25/04/2023 às 18:19

Fiscalização da Seagri identifica transporte irregular de aves na BR-020

Galinhas e galos estavam escondidos em um veículo de passeio abordado por policiais na rodovia ; monitoramento é necessário para prevenir a entrada de doenças como influenza aviária

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

A equipe de fiscalização do trânsito de produtos agropecuários da Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri) constatou, nesta segunda-feira (24), o transporte irregular de galos e galinhas domésticas no posto fixo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-020.

A ação foi demandada pela PRF, que verificou a presença de aves escondidas em um veículo de passeio abordado pelos policiais na rodovia e imediatamente acionou a Seagri para apuração do caso. No local, os servidores da Secretaria da Agricultura realizaram a conferência da guia de trânsito animal (GTA) apresentada pelo transportador e identificaram tratar-se de um documento fraudado, não emitido por órgão de defesa agropecuária.

Servidores da Seagri verificaram a guia de trânsito animal (GTA) apresentada pelo transportador e constataram que era um documento fraudado | Foto: Divulgação/Seagri

A GTA é obrigatória para o transporte de aves e ovos férteis. “O documento é utilizado pelo serviço de defesa agropecuária para dar rastreabilidade no transporte dos animais, comprovando a origem e o destino da carga, possibilitando mapear possíveis eventos sanitários”, explica a gerente de Fiscalização do Trânsito de Produtos Agropecuários.

[Olho texto=”“O transporte irregular de aves representa um elevado risco sanitário neste momento. Por isso, a ação da Secretaria de Agricultura, em parceria com outros órgãos, é fundamental para evitar que a gripe aviária atinja nosso território”” assinatura=”Danielle Araújo, subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“Quando animais são transportados sem a documentação sanitária, coloca-se em risco o rebanho do Distrito Federal, assim como a economia e, em muitas situações, a saúde das pessoas”, complementa a responsável pelo setor.

A subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri, Danielle Araújo, ressalta que o caso apresenta grande relevância no contexto atual, de adoção de um conjunto de medidas locais e nacionais para prevenir a entrada da influenza aviária no Brasil. “O transporte irregular de aves representa um elevado risco sanitário neste momento. Por isso, a ação da Secretaria de Agricultura, em parceria com outros órgãos, é fundamental para evitar que a gripe aviária atinja nosso território”, destaca Danielle Araújo.

“Quando presente, a doença implica barreiras sanitárias para a comercialização de produtos avícolas no mercado interno e externo, ocasionando um enorme prejuízo econômico para a avicultura comercial do país”, conclui.

A influenza aviária é uma doença grave, de notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal. É importante que o produtor rural e todo cidadão saiba identificar animais que possam estar acometidos pela doença.

Os principais sinais clínicos em aves domésticas são inchaço nas juntas das pernas, crista e barbela, que podem ficar arroxeados; falta de coordenação motora; diarreia, desidratação, tosse, espirros e queda de produção. Os animais também podem morrer rapidamente sem desenvolver qualquer sinal da doença. Nesses casos, é comum que vários animais do plantel morram em um curto período.

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Pela impossibilidade de caracterizar a origem dos animais e pelo risco sanitário envolvido na operação realizada na BR-020, foi realizada a apreensão das aves, sacrifício sanitário e posterior destruição em uma ação conjunta entre a Gerência de Fiscalização do Trânsito de Produtos Agropecuários (Gefit) e Gerência de Saúde Animal (Gesan).

“O caso também foi encaminhado para a 16ª Delegacia de Polícia, para apuração da falsificação de documentação sanitária, e feitos os encaminhamentos administrativos ao Instituto Brasília Ambiental, para apuração de inadequação do transporte de animais, e aos órgãos de defesa sanitária animal envolvidos na fraude da GTA”, informa a gerente da Seagri-DF.

Caso o produtor ou qualquer cidadão tenha conhecimento do transporte irregular de animais e produtos de origem animal no Distrito Federal, pode fazer a denúncia por meio da Ouvidoria do GDF ou diretamente à Seagri por meio dos telefones (61) 98199-1039 e 3468-8481 ou pelo e-mail gefit@seagri.df.gov.br.

Mais informações sobre cadastro e regras para emissão de GTA podem ser obtidas neste link.

*Com informações da Seagri