformas. A primeira é presencial, mediada por computadores e componentes periféricos; a segunda, virtual, rompe com a linearidade do percurso dentro do museu físico, permitindo ao público acessar as obras de arte por meio dos ícones da página da Academia de Curadoria.

Arquivo Indisponível é fruto de uma cooperação entre o MuN e a Academia de Curadoria, grupo de pesquisa sobre arte digital vinculado à Universidade de Brasília (UnB). Pelo acordo, a cada exposição, obras são doadas ao museu. “O MuN acompanha há 15 anos o encontro de arte e tecnologia pesquisado pelo Departamento de Artes Visuais da UnB e está formando a primeira coleção de arte digital em um museu público, a coleção ARTEMÍDIAMUSEU”, adianta a diretora do museu, Sara Seilert.

Onírica, por sua vez, reúne trabalhos de Rita de Almeida Castro, Carlos Praude e Felipe Castro Praude, que formam o coletivo Canto das Ondas. A exposição tem como estrutura principal um programa computacional de autoria de Carlos. Um software homônimo à exposição recupera e cria imagens de paisagens, que o público pode manipular usando controles semelhantes aos joysticks dos videogames.

Sagrado

A exposição ‘Sagrado’ reúne peças em pintura e outras técnicas artísticas

O nome da mostra Síntese do Sagrado, segundo seu curador, Wagner Barja, “reporta-se a uma trajetória comprometida com a cultura moderna das artes do desenho, da pintura em têmperas, da tapeçaria e do afresco, linguagens plásticas inseridas no conjunto de sua obra”.

Edmar de Almeida frequentou ateliês de Athos Bulcão, Alfredo Ceschiatti, Massao Okinaka e outros artistas renomados. Estudou desenho e pintura com Yolanda Mohalyi por cinco anos e, nas visitas à Europa, aprofundou pesquisas na Academia de Belas Artes de Roma, onde se especializou na pintura em têmpera e afresco, que envolvem técnicas de aglutinação dos pigmentos e intervenção sobre base úmida.

O artista desenvolveu ainda trabalhos de tapeçaria com adolescentes e idosos e criou, em Uberlândia (MG), um centro de tecelagem que remunera tecedeiras para que repassem o saber tradicional aos mais jovens, promovendo a transmissão dessas artes e ofícios seculares.

Além dessas três exposições, a mostra
AQUI ESTOU – Corpo, paisagem e política no acervo do MuN, com curadoria de Sabrina Moura, segue em cartaz no mezanino do museu até 2 de julho.

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Programação
Exposições do Museu Nacional da República – Setor Cultural Sul, Lote 2 – Próximo à Rodoviária do Plano Piloto. Entrada franca, com classificação indicativa livre. 

Onírica
? Abertura nesta quinta (9), às 19h, na Sala 2 do MuN.
? Visitação: até 7 de maio

Síntese do Sagrado
? Abertura nesta quinta (9), às 19h, na Galeria Térreo do Mun
?
Visitação: até 7 de maio

Arquivo Indisponível
? A partir de sexta-feira (10), com acesso por este link.

*Com informações da Secec