12/04/2023 às 14:14, atualizado em 12/04/2023 às 18:39

GDF investiu cerca de R$ 15 milhões na reforma das tesourinhas e agulhinhas

As obras de recuperação contemplaram todos os dois acessos das 16 entrequadras que cortam o Eixão Norte e Sul trazendo mais segurança aos motoristas

Por Adriana Izel, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger

As tesourinhas e agulhinhas do Plano Piloto, que estão entre os símbolos mais marcantes de Brasília, vêm passando por uma reformulação desde 2020, quando o Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou a recuperação dos acessos das 16 entrequadras das asas Norte e Sul, com investimento de cerca de R$ 15 milhões. Atualmente, apenas a passagem da quadra 5/6 Sul está em obras.

Reforma de tesourinhas na Asa Sul, como nesta da 202/402 Sul, teve investimento de mais de R$ 9 milhões | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

A reforma teve como motivação um plano estabelecido após a queda do viaduto do Eixão Sul, na área central de Brasília, em fevereiro de 2018. As obras feitas pelo GDF garantem mais segurança e mobilidade para quem precisa trafegar pela área habitacional da cidade.

A primeira etapa foi realizada e concluída nas tesourinhas do Eixão Norte entre 2020 e 2021. Foram investidos R$ 5.438.888,47 para a realização da pintura antipichação, padronização da fachada, recuperação da estrutura de concreto, reconstrução dos guardas-rodas, substituição e recuperação de ferragens e urbanização.

A primeira etapa das obras foi realizada e concluída nas tesourinhas do Eixão Norte entre 2020 e 2021 | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

“As obras de recuperação desses conjuntos são essenciais para garantir a segurança e mobilidade para quem precisa trafegar pelo Plano Piloto. As equipes da Novacap, com muita dedicação, estão garantindo a manutenção das tesourinhas que são rotas de milhares de pessoas todos os dias”, declarou o presidente da Companhia Urbanizadora Nova Capital (Novacap), Fernando Leite.

“Foram 446 dias de trabalho. Realizamos os serviços de recuperação das ferragens comprometidas e expostas, lixamento das armaduras, recuperação das áreas, impermeabilização nas cortinas e teto para uniformizar o tom da estrutura. Também aplicamos o produto antipichação em toda a estrutura de concreto e fizemos a instalação de chapa metálica no encabeçamento dos viadutos e a reconstrução dos guarda-rodas”, afirma Leite.

Último acesso

Na Asa Sul, há apenas um acesso ainda em obras, localizado na quadra 5/6, em fase final dos trabalhos. Os demais já foram liberados e passaram pelos mesmos serviços que as tesourinhas da Asa Norte. A diferença é que no lado Sul da cidade, as passagens tiveram os tijolinhos de cor laranja removidos e substituídos por concreto.

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“A remoção foi feita por uma questão de segurança para a identificação de patologias, uma vez que o revestimento podia dificultar o trabalho. Foi uma intervenção aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e que deu lugar ao concreto aparente, que se tornou o novo padrão de todas as tesourinhas de Brasília”, explica Fernando Leite.

A reforma na Asa Sul foi dividida em duas etapas, sendo a primeira iniciada em 2021 e a segunda começou no final de 2022. Foram investidos R$ 9.437.523 na recuperação dos complexos.

Coube ao Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) a implantação da sinalização horizontal e vertical das tesourinhas e agulhinhas após a conclusão dos serviços. O mesmo ocorrerá na quadra 5/6.

Para o administrador do Plano Piloto, Valdemar Medeiros, as reformas mostram a preocupação do governo com a região. “As tesourinhas são ícones do projeto urbanístico de Lúcio Costa, mas vão além da beleza, são importantes também porque facilitam o acesso, a agilidade de fluxo dos veículos e uma das grandes preocupações do governo do Distrito Federal é com a mobilidade”, destaca.

GDF investiu cerca de R$ 15 milhões na reforma das tesourinhas e agulhinhas