19/03/2024 às 13:54, atualizado em 19/03/2024 às 15:33

Mais de 13 mil artesãos movimentam a economia e preservam a cultura do DF

Só no ano passado, os eventos de artesanato promovidos pelo governo geraram uma média de R$ 1,5 milhão em vendas

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

Há 12 anos o brasiliense Vilmar Lima produz mandalas e cocares têxteis para vender. A atividade nasceu como um hobby, mas acabou virando uma forma de complementar a renda da família. “Sempre fui envolvido com dança e cultura e depois foi me despertando esse lado artístico. Peguei gosto, virou um hobby e também uma renda a mais”, conta.

Para vender os produtos, o autônomo circula o Distrito Federal participando de feiras de artesanato. Na última semana, Lima expôs o trabalho na sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), na 511 Norte, como parte do projeto de economia solidária da pasta. “Considero essas ações do governo muito importantes, porque abrem espaço para os artesãos do DF poderem engrenar na carreira e terem oportunidades. É uma porta que se abre”, avalia.

Vilmar Lima começou a produzir mandalas e cocares como hobby e hoje o artesanato complementa a renda familiar dele | Fotos: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

Vilmar Lima está entre os mais de 13 mil artesãos do DF registrados no Cadastramento Único dos Artesãos do Brasil (Sicab). O segmento tem crescido nos últimos anos na capital junto às ações de valorização da categoria promovidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF).

Hoje, a cidade conta com dois pontos de vendas para os artistas, nos shoppings Pátio Brasil e Alameda Shopping, e há a expectativa de que mais quatro sejam criados para ampliar os locais de comercialização dos produtos. Só no ano passado, a Secretaria de Turismo (Setur-DF) promoveu 87 eventos que geraram uma média de R$ 1,5 milhão em vendas para a categoria, além de ter prestado atendimento a 1.148 profissionais do segmento.

Sandra Madeira: “Nós incentivamos os artesãos a darem continuidade no trabalho deles por meio de linha de microcrédito e o cadastro MEI”

“Os artesãos são empreendedores que movimentam a economia, geram emprego e renda, e ajudam a preservar a cultura e a tradição por meio do artesanato”, afirma o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo. “Queremos inserir o artesanato de Brasília no mundo participando de feiras nacionais e internacionais”, completou.

O artesanato é tão importante para o governo que diferentes pastas estão envolvidas na pauta. Um exemplo disso é a Sedet, que atua em dois segmentos. O primeiro é por meio da economia solidária, movimento que dá oportunidade aos trabalhadores de expor produtos nas agências do trabalhador, na sede da secretaria e em eventos parceiros, como o GDF Mais Perto do Cidadão. Para isso, basta o profissional se inscrever no projeto na sede da pasta. Ainda este ano será feito um chamamento público para a seleção de profissionais.

Linhas de microcrédito e auxílio na formalização por meio do Microempreendedor Individual (MEI) são outras ações da pasta. “Nós também incentivamos os artesãos a darem continuidade no trabalho deles por meio de linha de microcrédito e o cadastro MEI. Porque queremos incentivar a cadeia produtiva como um todo fazendo com que eles possam ganhar dinheiro e expor os produtos deles pelo DF”, define a diretora da Cadeia Produtiva e Economia Solidária da Sedet, Sandra Madeira.

Pela perspectiva cultural, os artesãos são incentivados com o fomento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) no edital Multicultural – Cultura de Todo o Tipo. Foram investidos cerca de R$ 740 mil em iniciativas de cursos e oficinas de artesanato em regiões como Plano Piloto, Planaltina, Gama e Jardim Botânico.

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