07/07/2023 às 19:50, atualizado em 07/07/2023 às 20:49

Estudantes visitam obras de pavimento rígido na Estrutural

Os alunos de engenharia civil da Universidade Católica de Brasília (UCB) estiveram no canteiro para conhecer o método de aplicação do concreto. O GDF investe R$ 55 milhões na pavimentação

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

A modernidade tecnológica que envolve a obra de pavimentação da Via Estrutural vem chamando a atenção da comunidade acadêmica. Desde o início dos trabalhos, em dezembro do ano passado, o canteiro recebeu visitas de dezenas de alunos das universidades do Distrito Federal em busca de conhecer mais sobre o pavimento rígido.

Resultado de um investimento de R$ 55 milhões, a obra de pavimentação da Via Estrutural consiste na concretagem em pavimento rígido de quase 14 km para cada lado | Fotos: Daniel Santos/Ascom Terracap

Na última quinta-feira (6) foi a vez dos estudantes de engenharia civil e integrantes do Programa de Educação Tutorial (PET), da Universidade Católica de Brasília (UCB). Cerca de 10 alunos da faculdade percorreram o canteiro e trechos da obra, além de conhecerem o laboratório e a usina de concreto.

[Olho texto=”“É uma mudança de paradigma, com um maquinário de alta tecnologia. Além disso, reforço a qualidade do pavimento e a duração, com uma vida útil de 20 anos sem manutenção, o que torna uma obra que a médio e longo prazo fica mais barata e vantajosa”” assinatura=”Cristiano Cavalcante, superintendente de Obras do DER-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

De acordo com o superintendente de Obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Cristiano Cavalcante, a visita inclui o acompanhamento da execução e do controle tecnológico e o acesso aos equipamentos de ponta. “A visitação dos alunos da área de engenharia é muito importante, porque eles passam a ter conhecimento de um processo de última tecnologia que está sendo aplicado aqui na reconstrução da Estrutural. Eles veem na prática o que aprendem na faculdade”, afirma.

Cavalcante destaca, ainda, que a obra apresenta um novo conceito de engenharia rodoviária no Distrito Federal. “É uma mudança de paradigma, com um maquinário de alta tecnologia. Além disso, reforço a qualidade do pavimento e a duração, com uma vida útil de 20 anos sem manutenção, o que torna uma obra que a médio e longo prazo fica mais barata e vantajosa”, diz.

Cerca de 10 alunos de engenharia civil da Universidade Católica de Brasília (UCB) percorreram o canteiro e trechos da obra, além de conhecerem o laboratório e a usina de concreto

A engenheira civil e professora doutora da UCB, Ivonne Gongorra, foi a responsável por organizar a “aula fora da sala”. “Para os alunos, foi uma experiência bastante interessante porque eles puderam ver dentro do Distrito Federal uma metodologia e um equipamento relativamente novos e que tem pouco no Brasil.”

Segundo ela, a visita estimula os alunos a seguirem na área devido a demanda na cidade. “Incentiva bastante o pessoal, porque eles ficam sabendo que obras modernas estão sendo implementadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Eles também conseguem ver o que está na literatura sendo aplicado de forma local”, opina.

[Olho texto=”“Hoje, a Via Estrutural é uma das principais do DF. Poder proporcionar aos cidadãos uma via com a tecnologia do pavimento de concreto é uma grande realização para nós”” assinatura=”Hamilton Lourenço, diretor técnico da Terracap” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Prestes a se formar, Reinan Queiroz, 24 anos, se mostra encantado com a chance. “Já visitamos algumas obras anteriormente, como o Túnel de Taguatinga. Mas aqui foi diferente. Porque conhecemos um sistema bastante completo, com o corpo técnico inteiro, o pessoal do laboratório, da execução e do projeto. É uma oportunidade rara estar tão perto de uma estrutura daquele porte ainda estando na faculdade”, comenta.

Metodologia inovadora

Com investimento de R$ 55 milhões, a obra de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) consiste na concretagem em pavimento rígido de quase 14 km para cada lado. São 21 centímetros de material em concreto substituindo o asfalto antigo. A aplicação é feita por cima da capa asfáltica, no método conhecido como whitetopping.

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A intervenção ocorre na Estrada Parque Ceilândia (EPCL/DF-095), desde o entroncamento da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia/DF-003), até o viaduto de entroncamento entre a Estrada Parque Contorno (DF-001) com a BR-070. A modernização trará conforto e segurança para os cerca de 95 mil motoristas que passam por ali diariamente.

“É uma obra extremamente importante que está mudando os conceitos de pavimentação em Brasília. Tem uma série de vantagens. Reduz custos e aumenta a durabilidade. Isso desperta o interesse dos estudantes e dos professores de engenharia”, destaca o engenheiro e gerente regional Centro-Oeste da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Fernando Crosara. A organização é parceria do GDF nas obras de pavimento rígido.

“Hoje, a Via Estrutural é uma das principais do DF. Poder proporcionar aos cidadãos uma via com a tecnologia do pavimento de concreto é uma grande realização para nós”, destaca o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço. A empresa é responsável pelo investimento da obra.

Estudantes visitam obras de pavimento rígido na Estrutural