18/03/2023 às 13:29, atualizado em 18/03/2023 às 13:56

Grupo Letrinhas da Paz alegra internos no Hospital da Criança

Projeto social desenvolve várias atividades, entre elas a mesa de desenhos, que tem o objetivo de estimular o hábito da autoexpressão entre os pequenos

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

Os internos do Hospital da Criança de Brasília José Alencar receberam, durante dois dias desta semana, a visita do grupo Letrinhas da Paz, projeto voluntário que começou em 2006 e tem o intuito de integrar pacientes com deficiências ao universo da leitura. As atividades incluíram músicas tocadas ao piano no hall central, brincadeiras como dança das cadeiras e morto e vivo, narração de histórias e pintura de desenhos.

Brincadeiras e atividades como a mesa de desenhos buscam integrar pacientes com deficiências | Fotos: Divulgação/HCB

Ana Raquel Alves, seis anos, ficou bastante engajada com todas as atividades trazidas pelo grupo. “Ela ficou muito feliz e eufórica, queria experienciar de tudo. Brincou, desenhou, jogou com o balão, interagiu bastante”, conta Rosana Francisca de Andrade, voluntária do projeto. Segundo ela, o objetivo da mesa de desenhos é estimular o hábito da autoexpressão entre as crianças. “Nós contamos histórias lúdicas com o fantoche; nas músicas das brincadeiras também tem essa contação de histórias. Tentamos trazer uma leveza para o atendimento deles”, explica.

[Olho texto=”“Quando estávamos fazendo as atividades na Bienal, alguém falou da possibilidade de fazermos também no Hospital da Criança e achamos a ideia incrível”” assinatura=”Lyara Apostolico, idealizadora do grupo Letrinhas da Paz” esquerda_direita_centro=”direita”]

Lara Silveira, cinco anos, se divertiu especialmente com as suas ilustrações: a figura desenhada era ela mesma junto ao seu cachorrinho. Sua mãe, Jeisiane Silveira, diz que a menina costuma desenhar bastante e até se chateia na escola quando não pode fazê-lo. Os traços, avançados para a idade da garota, pareciam ter sido feitos por uma criança mais velha. Quando questionada de onde vem as ideias do desenho, a menina afirmou com naturalidade: “Eu gosto de desenhar coisa da minha cabeça”.

No caso de Brayan Kaique Fernandes, nove anos, o que mais chamou a atenção foram apresentações de piano. Segundo a mãe do menino, Gleicyelle Fernandes, ele gosta muito de ouvir música e brincar com bola. A presença do Letrinhas da Paz também foi proveitosa para os acompanhantes: “quando acontece esse tipo de atividade para as crianças, a gente acaba se acalmando, porque é um lazer para ajudar na espera pela consulta”, disse Fernandes.

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Esta é a primeira vez o projeto Letrinhas da Paz visita um hospital pediátrico e, segundo Lyara Apostolico, idealizadora do projeto, foi organizado um cronograma especial para o HCB. “Quando estávamos fazendo as atividades na Bienal, alguém falou da possibilidade de fazermos também no Hospital da Criança e achamos a ideia incrível”. Apostolico comenta que a ação foi pensada em parceria com o Instituto de Aprendizado Exponencial e que houve uma adaptação da iniciativa para realizar a ação.

“Nós vimos que havia um piano, conseguimos pianistas e adequamos as atividades para que fosse possível atender as crianças que aguardavam consultas ou exames. Isso foi um pouco diferente do que fizemos na Bienal, em que tínhamos um espaço bem reservado onde as crianças participavam de uma espécie de roteiro guiado”, explica.

*Com informações do HCB