06/10/2023 às 16:59

Plano de manejo do Parque das Sucupiras é tema de ciclo de palestras

Projeto do Brasília Ambiental é transmitido pelo canal do YouTube mantido pelo instituto

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

Foi realizada, na manhã desta sexta-feira (6), mais uma edição do ciclo de palestras Compartilhando Saberes, por meio do canal do YouTube do Instituto Brasília Ambiental. As servidoras Marcela Versiani, superintendente de Unidade de Conservação, Biodiversidade e Água (Sucon), e Daniela Vieira Lopes, da Diretoria de Implantação de Unidades de Conservação e Regularização Fundiária (Dipuc), compartilharam a elaboração do Plano de Manejo Parque Ecológico das Sucupiras, localizado no Sudoeste.

Reprodução de Canal do Youtube

Plano de manejo é um documento técnico que, a partir dos objetivos definidos no ato de criação de uma unidade de conservação (UC), estabelece o zoneamento e as normas que norteiam o seu uso. O documento inclui aspectos como uso da área, manejo dos recursos naturais e implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade.

Toda UC deve ter um plano de manejo, elaborado em função de sua categoria e objetivos. Esse é um trabalho multidisciplinar, realizado com base na Instrução Normativa n° 36, de 26 de novembro de 2020, que traz os procedimentos para elaboração desse documento.

O Parque Ecológico das Sucupiras é fruto de uma mobilização da comunidade local em 2003. Em 2005 foi finalmente criado, por meio do Decreto n° 25.926 como parque de uso múltiplo, e recategorizado em 2019, pelo Decreto n° 40.116. O plano foi finalizado e aprovado neste ano, pela Instrução Normativa n° 5, no dia em que a unidade comemorava 18 anos de criação. A UC constitui um raro remanescente do bioma Cerrado no centro da capital federal, protegendo espécies nativas de flora e fauna.

Fruto de uma mobilização da comunidade local em 2003, o Parque Ecológico das Sucupiras foi criado em 2005 e recategorizado em 2019. O plano de manejo foi finalizado e aprovado em 2023, pela Instrução Normativa n° 5, no dia em que a unidade comemorava 18 anos de criação | Arte: Divulgação/Brasília Ambiental

Segundo as servidoras, durante a realização do diagnóstico, foram encontradas no local 69 espécies da flora nativa do Cerrado, como exemplares de sucupira, pequizeiro e pau-santo, além de cinco espécies ameaçadas. Quanto à fauna, foram identificadas 25 espécies de abelhas, sendo 12 gêneros novos para o DF; 97 espécies de aves e três espécies de répteis, entre outros. Durante o processo, também foi estudado o impacto de animais domésticos sobre a biodiversidade da área, um dos principais desafios encontrados.

“A realização do plano de manejo é uma etapa muito boa porque é a oportunidade de ver o parque saindo do papel. Enquanto não se faz esse documento, é um parque do papel, um parque sem vida, que nem se justifica, porque as pessoas precisam entender essa importância e elas só entendem quando acessam a área e conseguem vivenciar aquela unidade de conservação”, explicou Daniela Lopes.

Incentivo

Compartilhando Saberes é uma iniciativa da Comissão Permanente de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), da autarquia, para incentivar a troca de conhecimento entre os servidores e favorecer a integração com a sociedade.

O projeto começou trazendo os servidores que tiveram usufruto do afastamento para participar de programa de pós-graduação stricto senso, conforme o artigo 161 da lei Complementar n° 840/2011, e retornaram para suas atividades. Além dos estudos acadêmicos, o ciclo de palestras dá também a oportunidade da apresentação de outros tipos de trabalhos desenvolvidos pelos servidores do Brasília Ambiental.

*Com informações do Brasília Ambiental