09/04/2024 às 10:32

Ação sobre o autismo reuniu mães e profissionais de Saúde

Encontro no Hospital Regional de Santa Maria contou com palestra sobre atendimento humanizado e depoimentos 

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Em comemoração ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado no dia 2 deste mês, a equipe de odontologia do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) promoveu na sexta-feira (5) um evento sobre o tema. 

Explanações sobre o quadro de autismo fizeram parte do evento no hospital | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF

A neuropediatra Ellen Siqueira, do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), apresentou a palestra “Atendimento humanizado em ambientes de saúde a pacientes com Transtorno do Espectro Autista” e falou sobre os desafios do atendimento. “Cada pessoa que possui o transtorno do autismo é diferente da outra”, apontou. “É necessário que os médicos estejam cientes de que muitas vezes será um atendimento demorado e que deve ser adaptado individualmente”.

O dentista Diego Sindeaux Figueira, do ambulatório exclusivo para pessoas com deficiência (PcDs) do HRSM, reforçou a importância do atendimento diferenciado: “Todo o trabalho que temos hoje com os autistas no atendimento odontológico em Santa Maria foi construído na tentativa e erro, na observação dos paciente, na conversa com a família e, principalmente com calma, um passo de cada vez. Aqui aprendemos a respeitar a individualidade de cada um deles e saber até onde podemos e conseguimos ir”.

O encontro também contou com depoimentos de mães de autistas atendidos no HRSM. Foi o caso de Leide Araújo, mãe de um jovem que faz tratamento no ambulatório da unidade hospitalar. Leide é idealizadora do projeto que, inicialmente conhecido como Associação Tudo Azul, se dedica a oferecer apoio a famílias afetadas pelo autismo. 

“Já passei por situações em que sabia que meu filho não estava bem, que sentia algo errado, e o médico disse ser coisa da minha cabeça, mas aqui eu fui acolhida”, relatou Leide. “Ele foi tratado com o respeito e a paciência necessária, e graças a Deus hoje ele tem um acompanhamento realmente humano.”

*Com informações do IgesDF