19/05/2023 às 09:31, atualizado em 19/05/2023 às 16:41

Conferência debate cuidados paliativos nesta sexta (19)

Em formato híbrido e presencial, evento será realizado simultaneamente em 16 cidades brasileiras

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Receber o diagnóstico de uma doença grave é um momento difícil. Para amenizar os impactos desse período em pacientes e familiares, uma alternativa são os cuidados paliativos – abordagem que busca oferecer atendimento humanizado e multidisciplinar. É sobre esse tema que especialistas da saúde de todo o país falam, durante a 1ª Conferência Livre Nacional em Cuidados Paliativos. Iniciativa da Frente Paliativistas apoiada pela Secretaria de Saúde (SES), o evento, em Brasília, será realizado das 13h às 18h, na Câmara dos Deputados. 

Hospital de Apoio de Brasília (HAB) é uma das unidades do DF que oferecem assistência paliativa a pacientes oncológicos, geriátricos e neurológicos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde

[Olho texto=”“O cuidado não se resume à disponibilidade de tratamento que cure a doença. Podemos tratar os sintomas físicos e os de ordem psicológica, social e espiritual” ” assinatura=”Melissa Neto, referência técnica distrital e colaboradora de cuidados paliativos da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O encontro tem como objetivo discutir políticas públicas em saúde para melhorar a qualidade de vida e morte no Brasil – como a oferta de tratamento das equipes de cuidados paliativos, que atuam prevenindo e aliviando o sofrimento, por meio da identificação precoce da dor, da avaliação e dos tratamentos adequados.

Com o envelhecimento da população brasileira e o fato de 70% das mortes no país serem causadas por doenças crônicas, que trazem grande sofrimento, a discussão sobre a oferta de cuidados paliativos tem se tornado urgente.  

“Sempre há o que fazer pelo paciente”, indica a médica Melissa Neto, referência técnica distrital e colaboradora de cuidados paliativos da Secretaria de Saúde (SES). “O cuidado não se resume à disponibilidade de tratamento que cure a doença. Podemos tratar os sintomas físicos e os de ordem psicológica, social e espiritual. Os cuidados paliativos devem ser ofertados de forma precoce, desde o diagnóstico da doença.”

Cuidados paliativos na SES

[Olho texto=”“A parceria com os diversos setores do hospital e das demais atenções do sistema nos ajuda a difundir os cuidados” ” assinatura=”Juliana Sinezio, médica do HRL” esquerda_direita_centro=”direita”]

O Hospital da Região Leste (HRL) é o mais recente a disponibilizar o serviço de paliativos. Fruto de parceria firmada em 2022 com o Hospital Sírio-Libanês, o programa conta com três médicos, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo, farmacêutico clínico e assistente social.

“O número de pacientes vem aumentando progressivamente”, conta a coordenadora do programa no hospital, Mirna Queiroz. “Assim que chega um paciente com o perfil, os médicos do PS [pronto-socorro] entram em contato e fazemos uma avaliação do caso.” De acordo com a médica, a maioria dos pacientes tem em torno de 70 anos e apresenta neuropatias, demências ou doenças oncológicas. 

“Hoje, temos pacientes internados, em consultas ambulatoriais e até mesmo em atendimento domiciliar”, detalha a médica Juliana Sinezio, da equipe do HRL. “A parceria com os diversos setores do hospital e das demais atenções do sistema nos ajuda a difundir os cuidados.”

Outras unidades oferecem cuidados paliativos, como o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Para consultas ambulatoriais, há o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), cujo foco é o atendimento em perinatologia (abordagem multiprofissional da gestante e do recém-nascido). O Hospital de Base (HBDF) oferece assistência oncológica, especialidade também disponível no Hospital de Apoio de Brasília (HAB), que ainda atende pacientes geriátricos e neurológicos.

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Para internação na enfermaria, o HAB tem 28 leitos regulados por meio do Sistema Integrado de Saúde (SIS) para pacientes adultos e idosos em cuidados paliativos, exclusivos para casos muito graves ou em final de vida. Como na unidade não há atendimento de pronto-socorro, a pessoa deve aguardar a vaga no hospital de origem ou em domicílio.

A SES tem a meta de ampliar a rede de assistência paliativa com a inserção de equipes interconsultoras em mais hospitais. “Há um plano de ações com relação à área, e necessitamos de médicos paliativistas concursados, além de outros profissionais para integrar as equipes”, explica Melissa. 

Serviço
1ª Conferência Livre Nacional em Cuidados Paliativos
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Data: sexta (19), das 13h às 18h. Em Brasília, na Câmara dos Deputados. São 250 vagas presenciais e 250 para participação remota.
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*Com informações da Secretaria de Saúde