20/01/2024 às 12:47, atualizado em 20/01/2024 às 13:06

Saber manusear um extintor em casos de incêndios pode evitar tragédia

Equipamento de segurança é fundamental para impedir que o fogo se alastre. Veja como agir diante de situações críticas envolvendo chamas

Por Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

O manuseio adequado de um extintor em casos de incêndios pode significar a diferença entre uma situação controlada e uma catástrofe. Em cenários em que as chamas ainda estão no começo, o equipamento de segurança surge como uma alternativa vital para impedir que o fogo se alastre e, consequentemente, evitar tragédias maiores. Mas você saberia utilizá-lo se necessário?

Capitã Raíssa Almeida orienta a população a se informar previamente sobre o equipamento e as funcionalidades | Fotos: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília

Usar corretamente o extintor é mais simples do que parece e pode fazer toda a diferença em momentos críticos. A capitã Raíssa Almeida Alves, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), afirma que é preciso, contudo, estar atento ao cumprimento de todas as etapas para que o acionamento do equipamento ocorra da maneira adequada.

A militar orienta a população a se informar previamente sobre o equipamento e as funcionalidades. “Localize onde ele está e identifique a classificação. Ou seja, se é classe A, B, C ou pó químico. O ideal é que isso seja feito antes mesmo da ocorrência de um eventual incêndio”, explica a chefe da Seção Técnica de Ensino e Instrução, do Centro de Treinamento Operacional (Cetop) do CBMDF.

Dizer que um extintor é de classe A significa que o equipamento é destinado para combater chamas em papel, madeira, tecido ou borracha. O B, por sua vez, é adequado a superfícies com líquidos inflamáveis (combustível, graxa ou gases). Em caso de incêndio cuja origem é energia elétrica, o recomendado é usar um equipamento de classe C. O de pó químico é versátil e permite debelar diferentes classes de fogo.

[Olho texto=”“Após remover o lacre e o pino, o cidadão deve direcionar a mangueira para a base do fogo e acionar o extintor pressionando a alavanca”” assinatura=”Raíssa Almeida, capitã do CBMDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Uma vez identificada a classe, o próximo passo é remover o lacre. “É justamente esse lacre que assegura que o extintor em questão está cheio e não foi utilizado previamente. Para remover o fecho, é preciso girar o pino e o próprio movimento de torção irá quebrá-lo”, detalha a capitã.

A etapa subsequente compreende o acionamento do debelador. “Após remover o lacre e o pino, o cidadão deve direcionar a mangueira para a base do fogo e acionar o extintor pressionando a alavanca. É importante que a pessoa mantenha a calma e siga as etapas somente após o acionamento do socorro, pelo telefone 193”, enfatiza.

Arte: Agência Brasília

Extintor não funcionou

Caso não tenha um extintor à disposição ou ele apresente falhas, a orientação é, primeiramente, acionar o socorro do CBMDF pelo telefone 193. Na sequência, identifique onde se deu o princípio do fogo e proceda com a evacuação. Tenha em mente uma rota de fuga e, se estiver em um prédio, recorra sempre às escadas.

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Não tente combater as chamas sozinho e sem treinamento adequado, e não retorne ao local antes da chegada do socorro.

Se não for possível deixar o local do foco do incêndio, os bombeiros orientam isolar as chamas em um único cômodo, fechando as portas pelo caminho. Outra dica é colocar panos úmidos em frestas e aberturas – isso evita que a fumaça e as labaredas avancem mais rapidamente. Esteja sempre próximo a janelas, proteja as vias áreas e se locomova agachado.

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