20/04/2023 às 18:54

Música clássica de qualidade, brasiliense, chega às plataformas digitais

Repertório produzido pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional e pelo violonista Alvaro Henrique é lançado nos aplicativos

Por Rafael Secunho, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Um professor brasiliense de violão erudito e a aplaudida Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (OSTNCS) se uniram para um projeto inédito: gravar músicas de Villa-Lobos e disponibilizá-las nas plataformas musicais de streaming. Nesta sexta (21), dia do aniversário de 63 anos da cidade, este presente já pode ser ouvido nos aplicativos Spotify, Apple Music, Amazon Music, Deezer e Tidal.

Este é o primeiro trabalho da OSTNCS produzido digitalmente | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Em 2017, o violonista e professor da Escola de Música de Brasília Alvaro Henrique e a orquestra apresentaram e gravaram o repertório. Após um tempo maturando o conteúdo – três volumes das obras completas de Villa-Lobos para violão -, eles  resolveram ampliar o alcance do trabalho.

[Olho texto=”“Para pessoas que não conseguem nos ver aqui, é uma ferramenta muito legal, que você acessa pelo telefone celular. E a música é uma linguagem universal” ” assinatura=”Claudio Cohen, regente da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro” esquerda_direita_centro=”direita”]

“O primeiro volume que sai no dia 21 é a produção de Villa-Lobos no período em que vivia na França”, detalha Alvaro . “O [volume] dois é mais próximo da música popular, incluindo duas Bachianas Brasileiras. E o terceiro é a fase mais consolidada do autor”. É a primeira vez que a arte da orquestra do Teatro Nacional vai para os aplicativos de música. 

A obra

[Olho texto=”“É uma felicidade imensa consolidar esse trabalho, um sonho antigo, e junto a uma das cinco melhores orquestras do país – com certeza, música clássica com muita qualidade”” assinatura=”Alvaro Henrique, violonista e professor da Escola de Música de Brasília ” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“Foi um trabalho diferente que fizemos no Cine Brasília, com técnicos, especialistas na captação de som, e o resultado ficou muito bom”, explica o maestro Claudio Cohen, regente da orquestra. “Na realidade, era um desejo antigo ter uma difusão maior do nosso trabalho, que é mais presencial. Já temos um canal no YouTube, e agora seguimos para os streamings, um meio muito usado principalmente pela juventude.”

Segundo Cohen, trata-se de uma oportunidade também para quem não é do DF prestigiar um concerto da orquestra: “Para pessoas que não conseguem nos ver aqui, é uma ferramenta muito legal, que você acessa pelo telefone celular. E a música é uma linguagem universal”.

O diferencial do terceiro e último volume desse trabalho é que será lançado tanto em meio digital quanto físico: haverá CDs com a obra completa. “É uma felicidade imensa consolidar esse trabalho, um sonho antigo, e junto a uma das cinco melhores orquestras do país – com certeza, música clássica com muita qualidade”, ressalta Alvaro. Para ouvir o conteúdo, basta acessar nas plataformas digitais o álbum O Violão de Villa Lobos – Volume 1.

Um pouco de história

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Fundada em março de 1979 pelo maestro e compositor Claudio Santoro, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional é uma das principais instituições do gênero no Brasil. Em 44 anos de existência, a OSTNCS executou milhares de concertos, temporadas de ópera e balé, além de ter acompanhado artistas nacionais e internacionais e marcado presença em gravações e turnês nacionais e internacionais. 

Atualmente, a orquestra se apresenta todas as terças-feiras, às 20h, no Eixo Cultural Ibero-americano, na Sala Plínio Marcos, em concertos abertos ao público. Neste domingo (23), pela programação do aniversário de Brasília, a formação musical fará um concerto ao ar livre na Torre de TV, às 18h.

Nascido e criado em Brasília, Alvaro Henrique, 42 anos, já se apresentou em 15 países, lançou dois álbuns solo e um DVD. Além de violão moderno, toca a vihuela – instrumento barroco do século 19 . Como solista, já se apresentou também com a Orquestra de Cordas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e com a Vaasa Sinfonietta, filarmônica da Finlândia.