08/06/2023 às 13:14, atualizado em 08/06/2023 às 18:40

Segunda edição do FAC Multicultural tem R$ 30 milhões em recursos

Lançado ‌em meio a apresentações musicais, segundo bloco de editais do fundo tem duas categorias de projetos; inscrições já estão abertas

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

O segundo bloco de editais do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), já está recebendo inscrições. O FAC Brasília Multicultural II de 2023 prevê investimento de R$ 30 milhões em até 228 projetos de 23 linguagens artísticas e culturais em duas categorias. Confira o edital

O grupo Start Family Crew, também beneficiado pelo FAC, abriu a festa de lançamento do edital | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

?O aporte somado das duas edições do FAC Brasília Multicultural chega a R$ 60 milhões. “É o maior investimento em cultura do Brasil neste ano; o DF está na vanguarda”, avalia o  secretário adjunto de Cultura, Carlos Alberto Jr.

“A ideia é trazer uma categoria voltada para os territórios, que é o Cultura em Todo Canto, em que as pessoas têm que ser das regiões em que vão executar os projetos, com o objetivo de descentralizar o recurso”, explica o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural da Secec, João Moro.

[Olho texto=” “O FAC é tudo que sempre sonhamos, dá qualidade de trabalho para os dançarinos, rappers, qualquer tipo de artista”” assinatura=”Chede Ziad, dançarino de break” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“A outra categoria é a Cultura de Todo Jeito, voltada para os produtos, em que não importa a linguagem ou o território, mas o produto, como uma pesquisa, manutenção de grupo cultural, publicação”, complementa o gestor. “A dinâmica é tentar abraçar todos os tipos possíveis de fazer cultura.”

?Comemoração 

Na tarde desta quarta-feira (7), dezenas de pessoas se reuniram na Praça da República para prestigiar o lançamento do FAC Brasília Multicultural II de 2023. O evento teve apresentações musicais, teatrais e de dança urbana.

Quem abriu a festa foi o grupo de break Start Family Crew. “O FAC é tudo que sempre sonhamos, dá qualidade de trabalho para os dançarinos, rappers, qualquer tipo de artista”, comentou o dançarino Chede Ziad, 36, que, desde 2016, é beneficiário do programa da Secec.  “Recentemente fizemos um curso de formação para que novos integrantes façam o Ceac [Cadastro de Entes e Agentes Culturais], para que mais gente leve projetos para as ‘quebradas’”.

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?Também se apresentou no evento a banda Surdodum, grupo musical com mais de 30 anos de história. Oito dos 13 integrantes da equipe são deficientes auditivos. A coordenadora, Ana Lúcia Soares, também destacou a importância do fomento cultural para a manutenção da banda.

“No decorrer de todos esses anos, muito da nossa perenidade foi por causa do FAC”, afirmou. “Com ele, conseguimos pagar os músicos, aluguéis, equipamentos…. Já estamos com três projetos em andamento e vamos nos inscrever neste edital também.”

?O grupo teatral Celeiro das Antas, o músico Salomão Di Pádua e a quadrilha junina Si Bobiá a Gente Pimba também animaram o evento.

Incentivo cultural

Criado em 1991 e alterado pela Lei Complementar nº 267 de 1997, o FAC é o principal instrumento de fomento às atividades artísticas e culturais da Secec, oferecendo apoio financeiro a fundo perdido para projetos selecionados por editais públicos. 

Por meio desse instrumento, são produzidos filmes, peças de teatro, mídias digitais, livros, exposições, oficinas e inúmeras circulações artísticas em todo o DF. A principal fonte de recursos do FAC consiste em 0,3% da receita corrente líquida do Governo Distrito Federal.

Segunda edição do FAC Multicultural tem R$ 30 milhões em recursos