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29/09/2023 às 17:38
Iniciativa realizada em alusão ao Dia Nacional da Pessoa Idosa, comemorado em 1º de outubro, teve aula de zumba, sorteio de brindes e sessões de conversa
Em alusão ao Dia Nacional da Pessoa Idosa, celebrado neste domingo (1º), o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) Gama Sul preparou para esta sexta-feira (29) uma manhã especial, com direito a café da manhã, aulão de zumba, sorteio de brindes e muito bate-papo sobre envelhecimento saudável e garantia de direitos. A unidade gerenciada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) atende um grupo de 60 idosos.
O objetivo foi proporcionar às idosas um momento de descontração, atividade física e de troca de experiências. “Eu não tenho dúvida de que o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é uma das melhores políticas públicas que contempla esse ciclo etário da pessoa idosa. Elas se sentem protagonistas e isso é muito importante para a autoestima e a autonomia delas”, destaca a chefe do Cecon Gama Sul, Flávia Mendes.
Por meio de uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB), a equipe do Cecon Gama Sul convidou o grupo intergeracional, composto por adultos e idosos, para participar da sessão de conversa Mulheres negras idosas 60 +: a potência do envelhecer cidadão. O bate-papo foi conduzido pelas pesquisadoras Denise Ferreira Costa e Leides Moura, que conheceram o trabalho realizado pelo Cecon por meio do documentário Condão, lançado no ano passado para contar a história de três idosas atendidas na unidade.
A sessão de conversa fez parte da Semana Universitária da UnB. “Esse evento representa espaços de convivência, de troca, de fortalecimento de vínculos, de sabedoria sendo repartida, de aprendizado mútuo entre as gerações, de compromisso pelo direito de envelhecer com dignidade no Brasil”, pontua a pesquisadora Leides Moura, coordenadora do grupo de trabalho Envelhecimento Saudável e Participativo da UnB.
Moradora do Gama, Francisca das Chagas, de 96 anos, foi uma das convidadas. “Essa festa está maravilhosa, não tem melhor”, comemora. “Isso aqui é meu presente, eu amo. Sou uma das primeiras que entrei aqui na unidade”, conta a Maria da Conceição Ribeiro Boaventura, de 74 anos.
[Olho texto=”“Essa questão da socialização é um comportamento neuroprotetor, evita vários tipos de demência. É uma forma de estimulação cognitiva, porque eles trocam informações”” assinatura=”Thiago Aguilar, educador social da Sedes” esquerda_direita_centro=”direita”]
O Cecon Gama Sul atende, no total, 116 pessoas, entre adolescentes, adultos e idosos. O SCFV é realizado em grupos, organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisições progressivas aos usuários, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social.
“No caso das pessoas idosas, o serviço de convivência tem papel fundamental no fortalecimento de vínculos com a família, com a comunidade, propicia trocas de experiências e vivências, fortalecendo o respeito, a solidariedade e a autonomia desse público”, reitera a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.
Cecon
[Olho texto=” “Esse evento representa espaços de convivência, de troca, de fortalecimento de vínculos, de sabedoria sendo repartida, de aprendizado mútuo entre as gerações, de compromisso pelo direito de envelhecer com dignidade no Brasil”” assinatura=”Leides Moura, coordenadora do grupo de trabalho Envelhecimento Saudável e Participativa da UnB” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O grupo intergeracional do Cecon Gama Sul é atuante, se reúne três vezes por semana para realizar as atividades planejadas, trocar experiências e encontrar os amigos, além dos encontros de alfabetização social, para que os idosos tenham noções básicas de letramento e possam ter autonomia no dia a dia. “Muitas delas são viúvas, têm vínculos mais superficiais com família, os filhos se casaram, muitos moram longe. Nosso grupo de idosas é bem antigo. Quando elas constroem esse vínculo, elas não deixam de frequentar, só por uma questão de mobilidade mesmo”, explica Flavia Mendes.
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Educador social da Sedes especialista em gerontologia, Thiago Aguilar explica que os centros de convivência têm papel importante para o envelhecimento saudável e prevenção de doenças.
“As pessoas necessitam conviver, se relacionar. E, conforme vamos envelhecendo, perdemos essa convivência, alguns ciclos de amizade. Dentro dos centros de convivência, eles vão reencontrando isso, vão ressignificando essa nova fase da vida. É uma base para esse envelhecimento ativo, porque eles vão se empoderando, vão desenvolvendo protagonismo entre os seus pares. Isso vai consolidando a autonomia e a independência deles. Essa questão da socialização é um comportamento neuroprotetor, evita vários tipos de demência. É uma forma de estimulação cognitiva, porque eles trocam informações”, conclui o educador, que atende no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Mozart Parada, em Taguatinga.
*Com informações da Sedes-DF