19/04/2024 às 14:19, atualizado em 19/04/2024 às 14:20

Estudantes da comunidade Warao Coromoto visitam o Memorial dos Povos Indígenas

Alunos de 4 a 17 anos, das Escolas Classe Morro da Cruz e Café sem Troco, participaram do passeio

Por Agência Brasília* | Edição: Ígor Silveira

Na semana em que se comemora o Dia dos Povos Indígenas, celebrado nesta sexta (19), estudantes indígenas da comunidade Warao Coromoto atendidos na rede pública de ensino do Distrito Federal participaram de uma experiência diferente para aprender mais sobre a história e cultura dos povos originários do Brasil. Na última terça (16), os alunos da Escola Classe (EC) Morro da Cruz, de São Sebastião; e EC Café sem Troco, do Paranoá, participaram da visita pedagógica ao Memorial dos Povos Indígenas.

Visita pedagógica ao Memorial dos Povos Indígenas promoveu a inclusão e troca de conhecimento entre os alunos | Fotos: Mary Leal/SEEDF

Para a subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), Vera Barros, além de promover a inclusão, a visita facilita a troca de conhecimento dos estudantes e promove a integração à cultura e conhecimento. “O que estamos fazendo aqui é proporcionar a essas crianças e jovens uma experiência para vivenciarem cultura e história”, explica.

Os alunos foram apresentados às peças, esculturas e fotos do Museu e, ao final da visita, puderam brincar com uma peteca, brinquedo tipicamente indígena. Para Josesu, estudante da comunidade Warao, de 13 anos, foi uma experiência muito divertida. “O que mais gostei foram as fotos de outras tribos na parede”, comenta.

Os alunos da comunidade Warao Coromoto têm de 4 a 17 anos, são refugiados da Venezuela e começaram a chegar em Brasília no ano de 2019. As crianças e jovens participaram da visita, acompanhados pelos professores, educadores sociais e as diretoras das duas escolas.

Alunos puderam ver de perto objetos pertencentes à cultura indígena

“Essa experiência hoje foi importante para reafirmar nossa cultura. Para não esquecermos nossas raízes, para nos mantermos unidos”, disse Reimer, educador social voluntário e representante da comunidade.

Caderno pedagógico

Ainda no mês de abril, a Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) lançou o Caderno Pedagógico Abril Indígena, que mapeia os estudantes indígenas matriculados na rede pública de ensino do DF para fortalecer os direitos desses alunos e valorizar a história e cultura dos povos originários do Brasil.

O caderno divulgado para todas as unidades escolares também fornece sugestões de materiais pedagógicos para o trabalho e valorização da história e cultura indígena, como livros, filmes, documentários, músicas e podcasts. O intuito é fortalecer as ações pedagógicas que contribuem na construção de uma escola plural.

*Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)