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27/09/2023 às 18:34, atualizado em 27/09/2023 às 20:55
Além de fomentar a prática desportiva, espaços auxiliam o desenvolvimento de atletas brasilienses e a promoção de eventos nacionais e internacionais na capital federal
Atleta desde que se entende por gente. É assim que se define a nutricionista Fernanda Alexandre, 26 anos, competidora de patinação de alta velocidade. Antes moradora do Cruzeiro, ela decidiu se mudar para Águas Claras após a inauguração do Parque Sul, em maio. Trata-se da primeira pista de patinação profissional do Distrito Federal e a única em funcionamento no Brasil. Há uma outra unidade de treino profissional em Sertãozinho (SP), mas que atualmente está desativada.
[Olho texto=”“O GDF vem cumprindo com muita responsabilidade o papel de principal agente incentivador da prática esportiva. Todos esses equipamentos entregues refletem os investimentos que têm sido feitos para valorizar e fortalecer o esporte na nossa cidade”” assinatura=”Julio Cesar Ribeiro, secretário de Esporte e Lazer” esquerda_direita_centro=”direita”]
“Essa pista é a realização de um sonho. Sempre competimos de forma desigual lá fora, contra profissionais que respiram a patinação e têm toda uma estrutura disponível, e mesmo assim conquistamos grandes coisas. Agora, com uma pista profissional, penso que vamos nos destacar ainda mais”, conta ela, que é integrante da Seleção Brasileira de Patinação de Velocidade desde os 15 anos. “Brasília é a capital com maior número de patinadores de velocidade. Trazer a pista para cá foi unir o útil ao agradável e, com certeza, vai aumentar o número de atletas”, pontua.
Tanto o patinódromo quanto outros equipamentos esportivos inaugurados neste ano demonstram o empenho do Governo do Distrito Federal (GDF) em fomentar o lazer e o desporto. “O GDF vem cumprindo com muita responsabilidade o papel de principal agente incentivador da prática esportiva. Todos esses equipamentos entregues refletem os investimentos que têm sido feitos para valorizar e fortalecer o esporte na nossa cidade”, afirma o secretário de Esporte e Lazer, Julio Cesar Ribeiro.
O patinódromo foi erguido com investimento na ordem de R$ 8,7 milhões, oriundos do orçamento da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), que também executou a obra. A unidade segue os padrões internacionais da prática esportiva: tem 6 metros de largura, proteção lateral com altura de 1,30 m, revestimento de poliuretano antiderrapante, entre outras características.
O treinador da Equipe Jaguar, Cleber Dalapicolla, 33, resume a nova estrutura em duas palavras: qualidade e incentivo. “A visibilidade que essa pista gera para nós é enorme e estamos aproveitando disso para atrair mais atletas para a patinação. Muita gente passa pela pista, nos vê treinando, e fica curiosa. Então, além de garantir a qualidade dos nossos treinos, a pista incentiva o esporte”, afirma.
Com mais de duas décadas de história, a Equipe Jaguar é a principal escola de atletas na modalidade esportiva no DF – tem 25 atletas, sendo que a maioria está na Seleção Brasileira. Antes, o time treinava em locais improvisados, como o Museu da República e o Parque da Cidade. “Tínhamos que dividir o espaço com pedestres e bicicletas. Agora, temos um lugar próprio para patinação, então está sendo muito proveitoso”, completa o treinador.
Giros e manobras radicais
Desde que foi inaugurada, em agosto, a primeira pista profissional de skate park do DF raramente ficou vazia. Sempre tem um ou mais praticantes do esporte testando manobras e giros radicais. Localizada na Área Especial 3/8 da Octogonal, a construção ocupou o lugar de uma antiga pista da região, popularmente conhecida como Sukata, e foi executada pela Companhia Imobiliária de Brasília (Novacap). Com investimento da ordem de R$ 900 mil, o projeto atende todas as exigências da federação do esporte, colocando Brasília no circuito de provas importantes.
“A cidade precisava disso há muito tempo. Foi um superpresente que o GDF deu para o skate, quebrando uma série de paradigmas e incentivando essa prática, que, inclusive, é uma modalidade olímpica”, celebra o comunicador e skatista Felipe Rasera, 42. “Essa pista é um presente e vai alavancar a performance da garotada. Venho duas vezes por semana, bem cedo, para conseguir andar com calma e aprender a fazer as curvas. Se não for assim, fica difícil, porque sempre tem uma galera aqui, é um lugar muito movimentado”, completa ele.
?O modelo escolhido para a construção é o mais indicado para a prática do skate park e lembra um “piscinão”, com várias curvas sinuosas, obstáculos e rampas. A extensão total é de 1.648 m², com duas pistas que somam 1.498 m². A menor, com 198 m² e 90 cm de profundidade, pode ser usada por crianças e iniciantes no esporte. A maior terá 584 m², com profundidade que varia de 1,30 a 2,5 m.
O paratleta e estudante de jornalismo Mateus Moreira, 23, utiliza a pista menor. Sem os membros inferiores, ele se equilibra no skate com as mãos. “Essa pista é muito importante para a cena do paraskate aqui no DF, que é o esporte praticado por pessoas com deficiência”, pontua ele, que já competiu pelo esporte em 2016.
Amiga de Mateus e também paratleta, a designer gráfico Jai Abrantes, 31, acrescenta que a nova pista é importante para aumentar a presença de pessoas com deficiência no esporte. Ela atua em iniciativas de incentivo ao paraskate feminino. “O skate me ajuda muito na minha deficiência. Tenho mais equilíbrio, mais força, mais independência. A pista ajuda na missão de atrair mais meninas e a mostrar os benefícios do skate, aumentando a nossa presença no esporte”, avalia.
Esporte como parte da rotina
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Com os novos equipamentos esportivos e a manutenção e reforma dos antigos, o GDF tem o objetivo de fomentar a prática de exercícios da população. Neste ano, já foram entregues 20 campos sintéticos, sendo o mais recente em Samambaia, e mais quatro devem sair do papel. Além disso, a extensão cicloviária do DF cresceu, em apenas três meses, 28 km – atualmente, são 664, 77 km de ciclovias instaladas em 30 regiões administrativas e a meta é, em breve, somar mais 105 km, fazendo a interligação dos trechos já existentes.
A disponibilidade de equipamentos faz com que os exercícios entrem na rotina do povo. Foi o que aconteceu com a advogada Karla Cristina Oliveira, 45, que descobriu um novo passatempo nas quadras de areia do Noroeste. Ela conta que há pelo menos seis espaços do tipo no bairro e que são muito frequentados pelos moradores. “Durante a semana, acontecem muitas aulas de beach tennis, com professores particulares. Já em feriados e aos finais de semana, os próprios moradores se organizam e praticam juntos. É bem legal ver famílias, crianças, pets, todos juntos compartilhando dos espaços”, afirma.
Além dos espaços espalhados nas regiões administrativas, o DF também conta com 12 Centros Olímpicos e Paralímpicos, mantidos pela Secretaria de Esporte e Lazer. São oferecidas atividades sociorrecreativas e modalidades esportivas individuais e coletivas para cidadãos de todas as idades. Veja aqui os endereços e telefones para contato de cada unidade.