05/09/2023 às 13:03, atualizado em 05/09/2023 às 13:55

Itapoã ganha horto agroflorestal medicinal nesta quarta (6)

Inauguração será na UBS 01 da região administrativa; colheitas de plantas medicinais, alimentos e plantas alimentícias não convencionais serão distribuídas para a comunidade em situação de vulnerabilidade

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

O horto agroflorestal medicinal biodinâmico da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Itapoã será inaugurado nesta quarta-feira (6), com programação das 8h às 18h. O espaço faz parte de iniciativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), que já possui quatro desses pontos e entregará uma rede de 11 hortos até dezembro. Nesses espaços, o cultivo de plantas medicinais e de outros tipos ocorre de forma comunitária e com base na agricultura biodinâmica, que vê a saúde de forma integrada. 

O horto agroflorestal da Asa Sul é uma das unidades distribuídas pelo DF; nesta quarta-feira será inaugurado o espaço da UBS 1 do Itapoã | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde

[Olho texto=”Colheitas são distribuídas entre as comunidades que se encontram em situação de insegurança alimentar ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

De acordo com o médico da família Marcos Trajano, referência técnica distrital (RTD) em plantas medicinais/fitoterapia, o objetivo é que as equipes de saúde promovam com a comunidade atividades coletivas, de educação em saúde, de educação alimentar e nutricional e de educação ambiental. As colheitas – de plantas medicinais, alimentos e plantas alimentícias não convencionais (Pancs) – devem ser distribuídas para a comunidade mais vulnerável e sob insegurança alimentar.

“Considerando a situação de vulnerabilidade nos nossos territórios, as equipes podem compor os esforços para o enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional”, explica Trajano. A criação de hortos agroflorestais medicinais biodinâmicos nas UBSs do DF é uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a SES-DF.

As espécies cultivadas são selecionadas de acordo com o perfil de cada comunidade, levando em consideração a cultura, as necessidades e o espaço disponível. “Há territórios com mais vulnerabilidade social e insegurança alimentar, em que podem ser cultivadas mais plantas alimentícias; já alguns hortos terão como foco plantas medicinais para produção de fitoterápicos”, pontua a pesquisadora da Fiocruz Fabiana Peneireiro.

[Olho texto=”“O manejo no horto também promove saúde mental para os envolvidos, conhecimento, melhora da alimentação e participação democrática dentro da UBS entre as equipes e a população assistida” ” assinatura=”Ximena Moreno, coordenadora do projeto de hortos da Fiocruz” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Novos locais

Os 11 hortos agroflorestais medicinais biodinâmicos serão implementados nas UBSs 1 do Itapoã, 1 da Asa Sul, 3 e 10 de Santa Maria, 6 de Samambaia, 8 de Ceilândia e 1 de Brazlândia, e ainda na Escola Classe Beija-Flor (316 Norte), na Subsecretaria de Vigilância à Saúde (712 Sul), na Diretoria de Vigilância Ambiental (Noroeste) e no Caps Candango (Setor Comercial Sul).

Os hortos têm a finalidade de envolver a comunidade com os profissionais que ali atuam. A biodinâmica visa aproximar as pessoas da natureza, tendo ligação direta com as práticas integrativas. 

“A promoção da saúde é uma forma de trabalhar a prevenção com educação, prática integrativa que reúne toda a comunidade”, afirma a coordenadora do projeto de hortos pela Fiocruz, Ximena Moreno. “O manejo no horto também promove saúde mental para os envolvidos, conhecimento, melhora da alimentação e participação democrática dentro da UBS entre as equipes e a população assistida.”

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Hortos no DF

Com mais de 100 espécies de plantas, a maioria com potencial medicinal, o horto da UBS 1 do Lago Norte é exemplo para todo o Brasil. O local reúne plantas com potencial medicinal, plantas alimentícias não convencionais e nativas.

Atualmente, a SES-DF possui quatro hortos medicinais em toda a rede. Além da unidade do Lago Norte, a iniciativa já existe na Casa de Parto, em São Sebastião, nas farmácias vivas do Riacho Fundo e no Centro de Referência em Práticas Integrativas (Cerpis), em Planaltina. Em três dos quatro hortos é feita a entrega da planta fresca, mediante prescrição.

A Farmácia Viva do Riacho Fundo produz medicamentos fitoterápicos, que são distribuídos para 25 UBSs e para o Cerpis de Planaltina. A partir desses locais, o material é repassado dentro da Região Norte.

Itapoã ganha horto agroflorestal medicinal nesta quarta (6)

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF