22/03/2021 às 17:45, atualizado em 22/03/2021 às 18:38

Avenida das Cidades será construída por concessão administrativa

 A um custo de quase R$ 3 bilhões, empreendimento pode gerar até 100 mil empregos no DF durante período de execução, previsto para 18 anos

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Projeção da Avenida das Cidades atravessando Samambaia: melhorias em todo o percurso | Arte: Semob

[Numeralha titulo_grande=”R$ 2,9 bilhões ” texto=”Custo estimado da obra” esquerda_direita_centro=”direita”]

Uma nova via com 26 quilômetros de extensão, que passa por sete regiões administrativas, será construída no Distrito Federal por meio de Parceria Público-Privada (PPP), na modalidade de concessão administrativa. O projeto da Avenida das Cidades foi debatido com a sociedade, nesta segunda-feira (22), em audiência pública realizada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob).

O empreendimento será concedido em licitação nacional, pelo prazo de 28 anos. Prevista para ser construída em 11 anos, a obra tem custo estimado em R$ 2,9 bilhões e capacidade para gerar cerca de 20 mil empregos na fase de implantação. A execução dos serviços deve durar 18 anos, com a previsão de que sejam criados cerca de 80 mil empregos na fase de operação, totalizando 100 mil postos de trabalho no projeto.

[Olho texto=”Pelo acordo de compensação ambiental, serão plantadas 700 mil árvores” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A nova avenida tem o conceito de via urbana com a ligação viária entre o Plano Piloto e as regiões do Guará I e II, Arniqueira, Águas Claras, Park Way, Samambaia e Taguatinga. A obra vai permitir a integração entre as cidades, que hoje são separadas pelas linhas de transmissão de energia. Será necessário fazer o enterramento das linhas de transmissão desde a Subestação Brasília Geral até a Subestação de Samambaia. Serão enterrados cerca de 534 km de cabos elétricos.

Desenvolvimento regional

A Avenida das Cidades vai criar condições de desenvolvimento regional. O complexo urbanístico contribuirá para a geração de novos centros de negócios, lazer e habitação na região. O projeto engloba também o conceito de via verde e prevê a compensação florestal por meio da criação e reforma de oito parques, com o plantio de 700 mil árvores.

O projeto vai melhorar a infraestrutura de transporte e mobilidade urbana, ampliando a oferta de serviços públicos ao longo da via. Além disso, há previsão de construção de empreendimentos imobiliários ao longo da via. A expectativa é que a região experimente o desenvolvimento socioeconômico sustentável, com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

“A avenida não será um corredor de transporte com uma via expressa; será para pequenos deslocamentos, desafogando o trânsito em vias como a EPNB e a EPTG”, explica o subsecretário de Parcerias e Concessões, Henrique Oliveira Mendes. “Será também uma via de integração com o metrô, incentivando o transporte público”. Segundo o gestor, a obra compreende ainda a implantação de 200 quilômetros de ciclovias e 900 mil metros quadrados de calçadas. É um investimento com foco na mobilidade ativa.

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Contribuições continuam

Durante a audiência pública, a Semob recebeu contribuições em participações presenciais e por mensagens on-line. O projeto segue em discussão, e os interessados ainda podem enviar sugestões até o dia 31 deste mês.

A consulta pública tem por objetivo receber contribuições para o aprimoramento dos estudos de modelagem técnica, econômico-financeira e jurídica, bem como das minutas de edital e contrato da obra. Após essa fase técnica, o projeto será encaminhado para análise no Tribunal de Contas do DF.

As contribuições escritas devem ser enviadas ao e-mail consulta.avenidadascidades@semob.df.gov.br. Quem preferir pode enviar por Correio para o endereço Setor de Áreas Isoladas Norte (SAIN) – Estação Rodoferroviária Sobreloja Ala Sul – CEP: 70631-900, Brasília-DF.

*Com informações da Semob