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28/06/2024 às 11:28
Companhia quer inibir ocorrências no sistema e dar maior transparência às ações do Corpo de Segurança Operacional
Os agentes do Corpo de Segurança Operacional do Metrô-DF começam a usar, a partir da próxima segunda (1º/7), câmeras de corpo (bodycam). A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal adquiriu um total de 100 câmeras, que serão acopladas aos uniformes dos agentes. Além das câmeras portáteis, foram compradas também duas estações de dados, equipamentos que serão utilizados pelo Centro de Monitoramento da Segurança para descarregamento e gerenciamento das imagens capturadas.
O investimento foi de R$ 198.303. A aquisição, realizada por meio do Pregão Eletrônico n° 17/2023, é uma inovação na gestão da segurança metroviária distrital e tem o objetivo de fortalecer e dar maior transparência à atuação do Corpo de Segurança Operacional, em especial no que tange ao uso dos gradientes de força previstos na Lei Federal n° 6.149/1974 e no Decreto Distrital n° 26.516/2005.
“Por meio delas, é possível permitir a apuração rápida de fatos, garantir a segurança jurídica das ações e atividades dos empregados e produzir elementos de prova para eventuais procedimentos civis, penais e/ou administrativos”
Renato Avelar, superintendente de Operações do Metrô-DF
Em 2023, houve 453 registros internos de ocorrências que estão relacionados a crimes e contravenções no sistema. Desses, 398 foram registrados também diretamente nas delegacias de polícia ou por meio da delegacia eletrônica (dano a bem público, furtos no sistema, pichação, auxílio público – que ocorre quando algum usuário é vítima de crime nas imediações das estações e o Metrô leva a vítima à delegacia – e desacato, por exemplo).
Já em 2024, até o mês de maio, houve 207 registros internos de ocorrências, sendo que 182 foram registrados nas delegacias de polícia ou de forma virtual.
O superintendente de Operações do Metrô-DF, Renato Avelar, avalia que as câmeras resguardam tanto os empregados quanto os usuários do sistema metroviário. “Por meio delas, é possível permitir a apuração rápida de fatos, garantir a segurança jurídica das ações e atividades dos empregados e produzir elementos de prova para eventuais procedimentos civis, penais e/ou administrativos”, avalia.
Além disso, Avelar entende que as câmeras naturalmente inibem desdobramentos das ocorrências em razão da percepção, por parte das pessoas em conflito com a lei e/ou normas metroviárias, de que seus atos e verbalizações estão sendo registrados.
Sobre os equipamentos
As câmeras de corpo serão utilizadas na parte frontal e ficarão visíveis a todos os usuários. Os equipamentos têm capacidade de armazenamento de 32 GB, podendo gravar por até 8 horas ininterruptas. Também têm visão noturna e função de pré-gravação, o que permite que fatos ocorridos antes do acionamento do botão de gravação sejam também armazenados.
As estações de dados permitem o gerenciamento de até oito câmeras ao mesmo tempo. Os equipamentos possuem ainda histórico de ações (geração de arquivos de log), proteção contra o apagamento de gravações e o gerenciamento das imagens (descarregamento, armazenamento e downloads), por meio de senhas individuais, garantindo que todas as ações sejam mapeadas e atribuídas a um usuário específico.
A Companhia informa que já foram treinados mais de 150 empregados, cerca de metade do corpo de segurança. Todos os agentes serão treinados. Também foi implantado um normativo operacional que regulamenta o uso dos equipamentos e o sigilo das informações, além de uma rotina operacional, estabelecendo as regras.
*Com informações do Metrô-DF