25/07/2024 às 15:48

GDF de Ponto a Ponto: ‘Prática esportiva gera transformação social’, diz secretário de Esporte e Lazer

Ao podcast da Agência Brasília, Renato Junqueira destacou o potencial da capital brasileira na realização de grandes eventos dos calendários nacional e internacional, além das ações desta gestão do GDF que incentivam a prática desportiva dos cidadãos e a formação de novos atletas

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger

O investimento em esporte como forma de transformar a realidade social, incentivar o potencial de jovens talentos e consolidar uma cultura de qualidade de vida. Esse foi o tema central da entrevista do secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Renato Junqueira, ao GDF de Ponto a Ponto, o podcast da Agência Brasília, nesta quinta-feira (25).

Segundo ele, o investimento na realização de torneios no Quadradinho faz parte das iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para incentivar a prática desportiva. “O esporte é a área de maior transformação social. Um dado da Organização Mundial de Saúde mostra que a cada um dólar que investimos no esporte, economizamos três dólares na saúde. O esporte gera oportunidade, qualidade de vida e transforma o futuro de muitas pessoas”, frisou.

“Hoje é uma gratificação levar os atletas do Distrito Federal para pódios do mundo inteiro”, disse o secretário Renato Junqueira (à direita), em entrevista ao podcast GDF de Ponto a Ponto | Foto: Agência Brasília

O Distrito Federal estará presente nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024, com sete atletas olímpicos e nove paralímpicos, além de um árbitro de judô – o único profissional brasileiro selecionado para a função. O GDF apoia seis desses esportistas por meio dos programas Bolsa Atleta, que patrocina os atletas individualmente, e Compete Brasília, com o fornecimento de passagens terrestres e aéreas para competições nacionais e internacionais. Já os centros olímpicos e paralímpicos são responsáveis por ampliar o acesso da população às práticas esportivas ao mesmo tempo que formam e descobrem novos talentos.

Em 2023, o Compete Brasília atendeu mais de 5 mil pessoas, que puderam viajar a outros destinos para participar de torneios esportivos. Neste ano, cerca de 3 mil pessoas já foram contempladas com o benefício. “Fico muito emocionado com o Compete Brasília porque me lembro de que, quando joguei no Nordeste na categoria de base e tive a oportunidade de fazer o teste em um clube de Minas Gerais, o grande gargalo foi que a minha família não tinha condições de pagar as passagens. E hoje é uma gratificação levar os atletas do Distrito Federal para pódios do mundo inteiro”, comentou Junqueira.

Outra conquista deste GDF para o esporte, o Bolsa Atleta foi equiparado entre atletas e paratletas no ano passado. Com isso, os esportistas olímpicos e paralímpicos brasilienses passaram a receber o mesmo valor, conforme a categoria.

“Esses espaços (COPs) são incubadoras de novos talentos. No primeiro momento, trabalha-se um projeto esportivo social, mas, depois, são identificados talentos que acabam se tornando de alto rendimento”

Além disso, atualmente, o Distrito Federal conta com 12 centros olímpicos e paralímpicos, que atendem mais de 40 mil pessoas, segundo o secretário de Esporte e Lazer. Ela adiantou que, ainda neste ano, será assinada a ordem de serviço para a construção de mais um para atender o Paranoá e Itapoã. “Esses espaços são incubadoras de novos talentos. No primeiro momento, trabalha-se um projeto esportivo social, mas, depois, são identificados talentos que acabam se tornando de alto rendimento”, disse.

Os campos sintéticos também são palco da formação de novos atletas. Mais de 80 espaços foram entregues para a população desde 2019, construídos do zero ou totalmente reformados. As obras são realizadas pela Secretaria de Esporte e Lazer do DF (SEL), administrações regionais e Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), com o objetivo de mudar a rotina dos cidadãos.

Parque da Cidade

Maior parque urbano da América Latina, o Parque da Cidade Sarah Kubitschek recebe milhares de pessoas diariamente, com pico de movimento aos finais de semana, e também tem sido impactado por este GDF. No começo do ano, as 16 estações com banheiros foram reformadas e devolvidas à população, obedecendo a estética dos espaços e a Norma Regulamentadora de Sanitários (NBR 9050:2020).

“Hoje, todas as estações contam com um segurança e uma equipe de limpeza para evitar depredações e furtos. Agora, o nosso desafio é iluminar os banheiros; e, para isso, estamos estudando como será a infraestrutura, já que o roubo de cabos é um grande problema hoje em dia. Estudamos colocar placas solares nos espaços para dificultar a ação dos bandidos, promover a sustentabilidade e atender a população”, afirmou Junqueira.

“Estamos realmente colocando Brasília no eixo de grandes eventos esportivos e isso facilita muito pela geografia e logística da área central de Brasília, onde temos os setores hoteleiros norte e sul, e os maiores espaços esportivos, que estão a 15 minutos do aeroporto”

Além disso, o secretário adiantou que está sendo estudada a construção de uma pista de skate profissional e uma pista de patinação no Parque da Cidade. Em 2023, o Cruzeiro ganhou a primeira pista profissional de skatepark do DF, e foi entregue uma pista de patinação de alta velocidade em Águas Claras, única estrutura no país com os padrões adequados ao esporte. O gestor lembrou também que está sendo desenvolvido o projeto para a contratação das obras de restauração do complexo aquático da Piscina com Ondas.

Eventos

Renato Junqueira também destacou o potencial de Brasília para receber grandes eventos esportivos nacionais e internacionais. Segundo o secretário, a capital brasileira se destaca devido à proximidade dos equipamentos esportivos ao aeroporto e à rede hoteleira, que dispõe de mais de 400 hotéis.

Entre 8 e 19 de outubro, Brasília sediará a maior etapa dos Jogos Universitários Brasileiros (Jubs), com participação prevista de mais de 6 mil pessoas. “É um investimento da Secretaria de Esporte e Lazer, por meio do Fundo de Apoio ao Esporte, no valor de R$ 8 milhões, para que possamos sediar mais esse grande evento”, informou. “Recebemos no ano passado a visita do Comitê Técnico Brasileiro, que validou os nossos equipamentos esportivos e, a partir disso, levamos o desafio para o governador Ibaneis Rocha, porque um evento dessa magnitude mobiliza todo o Brasil e é um dos maiores do mundo”.

Mais competições serão realizadas em solo brasiliense ainda neste ano. Em agosto, haverá o K-1 World GP 2024 no Ginásio Nilson Nelson, com entrada gratuita. No mês seguinte, a atração será o High Diving, o mundial de saltos altos, no Lago Paranoá, e o retorno do Jungle Fight, com a etapa internacional. “Estamos realmente colocando Brasília no eixo de grandes eventos esportivos, e isso facilita muito pela geografia e logística da área central de Brasília, onde temos os setores hoteleiros Norte e Sul, e os maiores espaços esportivos, que estão a 15 minutos do aeroporto”, observou.

Além disso, Brasília também será palco da Copa do Mundo Feminina de 2027. A Arena BRB Mané Garrincha deve receber oito partidas, incluindo uma semifinal. “O ano começou com a Corrida de Reis, depois de quatro anos parados por conta da pandemia. Tivemos o Circuito Mundial de Vôlei de Praia na fase classificatória para as Olimpíadas de Paris, o ITF Sand Series Brasília Classic 2024, o mundial de beach tennis, o Grand Prix Internacional de Boxe, que foi a última competição antes de Paris, e o Jungle Fight 126, com o qual lotamos a Arena BRB Nilson Nelson com mais de 15 mil pessoas”, listou Junqueira.

Participe!

Neste domingo (28), o Estádio Valmir Campelo Bezerra, o Bezerrão, recebe uma partida beneficente em prol das vítimas das chuvas no Rio Grande Sul. O Jogo da Alegria, comandado pelo ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, será às 15h, com a participação de cantores e influenciadores digitais. O Bezerrão foi devolvido à população completamente reformado no ano passado, com investimento de R$ 3,9 milhões.

Os ingressos estão à venda no site Central dos Eventos. As entradas variam de R$ 10 a R$ 50. Os valores dependem do setor e do benefício da meia-entrada. Como não haverá ponto de arrecadação de alimentos, o público deverá adquirir também o ticket solidário no valor de R$ 15. Toda a renda será enviada ao Rio Grande do Sul.

De Ponto a Ponto

Este foi o sétimo episódio do podcast da Agência Brasília. Nas edições anteriores, foram abordados os principais temas de áreas como saúde, mobilidade, segurança pública e desenvolvimento urbano. Acesse os outros episódios neste link.