12/04/2024 às 15:01, atualizado em 12/04/2024 às 18:16

Parto seguro e humanizado é desafio do obstetra

Dia do Obstetra e do Enfermeiro Obstetra é comemorado em 12 de abril; Hospital Regional de Santa Maria tem média de 350 partos por mês

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

Nesta sexta-feira (12) é celebrado o Dia do Médico Obstetra e o Dia Nacional do Enfermeiro Obstetra. Os dois profissionais prestam assistência durante o momento do nascimento e são responsáveis pela garantia de um parto seguro e respeitoso para o binômio materno-infantil. Das unidades geridas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) é o único que realiza partos.

Referência no atendimento a gestantes de alto risco da Região Sul e Entorno Sul, o HRSM conta com um total de 47 médicos obstetras, sendo entre três ou quatro plantonistas por período no centro obstétrico. Os profissionais também atuam na maternidade, na enfermaria de alto risco, no ambulatório de gestação de alto risco e de cirurgias ginecológicas.

O HRSM conta com um total de 47 médicos obstetras, sendo entre três ou quatro plantonistas por período no centro obstétrico | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília

“Tanto o obstetra como a enfermeira obstetra e os demais profissionais que compõem a equipe multidisciplinar são de fundamental importância em um serviço de alto risco como o prestado no HRSM. Precisamos nos apoiar para que o sucesso final seja de toda a equipe”, explica o responsável técnico (RT) de ginecologia/obstetrícia, Manoel Augusto Ribeiro Alves.

Segundo ele, é realizada uma média de 350 partos mensalmente no hospital. Em janeiro, foram 332; em fevereiro foram 329; e em março, 334. Hoje, o HRSM conta com uma equipe multiprofissional em todo o bloco materno-infantil, composta pelos técnicos de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas, ginecologistas obstetras, assistentes sociais, psicólogos e pediatras neonatais.

O médico obstetra e o enfermeiro obstetra são responsáveis pela garantia de um parto seguro e respeitoso para o binômio materno-infantil | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília

A humanização na hora do nascimento é uma realidade no Hospital Regional de Santa Maria. De acordo com a chefe de enfermagem do centro obstétrico do HRSM, Lívia De Pieri, toda a equipe multidisciplinar trabalha integrada para que a gestante se sinta acolhida e respeitada durante um momento tão único de sua vida, que é o nascimento de um filho.

Ela destaca o papel importantíssimo das enfermeiras obstetras no dia a dia do centro obstétrico. “Hoje, 84% dos partos de baixo risco são realizados pelas enfermeiras obstetras, respeitando sempre as pacientes e dando a assistência necessária do cuidado ao binômio mãe e bebê”, destaca.

Via de parto

Devido ao perfil de assistência do HRSM, o número de partos cesáreas ainda é elevado. Em janeiro, foram 172; em fevereiro o número foi de 185; e em março, de 158. “Somos um hospital de alto risco, recebemos pacientes que não realizam um pré-natal adequado; é um dos principais fatores que aumentam os índices de cesáreas”, explica Alves.

“Porém, ser gestante de alto risco não é indicação de uma cesariana. Elas são indicadas no momento do parto e na condição em que se encontra o binômio materno-infantil, sempre pensando no bem-estar do conjunto”, completa.

Cuidado e atenção

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) conta com 443 médicos ginecologistas e obstetras. Em 2023, os estabelecimentos que compõem a rede SES realizaram 31.747 partos, uma média mensal de 2.645 partos. Entre os que realizaram mais nascimentos estão o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o Hospital Regional de Samambaia (HRSAM), O Hospital Regional do Gama (HRG) e o Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

Andréia Araújo, aponta que nas mãos do profissional está o bem-estar da gestante e do bebê | Foto: Ingrid Soares/ Agência Saúde-DF

A diretora de Atenção à Saúde do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), ginecologista obstetra Andréia Araújo, aponta que a ocupação também é sinônimo de cuidado e atenção, pois está nas mãos do profissional o bem-estar da gestante e do bebê. O Hmib realiza de 200 a 300 partos por mês.

“O obstetra encaminha para que a gestação chegue no tempo correto e da forma mais saudável possível. O profissional também se atenta às avaliações das complicações da gestação como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, além de indicar reposição de vitaminas, vacinas e orientar sobre trabalho de parto”, explica.

A operadora de teleatendimento Mayara Domingos Silva, 31 anos, está grávida de seis meses e espera Antony. Ela faz acompanhamento no Hmib desde o terceiro mês por conta da gravidez de alto risco. “É uma profissão muito importante. Eles tiram todas as dúvidas, pedem todos os exames. O acompanhamento é maravilhoso e diferenciado para cada tipo de situação. Isso é essencial”, destaca.

Reformas

Em 2023, os estabelecimentos que compõem a rede SES realizaram 31.747 partos, uma média mensal de 2.645 partos

No ano passado, centros obstétricos da SES-DF passaram por melhorias. Em setembro, o Hmib passou por uma reorganização das salas de pré-parto e pós-parto, triagem e consultórios, com revitalização de pisos, paredes, teto e móveis. Também foi ampliada a rede de gases, com oxigênio, vácuo e ar comprimido, fundamental para os casos de mais complexidade.

Em outubro, o centro obstétrico do Hospital Regional de Planaltina (HRPl) recebeu uma nova sala para aplicação de medicamentos exclusiva às grávidas, além dos leitos com espaço para acompanhante e banheiros exclusivos às pacientes. Também houve adequações em três salas cirúrgicas, oito leitos de recuperação pós-anestésica e na sala de cuidados com recém-nascidos.

*Com informações do IgesDF e da Secretaria de Saúde