06/06/2023 às 17:16, atualizado em 06/06/2023 às 18:19

Treinamento simula acidente com material tóxico no Lago Paranoá

‌Cerca de 100 militares e agentes públicos ensaiaram para lidar com vazamento de produtos perigosos em ambientes aquáticos

Por Carolina Caraballo, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

Manhã movimentada no Lago Paranoá. O Grupamento de Proteção Ambiental (GPRAM) do Corpo de Bombeiros promoveu, nesta terça-feira (6), um exercício simulado de vazamento de produtos perigosos em meio aquático. O treinamento ministrado nas proximidades da Ponte JK contou com a participação de aproximadamente 100 militares e agentes públicos de diversas instituições, como Defesa Civil, Brasília Ambiental e Polícia Militar, entre outras.

?A simulação foi dividida em operações aérea, terrestre e aquática, com a utilização de dez  viaturas e 17 embarcações. Enquanto as forças de segurança treinaram para atuar durante a ocorrência, no resgate de vítimas e na contenção do vazamento, o Brasília Ambiental focou seus esforços nas possíveis consequências do acidente fictício | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

?A demonstração usou a queda fictícia de um caminhão de combustível no Lago Paranoá como pano de fundo para o exercício. A simulação exigia que os órgãos envolvidos trabalhassem não só no resgate de duas pessoas que supostamente estariam no veículo submerso, mas também na contenção do vazamento de material tóxico.

[Olho texto=”“A ideia é que todos os órgãos estejam aptos a trabalhar em conjunto e de maneira rápida, dentro de suas competências, para podermos solucionar o problema”” assinatura=”Tenente-coronel Gabriel Motta, coordenador de Operações da Defesa Civil” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

?Coordenador de Operações da Defesa Civil, o tenente-coronel Gabriel Motta explica que ocorrências envolvendo produtos perigosos exigem o acionamento do grupo de trabalho multidisciplinar P2R2, formado por diversos órgãos locais e nacionais. A sigla se refere ao Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos.

?“O exercício teve como objetivo simular o chamamento do P2R2. No treinamento, o grupo precisava entrar em ação, verificar o tipo de produto vazado e tomar as atitudes necessárias para conter e retirar o material da água”, conta o tenente-coronel. “A ideia é que todos os órgãos estejam aptos a trabalhar em conjunto e de maneira rápida, dentro de suas competências, para podermos solucionar o problema.”

?A simulação foi dividida em operações aérea, terrestre e aquática. De acordo com o subcomandante do GPRAM, major Bruno Marcelino, dez viaturas e 17 embarcações foram usadas no treinamento. “Também tivemos drones fazendo reconhecimento da área e uma aeronave, que poderia transportar vítimas em estado mais grave”, detalha. “Trouxemos 50 militares do Corpo de Bombeiros para esta ação”.

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?Enquanto as forças de segurança treinaram para atuar durante a ocorrência, no resgate de vítimas e na contenção do vazamento, o Brasília Ambiental centrou esforços nas possíveis consequências do acidente fictício. Caso tivesse de fato ocorrido, caberia ao órgão fazer o monitoramento da área depois do incidente.

?“Fazemos o acompanhamento por um longo período, muitas vezes por até 20 anos”, ressalta o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “Além de checarmos o impacto do dano ambiental, avaliamos de que forma podemos reduzi-lo com nossas ações”. Esse foi o maior treinamento organizado pelo GPRAM desde a pandemia de covid-19.

Treinamento simula acidente com material tóxico no Lago Paranoá