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27/06/2024 às 10:48, atualizado em 27/06/2024 às 11:18
Região administrativa foi escolhida para sediar primeira edição de projeto, que conta com apoio da Secretaria de Esportes e Lazer
Promover a inclusão social, a saúde e transformar a vida das pessoas é o objetivo do núcleo esportivo voltado para pessoas com deficiência intelectual, lançado na quarta-feira (26), no Centro Olímpico e Paralímpico (COP) da Estrutural. O projeto Paraesporte, da organização de mesmo nome, é realizado com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL). No total, são 500 vagas abertas, e metade delas ainda não foi preenchida.
A Estrutural foi escolhida para receber o projeto por ser uma das regiões administrativas com maior vulnerabilidade do DF. Os participantes foram escolhidos com o apoio do Conselho Tutelar. Tanto as vagas que já foram preenchidas quanto as que estão em aberto são independentes das vagas do COP, disponibilizadas para a população em geral.
O patrocínio é da Shell, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte e do Ministério do Esporte. Entre as modalidades estão natação, hidroginástica, futebol, futsal e bocha. O projeto tem 12 meses de duração e pode ser renovado por igual período.
A professora aposentada Ana Luzia Assis Nascimento, de 59 anos, está muito satisfeita com a participação da filha Thaimée, 24. “Há muito tempo eu procurava um lugar assim para colocá-la no esporte. Estou gostando muito, e ela está interessada, dormindo melhor. Tem ajudado bastante, tanto na saúde mental quanto na física”, afirma. “O sonho da gente é vê-los crescendo e se desenvolvendo”.
Já Felipe Khalill, 21, conta que trabalha em uma lanchonete e está muito animado com a prática de esportes. “Eu estava treinando muito para jogar e estou com o coração a mil”, disse.
O secretário de Esportes do DF, Renato Junqueira, lembrou que o projeto tem apoio da vice-governadora Celina Leão. A partir daí, foi possível colocar em prática a iniciativa que une prática de esporte com foco na inclusão social, segundo o secretário, pela primeira vez no DF.
“O esporte é a maior ferramenta de transformação social, e as pessoas com deficiência se sentem mais aceitas. Além disso, essa convivência com outras pessoas ajuda muito na formação de cada um deles”, ressalta Junqueira.
Transformação
O fundador da organização Paraesporte, Raphael Thuin, conta que tudo começou há alguns anos quando ele, que é ex-atleta de natação e foi quatro vezes campeão mundial, ajudou a organizar os jogos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais no Rio de Janeiro (Apae-RJ) e não parou mais.
“Ficamos muito felizes de poder incluir as crianças que, muitas vezes, não têm oportunidades, sem contar que ainda há muito preconceito. Hoje, o Paraesporte atende mais de mil pessoas no Brasil inteiro, e nós queremos que em Brasília nós cheguemos a 500”, adianta o ex-atleta.
Participaram ainda da solenidade de lançamento do projeto a deputada federal Soraya Santos, o deputado federal Júlio César Ribeiro, o deputado distrital Martins Machado, o secretário nacional de Paradesporto do Ministério do Esporte, Fábio Araújo, e representantes do GDF e da Shell, além de delegações do Centro Olímpico e Paralímpico do Gama (COP-Gama), da Associação de Mães, Pais, Amigos e Reabilitadores de Excepcionais do DF (Ampare-DF), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Distrito Federal (Apae-DF) e Associação Pestalozzi.