20/04/2024 às 11:07

Brasília chega aos 64 anos com 840 escolas públicas e 450 mil alunos matriculados

Escola pioneira no DF foi o Grupo Escolar número 1 (GE-1), da Candangolândia, inaugurado em 18 de outubro de 1957, hoje conhecido como Centro de Ensino Médio Julia Kubitschek

Por Agência Brasília* | Edição: Débora Cronemberger

Antes mesmo de ser inaugurada em 21 de abril de 1960, Brasília já tinha uma escola pronta para receber os filhos dos primeiros moradores da nova capital do país. Desde então, a cidade testemunha um avanço educacional, refletido no aumento do número de escolas e matrículas da rede pública de ensino do DF ao longo das décadas. Neste domingo (21), Brasília completa 64 anos e soma 840 escolas ativas e 450.353 alunos matriculados na rede pública.

Antes mesmo da inauguração de Brasília, a cidade já havia inaugurado a primeira escola, atualmente conhecida como Centro de Ensino Médio (CEM) Julia Kubitschek | Foto: Arquivo Público

A escola pioneira no DF foi o Grupo Escolar número 1 (GE-1), da Candangolândia, inaugurado em 18 de outubro de 1957. Atualmente, a unidade é conhecida como Centro de Ensino Médio (CEM) Julia Kubitschek, nome dado em homenagem à mãe do presidente Juscelino Kubitschek. A escola foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e idealizada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (atual Novacap), para que fossem atendidos à época os filhos dos funcionários e operários da construtora.

O CEM JK testemunhou o desenvolvimento não apenas da comunidade escolar, mas da própria cidade. O vice-diretor da unidade, Wesley Chagas, trabalha no CEM JK desde 2009 e destaca o papel da escola na construção da identidade educacional de Brasília.

Wesley Chagas, vice-diretor do CEM JK, se orgulha de fazer parte da equipe da primeira escola inaugurada em Brasília | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF

“O CEM JK possui essa condição de ser uma das primeiras escolas da capital e na sua consolidação como instituição, a escola agregou a essência de muitas culturas das pessoas que vieram para a construção de Brasília”, lembra Chagas. “A escola possui relevância por ter recebido diferentes gerações de estudantes que a moldaram no formato que hoje ela se apresenta”, finaliza.

Para Chagas, a importância do CEM JK vai além do aspecto educacional. “Nossa instituição contribui para a melhoria da qualidade de vida dos nossos alunos e de seus familiares. É gratificante ver como evoluímos ao longo dos anos e como continuamos a desempenhar um papel vital na vida dos jovens e suas famílias”, conclui.

Uma das escolas inauguradas recentemente foi a Escola Classe 203 do Itapoã, entregue em março deste ano; a unidade tem capacidade para 1,2 mil alunos do 1º ao 5º anos do ensino fundamental | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Já com Brasília oficialmente inaugurada em 21 de abril de 1960 como a nova capital do Brasil, a cidade começou a estabelecer também uma infraestrutura educacional. A primeira escola a ser inaugurada após a inauguração oficial foi o Centro de Ensino Fundamental (CEF) Caseb, em 19 de maio, com a missão de educar os filhos dos pioneiros.

Arte: Divulgação/SEEDF

O Caseb recebeu os netos de Juscelino Kubitschek e filhos de importantes políticos que desembarcaram na nova capital. Atualmente, a unidade oferece ensino integral para 490 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.

Investimentos 

Com o crescimento da cidade, ao longo dos anos, investimentos foram feitos para fortalecer o sistema educacional do Distrito Federal. Escolas foram construídas e inauguradas, programas de apoio pedagógico foram implementados e parcerias foram fortalecidas, tudo com o objetivo de garantir que cada estudante tenha a oportunidade de alcançar seu pleno potencial.

“Nas últimas décadas, o DF conseguiu ampliar a rede pública de ensino de forma significativa com novas unidades escolares e creches, contando com a parceria de outros entes públicos, resultando em um substancial impacto na qualidade de vida da população. Além disso, tivemos também o fortalecimento das escolas técnicas para preparar os estudantes para o mercado de trabalho”, explica a arquiteta Aline Lima, da Subsecretaria de Infraestrutura e Apoio Educacional (Siae) da SEEDF.

*Com informações da SEEDF