15/08/2023 às 20:12, atualizado em 15/08/2023 às 20:28

Servidoras do GDF contam com salas de incentivo à amamentação

Espaços acolhem e valorizam a presença das servidoras lactantes durante o expediente, com estrutura voltada também para o armazenamento de leite materno

Por Thaís Miranda, da Agência Brasília | Edição: Carolina Lobo

O mês de conscientização sobre a amamentação é o Agosto Dourado, mas as ações de incentivo ao aleitamento materno ocorrem durante todo o ano nos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF).

[Olho texto=”“Se seguirmos a média mensal deste ano, teríamos que ter pelo menos mais 100 novas mulheres doadoras nesses primeiros dias de agosto. Isso é desesperador. O apelo é grande para que as mulheres lactantes se voluntariem junto a nossa rede”” assinatura=”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF” esquerda_direita_centro=”direita”]

Atualmente, existem 16 órgãos vinculados ao GDF com suas respectivas sedes no Anexo do Palácio do Buriti. Lá, por exemplo, as servidoras lactantes contam com uma sala de apoio à amamentação, no 6º andar, certificada pelo Ministério da Saúde, que está à disposição das mamães durante todo o ano.

De acordo com a coordenadora do Programa de Atenção Materno Infantil para Servidores do DF (Proamis), Paula Ziller, o objetivo da sala é apoiar a gestante e promover a amamentação no retorno ao trabalho. “O aleitamento é importante porque promove saúde na criança e previne doenças na mãe. São inúmeros os benefícios que o aleitamento produz. Aqui na sala, se ela não tiver com o bebê para amamentar, ela pode ordenhar e guardar o leite na geladeira para colaborar com o banco de leite humano”, explica a coordenadora.

A sala de apoio à amamentação, certificada pelo Ministério da Saúde, fica no 6º andar do Anexo do Palácio do Buriti | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Marilise Garcia, 37 anos, é servidora da Secretaria de Fazenda (Sefaz) e mamãe da pequena Evelyn, de 9 meses. No retorno da licença-maternidade, ela foi uma das contempladas com uma vaga na creche do Buriti. Para ela, é um privilégio trabalhar perto da filha e poder continuar com a amamentação durante o dia. “Me sinto extremamente feliz e muito privilegiada de ter essa oportunidade de estar usando o berçário e todos os dias eu pegar o elevador e poder amamentar minha filha. É realmente um momento muito especial poder encontrá-la, amamentá-la e vê-la feliz tendo esse contato comigo mesmo após a licença. Nós duas somos beneficiadas”, compartilhou.

As iniciativas de apoio à amamentação ocorrem de forma descentralizada também. A sede da Secretaria de Saúde (SES-DF) e os hospitais regionais de Planaltina (HRP) e de Santa Maria (HRSM) dispõem de um espaço para acolher as lactantes, enquanto que, no Hospital de Base (HBDF), o local está em fase de implementação. Já as servidoras das administrações regionais de São Sebastião e do Jardim Botânico também podem utilizar uma sala para este fim. A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) dispõe de área comum, que também pode ser utilizada para acolher as lactantes. Já na Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) foi destinado um espaço para a sala e, de acordo com a empresa, está na fase do projeto.

Marilise Garcia, servidora da Sefaz e mãe de Evelyn, 9 meses: “Nós duas somos beneficiadas”

A coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos, defende que é importante que os locais de trabalho criem espaços de acolhimento às lactantes para incentivar o aleitamento materno. “É necessário dar apoio para a mulher para melhorar a amamentação. A mulher está presente no mercado de trabalho, a gente precisa apoiá-las. Quando a mãe volta ao trabalho, após a licença-maternidade, ela precisa de um local adequado para guardar leite para o filho dela, por exemplo. Para falar da importância da amamentação, é necessário dar as condições para a mulher exercer o aleitamento”, afirma.

Bancos de leite

Apesar de o Agosto Dourado ser o mês dedicado à conscientização do aleitamento materno e reduzir a mortalidade infantil, está em baixa o interesse de mulheres lactantes em se tornarem doadoras. Entre os dias 1º e 11 de agosto, houve somente 91 novas mulheres cadastradas para serem doadoras.

“Se seguirmos a média mensal deste ano, teríamos que ter pelo menos mais 100 novas mulheres doadoras nesses primeiros dias de agosto. Isso é desesperador. O apelo é grande para que as mulheres lactantes se voluntariem junto a nossa rede”, alertou a coordenadora Miriam.

As mulheres interessadas em se tornar voluntárias, devem se cadastrar no site Amamenta Brasília.

Servidoras do GDF contam com salas de incentivo à amamentação