24/07/2012 às 20:09

Programação marca Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais

 Iniciativa pretende conscientizar a população sobre os riscos e a prevenção para o enfrentamento dos diferentes tipos da doença

Por Secretaria de Saúde

Para lembrar o Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais, 28 de julho, a Secretaria de Saúde promove uma série de atividades em vários pontos do Distrito Federal. A programação inclui palestras, testagem para a hepatite C e vacinação contra o tipo B. O objetivo é conscientizar a população sobre os riscos e a prevenção para o enfrentamento dessa doença, que muitas vezes evolui silenciosamente.

O ponto alto da programação será no próximo sábado, 28, das 9h às 16h, na Escola Classe do P Norte, em Ceilândia – Estrada da Cascalheira S/N vc 311, no Condomínio Sol Nascente. Cerca de 600 alunos – crianças e adolescentes – serão imunizados contra a hepatite B. Já os pais e a comunidade residente nas imediações da escola são convidados a participar das atividades e a se submeter ao teste rápido para hepatite C – cerca de mil testes serão disponibilizados. Também haverá aconselhamento.

A programação do Dia Mundial teve início no dia 14, quando cerca de 500 trabalhadores que atuam na construção do Estádio Mané Garrincha foram testados e vacinados. Nessa terça-feira, profissionais de serviços gerais do Laboratório Central do Distrito Federal (Lacen) participaram de palestra, testagem rápida para hepatite C e aconselhamento. Na quarta-feira, 25, das 9h às 13h, serão disponibilizadas 150 doses de vacina e 150 testes rápidos para taxistas, numa ação conjunta com o SEST/SENAT, Departamento de Permissão e Concessão, no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte – SAAN. Já na sexta, dia 27, das 14h às 16h, haverá aconselhamento, discussão em grupo e educação em saúde durante encontro com portadores de hepatites virais e familiares, na Unidade Mista da Asa Sul (Hospital-Dia, 508 Sul).

Dados – A Secretaria de Saúde do DF registrou este ano 82 casos de hepatite C e 68 casos de hepatite B. Somando-se aos números apurados desde 2007, foram notificados 1.081 casos de hepatite C e 872 casos de hepatite B. Segundo a diretora da Vigilância Epidemiológica, Sonia Geraldes, o diagnóstico e o tratamento são feitos em qualquer unidade da rede pública de saúde do Distrito Federal. Estima-se que cerca de 0,8% da população esteja infectada com hepatite C e 0,3% com hepatite B e grande parte não sabe que está doente.

A hepatite é basicamente uma inflamação no fígado. Existem vários tipos da doença com gravidade variável, dependendo do estágio em que é detectada e a forma como é tratada. “As hepatites podem ser causadas por vírus e os tipos mais comuns são as tipo B e C”, explica a diretora. A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível que também pode ser contraída em estúdios de tatuagem e piercing sem higiene, por quem compartilha seringas no uso de drogas e por transfusão de sangue. A doença pode ser transmitida, ainda, da mãe para o bebê, durante a gravidez.

Segundo Sonia Geraldes, a transmissão por transfusão de sangue quase não existe mais. “Esse é um risco que desapareceu depois de 1993, quando o sangue dos doadores passou a ser testado”, afirma a diretora. Por ser uma doença assintomática, a hepatite apresenta sintomas como cansaço, mal-estar ou dores abdominais. Sônia Geraldes explica que a hepatite B é diagnosticada por meio de exame de sorologia (exame de sangue), feito em toda a rede pública. A prevenção também é realizada nos centros de saúde, por meio de vacina e, dependendo da gravidade, o tratamento é feito com medicamentos antivirais. “A hepatite pode evoluir para cirrose e câncer de fígado. Por isso, é bom ficar atento e verificar se as três doses da vacina contra a hepatite B estão em dia”, recomenda ela.

A vacina que é aplicada em pessoas com até 29 anos de idade é em três doses. Acima dessa idade, também é oferecida aos seguintes grupos: manicures, usuários de drogas, hemofílicos, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, pacientes que fazem hemodiálise, portadores do vírus da hepatite C e do HIV, bombeiros, policiais e profissionais de saúde. Assim como a hepatite B, a hepatite C também é assintomática e não é facilmente percebida. Na forma crônica, o infectado pode apresentar sintomas como vômito, mal-estar e dores musculares. A doença também pode evoluir para cirrose e câncer de fígado. Para diagnosticar a hepatite C é feito o exame de sorologia. “Como não existe vacina contra essa forma de hepatite, é aconselhável que o paciente diagnosticado procure a rede pública e tome uma solução injetável por pelo menos seis meses”, alerta Sônia Geraldes.