26/02/2024 às 18:38, atualizado em 07/03/2024 às 10:20

Evolução do parto humanizado é tema de conferência internacional

Secretaria de Saúde participa de evento, que segue até quarta (28), para incentivar o atendimento digno, respeitoso e respaldado das pacientes

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

A 5ª Conferência Internacional sobre a Humanização do Parto e Nascimento (V CIHPN), realizada na Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), teve início neste domingo (25) e segue até quarta (28). Neste ano, o tema é Gestando um mundo mais justo: perspectivas para o futuro da humanização. Presente na abertura, a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, destacou a evolução do parto humanizado e a importância da ampliação da técnica na rede pública do Distrito Federal.

[Olho texto=”“Estamos caminhando para um futuro muito melhor. Há uma mudança de postura, que vem desde a residência, quando ocorre uma mudança de pensamento. Aqui, no Distrito Federal, vejo uma mudança de cultura que partiu de uma construção de anos e anos”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”]

Ao relembrar as melhorias, a gestora apontou marcos importantes, como a determinação de que a gestante tenha um acompanhante de livre escolha durante o parto. Além disso, ressaltou a evolução no cuidado com as gestantes. “Estamos caminhando para um futuro muito melhor. Há uma mudança de postura, que vem desde a residência, quando ocorre uma mudança de pensamento. Aqui, no Distrito Federal, vejo uma mudança de cultura que partiu de uma construção de anos e anos”, afirma a secretária.

A conferência busca ampliar os horizontes da humanização para acolher os profissionais das áreas correlatas à assistência. O objetivo é propiciar às mulheres, bebês e famílias um atendimento digno, respeitoso e respaldadas nas melhores evidências.

Diversos desafios e problemáticas sobre a mortalidade materna serão debatidos na conferência | Foto: Ualisson Noronha/ Agência Saúde-DF

A professora da Universidade de Brasília (UnB) e uma das organizadoras do evento, Daphne Rattner, ressaltou que o objetivo da conferência é promover a assistência respeitosa a todos os cidadãos. “Partimos do princípio de que o acesso à assistência qualificada deve estar disponível a todos”, afirma.

Segundo a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Stephanie Amaral, o cenário sobre a mortalidade materna no Brasil preocupa. “Dados globais mostram que 60 países não vão alcançar a meta de redução da mortalidade materna e o Brasil é um deles. Apesar de ter um alto número de mulheres que realizam o pré-natal, ainda assim o país não alcançará a meta”, ressalta.

[Olho texto=”“Acredito que enfrentar os desafios significa discutir e agir. Por exemplo, precisamos discutir por que a mortalidade materna ocorre mais na população negra”” assinatura=”Felipe Proença, secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Para o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proença, diversos desafios e problemáticas sobre a mortalidade materna serão debatidos na conferência, tópicos importantes para a formulação de políticas públicas. “Acredito que enfrentar os desafios significa discutir e agir. Por exemplo, precisamos discutir por que a mortalidade materna ocorre mais na população negra”, reflete.

CIHPN

Na conferência, experiências nacionais e internacionais, baseadas em evidências, são compartilhadas como respaldo do parto humanizado. Assim, o intuito é contribuir para que o Brasil alcance as metas estabelecidas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2030 (ODS), em particular o Objetivo 3, que visa reduzir a mortalidade materna e infantil.

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Este é o terceiro ano que Brasília sedia a CIHPN. Na edição atual, quatro eixos temáticos norteiam o evento, sendo: ciência nas práticas de saúde; justiça social; equidade; e mobilização.

A conferência é fruto de uma parceria entre a Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (ReHuNa) com a Universidade de Brasília (UnB). Entre as pautas da ReHuNa estão: a livre escolha das mulheres e pessoas que gestam sobre o local de parto; o respeito aos direitos fundamentais; a prestação de cuidados por equipes multiprofissionais, incluindo obstetrizes e doulas, dentre outras.

*Com informações da Secretaria de Saúde