19/04/2023 às 19:22, atualizado em 20/04/2023 às 13:01

Saúde do DF é modelo de integração de sistemas da rede pública

Grupo de trabalho criado a pedido do Conass se baseará em experiência de sucesso para realizar diagnóstico e interligar as bases de dados de todo o Brasil

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

A Região Leste de Saúde do Distrito Federal – que atende a mais de 320 mil pessoas – integra, desde 2016, informações da rede de atenção primária e secundária. Dessa forma, os dados dos pacientes que entram pela unidade básica de saúde (UBS) ficam disponíveis aos outros profissionais da linha de cuidado. A experiência de sucesso será objeto de estudo de um grupo de trabalho criado nesta quarta-feira (19) em solenidade no auditório da Fiocruz.

Evento realizado nesta quarta-feira (19) no auditório da Fiocruz decidiu pela criação de um grupo de trabalho que vai estudar a experiência de integração de informações na Região Leste de Saúde do DF | Foto: Sandro Araújo/Agência Brasília

O objetivo do grupo, formado a pedido do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass), é qualificar as análises de dados e propor mecanismos de diálogo entre as etapas de atendimento.

A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, afirma que fazer a conexão dos sistemas da rede é uma prioridade da SES neste momento. “A interoperabilidade é um pedido do nosso governador. Precisamos que o médico no hospital conheça todo o histórico do paciente na rede pública. Saber de qualquer medicação que ele tenha usado, seja porque buscou nas nossas farmácias, seja pelo prontuário da UBS. Isso vai melhorar a oferta dos serviços e facilitará o trabalho do servidor”, explica.

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De acordo com o superintendente da região Leste, Sidney Sotero Mendonça, a atual integração entre os sistemas beneficia pacientes do Jardim Botânico, São Sebastião, Paranoá e Itapoã. “Frente a esse êxito, o DF servirá de piloto para os outros estados. A Secretaria de Saúde de Roraima, por exemplo, deve nos visitar no próximo mês”, conta.

Já o gerente executivo de Programas Sociais da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dante Dianezi Gambardella, afirma que o Hub apoiará o grupo de trabalho no diagnóstico. “Não podemos ficar usando planilhas para saber o que o paciente tem. Precisamos sistematizar os dados para que todos consigam interpretá-los e cruzá-los com outros bancos de informações”, esclarece.

Nessa linha, Dante relata que o Conass tem desenvolvido um método de integração das áreas técnicas por meio da informação e do desenvolvimento de inteligência. “Isso propiciará aos gestores tomar decisões com base em evidências”, complementa o gerente.

*Com informações da Secretaria de Saúde