Hospital Materno Infantil de Brasília realiza 8ª cirurgia de correção de espinha bífida
Gabriel Henrique ainda nem nasceu e já enfrentou o seu primeiro grande desafio. Diagnosticado com meningomielocele, o bebê passou por uma cirurgia de alta complexidade ainda dentro do útero da mãe para corrigir uma malformação conhecida como espinha bífida. O procedimento durou cerca de quatro horas e ocorreu com êxito, nessa quarta-feira (8), no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Essa foi a oitava cirurgia fetal na unidade. O pai, Ricardo Henrique Sousa, 37 anos, conta que o diagnóstico foi descoberto após a segunda ecografia, quando a médica identificou uma suspeita de hidrocefalia no feto. “Depois disso, foi aquela correria atrás de neurologista e soubemos de um procedimento feito por um médico aqui no Hmib, com condições parecidas com a do nosso filho”, relembra. A gestante Liane Cristina Oliveira, 38, também recorda do susto quando recebeu o diagnóstico. “Ficamos sem saber o motivo, o que aconteceu, porque os primeiros exames morfológicos mostravam que tudo estava bem", conta. Oitava cirurgia Esta foi a oitava cirurgia realizada pela equipe especializada do Hospital Materno Infantil de Brasília desde outubro de 2023 | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF Desde 2023, o Hmib faz esse tipo de procedimento. Em outubro daquele ano, a pequena Ágatha foi a primeira a passar pela intervenção — uma operação que envolveu equipe multidisciplinar, com especialistas em cirurgia fetal, neurocirurgia e anestesiologistas. Especialista em medicina fetal e um dos responsáveis pela cirurgia de Gabriel, o médico Marcelo Filippo destaca que, apesar de cada cirurgia ser única, a bagagem de outras operações traz a experiência. “Com a quantidade de procedimentos aumentando, ficamos mais seguros com a técnica”, explica. “O mais impressionante é quando vemos o resultado no bom desenvolvimento dessas crianças. Presenciar a felicidade da família olhando seus bebês saudáveis é muito gratificante”, acrescenta. Recuperação A meningomielocele causa limitações motoras e neurológicas desde o útero, com impactos por toda a vida. O nome — espinha bífida — refere-se à parte da coluna do bebê que fica exposta. Nesse cenário, as chances de recuperação são maiores nos casos em que o procedimento é feito ainda durante a gestação. Os benefícios incluem redução de infecções, danos neurológicos e problemas de mobilidade.[LEIA_TAMBEM] Segundo Filippo, o uso do ácido fólico durante a gestação — ou antes, se há planos de engravidar — pode ser crucial para diminuir o risco do diagnóstico. Serviço A cirurgia fetal é um serviço regulado e está disponível para toda a rede pública da Secretaria de Saúde (SES-DF). Por se tratar de um caso de urgência, o tempo de espera é reduzido, pois o sucesso depende da agilidade no diagnóstico e na realização do procedimento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Agências do trabalhador têm quase 500 vagas abertas nesta sexta (10), com salários que passam de R$ 4 mil
As agências do trabalhador do Distrito Federal fecham a semana, nesta sexta-feira (10), com quase 500 vagas disponíveis para quem procura um emprego. São 439 oportunidades, que contemplam candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Os salários chegam a R$ 4.141,31. O posto que oferece maior remuneração é o de mecânico de perfuratrizes, na zona industrial do Guará. Há uma oportunidade aberta. Os interessados precisam ter ensino médio completo, mas não há exigência de experiência. Já o cargo com mais vagas disponíveis é o de repositor de mercadorias, em local de trabalho não fixo, com 60 oportunidades. É preciso ter ensino fundamental completo, mas também não há cobrança de experiência prévia. O salário é de R$ 1.562. Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 16 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram. Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
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Projeto Comunidade Kids chega a Samambaia e Água Quente com lazer e cidadania para as crianças
Em comemoração ao mês das crianças, a Secretaria de Atendimento à Comunidade do Distrito Federal (Seac-DF) realiza, neste sábado (11), mais duas edições do Comunidade Kids, desta vez nas regiões de Samambaia e Água Quente. O evento, gratuito e aberto ao público, vai oferecer uma programação especial para as famílias, com atividades recreativas, educativas e de cidadania. Em Samambaia, a ação será na Subadministração Regional (QN 431). Já em Água Quente, será realizada no Condomínio Residencial Dom Francisco, em frente à Administração Regional, ambas das 9h às 13h. As crianças poderão participar de brincadeiras, oficinas e atividades interativas, além de se divertir com brinquedos infláveis, algodão-doce e pipoca | Foto: Divulgação/Seac-DF Durante toda a manhã, as crianças poderão participar de brincadeiras, oficinas e atividades interativas, além de se divertir com brinquedos infláveis, algodão-doce e pipoca. Para o público em geral, as vans do Atendimento em Movimento da Seac também prestarão serviços e orientações, reforçando o cuidado com a população do Distrito Federal. [LEIA_TAMBEM]O Comunidade Kids tem como proposta promover inclusão social e fortalecer valores comunitários por meio da ludicidade e da educação. A iniciativa, que percorre diferentes regiões administrativas do DF, já beneficiou centenas de crianças em situação de vulnerabilidade, levando lazer, aprendizado e acolhimento às comunidades. “O Comunidade Kids é um gesto de cuidado e amor com as nossas crianças. Cada edição é uma oportunidade de aproximar o governo da comunidade, oferecendo um espaço de alegria, convivência e aprendizado. Nosso compromisso é construir um DF mais acolhedor desde a infância, onde brincar também é aprender a ser cidadão”, destaca a secretária de Atendimento à Comunidade, Clara Roriz. *Com informações da Seac
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Escola de Governo moderniza sistema de inscrições e orienta servidores sobre recadastramento
A Escola de Governo do Distrito Federal (Egov), unidade da Secretaria de Economia (Seec) responsável pela qualificação e atualização dos recursos humanos do GDF, informa que foi renovado e substituído o sistema de inscrições em cursos, palestras e demais atividades de capacitação oferecidos. Com a atualização da plataforma, é necessário que todos os usuários (servidores, empregados públicos e ouvintes) façam um novo cadastro de dados para garantir o correto acesso ao sistema. O recadastramento também permitirá maior facilidade na emissão e no acesso aos certificados das atividades concluídas, além de garantir maior segurança dos dados pessoais armazenados. O procedimento deve ser realizado por meio deste link. Para orientar os usuários, a Egov elaborou um tutorial em vídeo com o passo a passo do processo. Clique aqui para acessar. Além disso, foi produzido um cartaz informativo, que sugere-se ser impresso e afixado nos murais de aviso de cada órgão ou entidade do GDF, com o objetivo de ampliar a divulgação da iniciativa. Confira aqui. A Egov reforça a importância da capacitação contínua como instrumento para o desenvolvimento das competências e habilidades dos servidores públicos, contribuindo para o fortalecimento da administração pública e para a melhoria dos serviços prestados à população do Distrito Federal. Para mais informações ou esclarecimentos, a Escola de Governo colocou à disposição dos órgãos e servidores o número de WhastApp 61 3344 0063 ou o e-mail egov.executiva@economia.df.gov.br. *Com informações da Escola de Governo
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GDF investe R$ 42 milhões em infraestrutura nas áreas de desenvolvimento econômico (ADEs) em 2025
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), deve investir cerca de R$ 42 milhões, até o fim do ano, em obras para fortalecer as áreas de desenvolvimento econômico (ADEs) em várias regiões administrativas. Desde 2019, os aportes já ultrapassam R$ 180 milhões, com o objetivo de ampliar a infraestrutura e atrair novos negócios. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes, há um esforço contínuo de melhorar as áreas que concentram o maior número de empresas, sempre com o objetivo de ampliar o mercado de trabalho e atrair mais indústrias para a região. “Quando se fala em empregabilidade, as informações são obtidas tanto a partir de dados estatísticos quanto do contato direto com os empresários, especialmente nas áreas de desenvolvimento econômico (ADEs)”, explica. O GDF deve investir cerca de R$ 42 milhões, até o fim do ano, em obras para fortalecer as áreas de desenvolvimento econômico (ADEs) em várias regiões administrativas | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília No processo de encaminhar profissionais captados pelas agências do trabalhador para as empresas, o governo mapeia necessidades específicas. Como exemplo, o secretário destaca que, no ano passado, mais de R$ 30 milhões foram destinados apenas para obras de calçadas e estacionamentos nas ADEs. “Não adianta levar a pessoa para trabalhar se ela não encontra condições adequadas. É preciso fortalecer os empresários e, principalmente, essas regiões criadas justamente para atrair mais comércio, investimento e geração de empregos” Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda “Não adianta levar a pessoa para trabalhar se ela não encontra condições adequadas. É preciso fortalecer os empresários e, principalmente, essas regiões criadas justamente para atrair mais comércio, investimento e geração de empregos”, afirma. Os serviços incluem construção e reforma de calçadas e estacionamentos, além de instalação e reparos na iluminação. Na ADE de Águas Claras, por exemplo, tudo isso vai contribuir para o negócio do empresário Alan Souza, dono de dois restaurantes localizados bem em frente a um dos novos estacionamentos em construção. “Antigamente era terra, mas a gente já usava como estacionamento. Então, muitas vezes, nós tínhamos de mandar arrumar com recurso próprio, justamente porque, quando chovia, enchia de buraco. Estávamos sempre colocando brita para não acontecer de um cliente estacionar e quebrar”, lembra ele. “Agora estão sendo feitos esses investimentos, melhorou bastante. Melhorou a calçada, vem aí o estacionamento com calçamento também todo bem feito, então vai ajudar bastante no desenvolvimento da ADE”, acrescenta. O empresário, que atende cerca de 12 mil clientes por mês e emprega, atualmente, 95 funcionários, projeta um crescimento no fluxo de pessoas com os investimentos no local. E ressalta que, ao fim, isso pode se reverter em geração de empregos. “A tendência para o fim do ano é aumentar as contratações em 20%, 30%. E a intenção, se esse movimento continuar, é não dispensar depois desse período. É manter a equipe para poder atender a esse fluxo”, arremata. Alan Souza comanda dois restaurantes, emprega 95 funcionários e deve contratar mais agora, no fim do ano Desenvolvimento [LEIA_TAMBEM]Uma Área de Desenvolvimento Econômico tem como principal objetivo fomentar a geração de emprego e renda, reunindo dezenas de empresas em um mesmo espaço. Para isso, elas oferecem ambientes mais organizados, seguros e acessíveis a empresários, trabalhadores e toda a população do DF. Atualmente, estão sendo executadas obras nas ADEs de Águas Claras (conjuntos 1 a 31); Samambaia (quadras 1 a 21); Núcleo Bandeirante (conjuntos 1 e 2); Polo JK (trechos 1 a 8); Gama (conjuntos A a Y); Placa das Mercedes (conjuntos 1 a 7); Setor de Materiais de Construção de Ceilândia (quadras 1 a 7); Setor de Indústrias de Ceilândia (quadras 1 a 22); Centro Norte de Ceilândia (Elmo Serejo); Setor de Oficinas do Guará (conjuntos 1 a 9); Bonsucesso São Sebastião (conjuntos 1 a 12) e Recanto das Emas (conjuntos 1 a 9).
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Uso irregular de vagas especiais é alvo de fiscalização em Águas Claras
O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) realizou, nesta quinta-feira (9), uma ação de fiscalização em Águas Claras, com foco nas vagas regulamentadas e, especialmente, nas vagas destinadas a idosos, pessoas com dificuldade de locomoção e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Durante a operação, os agentes de trânsito fiscalizaram 54 vagas especiais e emitiram 45 autuações, sendo 20 relacionadas ao uso irregular dessas vagas e 25 referentes a outros tipos de estacionamento irregular. [LEIA_TAMBEM]O objetivo da ação é garantir o respeito aos espaços reservados a quem realmente precisa e promover a conscientização sobre a importância da empatia e da acessibilidade no trânsito. Estacionar em vagas especiais sem a credencial de autorização específica é uma infração gravíssima, prevista no artigo 181, inciso XX, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com multa de R$ 293,47 e remoção do veículo. “A fiscalização das vagas especiais é fundamental para garantir que esses espaços sejam respeitados por todos. Nosso compromisso é promover um trânsito mais justo, acessível e empático, garantindo que quem realmente precisa possa contar com esses direitos”, afirma o diretor-geral do Detran-DF, Marcu Bellini. *Com informações do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF)
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De cara nova, Parque da Cidade celebra 47 anos como espaço de lazer, convivência e memória
“Vivi muito o Parque da Cidade e ainda vivo”. A frase resume o sentimento de boa parte dos frequentadores de um dos maiores e mais queridos cartões-postais de Brasília, que completa 47 anos neste sábado (11). Espaço de lazer, esporte, convivência e memórias, o Parque da Cidade Sarah Kubitschek atravessa gerações e continua sendo ponto de encontro de famílias, atletas e trabalhadores. Ao longo dessas quase cinco décadas, passou por diversas transformações e, no atual Governo do Distrito Federal (GDF), os frequentadores e profissionais que atuam no local desfrutam de mais estrutura e zeladoria com o espaço, que é símbolo da capital. O Parque da Cidade completa 47 anos neste sábado (11); para comemorar, várias reformas estão sendo feitas no espaço que é considerado um dos cartões-portais de Brasília | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Entre as intervenções já feitas estão o novo cercamento, a recuperação dos brinquedos e da iluminação 100% em LED, remoção de equipamentos danificados, construção de rampas de acessibilidade, reforma do Castelinho, recuperação da Ponte dos Cadeados e reforço da segurança. Também foram reformados os banheiros e está prevista a construção de um playground inclusivo. "São 47 anos de história, convivência e movimento, onde gerações inteiras aprenderam o valor do esporte, da saúde e da vida ao ar livre" Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer O local também passou por reformas recentes para ampliar a acessibilidade, aumentar o número de pistas e ciclovias, e recuperar as quadras de esportes. O GDF também anunciou a volta da Piscina com Ondas, totalmente reformulada, com rio lento, piscinas infantis e áreas de convivência — um investimento de R$ 18,2 milhões. Mais de duas mil árvores já foram plantadas em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), com substituição de antigos pinheiros retirados por questões de segurança. A Praça Eduardo e Mônica, no Estacionamento 10, ganhou cara nova, e a academia pública do parque, reaberta em junho do ano passado, tornou-se ponto de encontro gratuito para brasilienses de todas as idades. Segundo o secretário de Esporte e Lazer (SEL-DF), Renato Junqueira, o Parque da Cidade é o coração do esporte e do lazer no Distrito Federal. “São 47 anos de história, convivência e movimento, onde gerações inteiras aprenderam o valor do esporte, da saúde e da vida ao ar livre”, afirma. Para ele, cuidar desse espaço é uma das maiores responsabilidades da pasta, pois o local é mais do que um ponto de encontro, é parte da identidade de Brasília e do bem-estar de quem vive aqui. Avanços na infraestrutura Nos últimos meses, o GDF entregou um pacote de reformas em comemoração aos 47 anos do local. Em vez de promover shows ou grandes eventos festivos, a administração optou por investir os recursos em equipamentos permanentes nos espaços públicos, para priorizar o conforto e a segurança dos frequentadores. “Preferimos cuidar das manutenções do local, fazer algumas intervenções. O parque já recebe eventos o ano inteiro, então resolvemos comemorar de um jeito diferente: homenageando quem trabalha para mantê-lo vivo”, afirma. Entre as principais mudanças recentes, o administrador cita a reforma dos banheiros e a troca da iluminação por lâmpadas de LED. “Essas eram as duas maiores demandas que recebíamos. A iluminação melhorou muito a sensação de segurança, e o número de ocorrências caiu 40% nos últimos anos”, comemora. Ele lembra ainda que o parque enfrenta desafios semelhantes aos de outros espaços públicos nas regiões administrativas, como o furto de cabos e a manutenção de uma área extensa. O parque ganhou novas pistas e ciclovias, teve as quadras esportivas reformadas e agora oferece mais acessibilidade Progresso contínuo Nos próximos meses, a administração deve concentrar esforços na regularização e padronização dos quiosques. “Queremos um material mais ecológico e harmonizado com o visual do parque, sem descaracterizá-lo. Também planejamos melhorias na orla do lago, deixando o espaço mais bonito e com menos áreas de terra exposta”, detalha. Segundo ele, todo o trabalho é feito com o cuidado de preservar o projeto original de Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Athos Bulcão e Burle Marx. “Nomes que dão orgulho aos brasilienses e mantêm viva a memória do Parque da Cidade”, conclui o administrador do local, Todi Moreno. Memória afetiva “O Parque da Cidade fez parte da minha história desde que cheguei em Brasília. Moro na capital desde os meus 10, 11 anos, e lembro do pedalinho que tinha no laguinho. Era uma delícia, uma atividade típica de fim de semana”, contou a radialista Camila Abreu, de 37 anos. Hoje, o espaço segue fazendo parte da rotina dela. “O parque significa tudo pra mim, porque o esporte faz parte da minha vida diariamente, pela saúde, pela terapia, pelo psicológico. Sou corredora de rua, treino aqui e ainda trabalho com locução esportiva nos eventos daqui. Então, pra mim, ele tem um valor enorme. E pra Brasília, é essencial”, destaca. A radialista Camila Abreu frequenta o Parque da Cidade desde criança: "O Parque da Cidade fez parte da minha história desde que cheguei em Brasília" Além das memórias da infância, o parque marcou a adolescência e a vida adulta da treinadora de corrida, Márcia Rosa, 41 anos. “O parque me lembra a infância, a adolescência e, agora, o trabalho. Estou aqui há 13 anos dando treinos de corrida. Então o Parque da Cidade me traz lembranças de infância e de profissão”, conta. Trabalhar em um espaço como o Parque da Cidade, para ela, é um privilégio. “É perfeito, temos contato direto com a natureza e não estamos em um ambiente fechado. Eu sempre digo que aqui as pessoas são mais felizes. É um ambiente onde todos estão de bom humor ou, pelo menos, tentando buscar isso. Não é um ambiente insalubre: tem sol, tem verde, tem vida. Tudo isso faz com que o dia fique melhor”, afirma. No aniversário de 47 anos do parque, a treinadora destaca as melhorias que tem percebido. “O que notei nitidamente foi a iluminação. Está funcionando muito bem, e isso faz diferença pra quem treina cedo. As duchas de água fria também foram renovadas, o que é ótimo para quem toma banho depois do treino. A pista ficou excelente com a divisão entre pedestres e ciclistas, dá mais segurança e tranquilidade para treinar. O cercamento aumentou a sensação de segurança, mas o que mais me chamou atenção foi mesmo a iluminação. Ficou muito boa e foi uma melhoria importante”, avalia. A treinadora de corrida Márcia Rosa comemora o fato de trabalhar no Parque da Cidade: "É perfeito, temos contato direto com a natureza e não estamos em um ambiente fechado. Eu sempre digo que aqui as pessoas são mais felizes" Há quem tenha no Parque da Cidade o próprio ganha-pão. É o caso do quiroprático Leonardo Nunes, que trabalha no local desde 2002. “Tenho uma casinha de madeira onde realizo atendimentos de quiropraxia e massoterapia”, conta. O espaço se tornou não apenas o local de trabalho, mas também o sustento da família. “A gente oferece um serviço que complementa a rotina dos frequentadores. Muitos corredores e praticantes de esportes procuram o atendimento para relaxar, renovar o corpo e evitar lesões”, explica. História [LEIA_TAMBEM]O Parque da Cidade Sarah Kubitschek foi inaugurado em 11 de outubro de 1978 com o nome de Rogério Pithon Farias, em homenagem ao filho do então governador, que havia morrido em um acidente de carro. A mudança de nome para Sarah Kubitschek ocorreu em 1997, ano que também marcou o fechamento da Piscina com Ondas. O projeto urbanístico é de autoria de Lúcio Costa, com edificações assinadas pelos arquitetos Oscar Niemeyer e Glauco Campelo, azulejos de Athos Bulcão e paisagismo de Burle Marx. Considerado o maior parque urbano da América Latina, o espaço conta com 420 hectares de área verde. Antes da criação oficial, a área já abrigava dois parques: o Ana Lídia, conhecido pelo icônico Foguetinho, e o Nicolândia, primeiro parque de diversões de Brasília. Desde então, o Parque da Cidade se firmou como um dos principais pontos de encontro dos brasilienses, reunindo quadras poliesportivas, lagos artificiais, pistas de corrida, pedalinhos, centro hípico, kartódromo, aluguel de bicicletas e diversas outras opções de lazer que fazem parte do cotidiano candango.
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Universitárias ganham até R$ 5 mil em prêmio que incentiva o controle social
Na tarde desta quarta-feira (8), a Controladoria-Geral do DF (CGDF) premiou as ganhadoras da 4ª edição do Prêmio Essencial, que tem como objetivo estimular os universitários a refletir sobre o controle social, contribuindo para a construção de um Distrito Federal mais justo, transparente, participativo e inclusivo. O tema deste ano foi Portal da Transparência: O dinheiro é de todos a fiscalização também. "Nosso principal objetivo é estimular a população a fazer a fiscalização dos gastos públicos e fazê-la entender o papel da Controladoria" Daniel Lima, controlador-geral do DF O controlador-geral do Distrito Federal, Daniel Lima, destacou que essa é uma forma de crescer como órgão e sociedade: “O Prêmio Essencial se tornou memorável para o DF, nosso principal objetivo é estimular a população a fazer a fiscalização dos gastos públicos e fazê-la entender o papel da Controladoria”. As ganhadoras deste ano foram premiadas com R$ 5 mil, R$ 4 mil e R$ 3 mil. O primeiro lugar ficou com a equipe formada por Ângela Pereira dos Santos, Bianca Oliveira da Silva e Kaillane Eduarda de Souza Silva. “A gente se complementa bem, tanto na questão de criatividade quanto no trabalho pessoal”, disse Kaillane, uma das vencedoras. O segundo lugar ficou com a única participante individual, Ana Carla Cardoso Crisóstomo. “Para produzir o vídeo eu aproveitei a folga do trabalho, fiquei a tarde inteira planejando. Pedi ajuda para minha família na hora de gravar e foi um prazer enorme participar do Prêmio Essencial”. Ela finalizou destacando a importância do trabalho, afirmando que a geração atual está muito presente nas redes sociais, e que vídeos como os produzidos facilitam o acesso ao tema de forma mais acessível e atrativa. Universitárias gravaram vídeos sobre a transparência no controle social do GDF | Foto: Divulgação/CGDF O terceiro lugar ficou com as irmãs gêmeas Thainá e Thaiane Garrido Barbosa. “O processo de produção [do vídeo] foi inusitado porque eu não conhecia absolutamente nada do Portal da Transparência do DF e acreditamos que outras pessoas também não. Por isso, decidimos apresentar de forma simples e clara, para que todo mundo que assista ao vídeo possa entender o portal”, disse Thainá. A cerimônia de premiação fez parte da programação da 3ª Semana de Controle Social, promovida pela Controladoria-Geral do Distrito Federal desde 2023. O evento tem como objetivo apresentar os conceitos e ferramentas de controle social, além de dar visibilidade às ações da CGDF, e sobretudo, incentivar a participação da sociedade no tema. A programação da semana terá foco especial no ambiente universitário. *Com informações da CGDF
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Papo Reto na Escola: projeto cultural apoiado pela FAPDF transforma ensino em protagonismo
No Distrito Federal, um projeto literário vem transformando o modo como jovens enxergam a escola, a escrita e a si mesmos. Criado pelo professor Jucelino de Sales, doutor em Literatura pela Universidade de Brasília (UnB) e docente da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e da Universidade Estadual de Goiás (UEG), o projeto “Papo Reto na Escola: Arte, Cultura e Literatura” nasceu de uma inquietação: como aproximar o ensino médio da pesquisa científica e da arte, fazendo da escola um espaço de criação e pertencimento? Inspirado pela pedagogia crítica e pelas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), Jucelino transformou a gíria “papo reto” — símbolo da comunicação direta e autêntica entre jovens das periferias — em metáfora para uma educação dialógica, ética e criativa. A iniciativa tem como objetivo estimular o protagonismo estudantil, fortalecer a imaginação criativa e aproximar os estudantes do universo acadêmico, promovendo uma transição mais fluida entre o ensino médio e o superior. “Quando o estudante escreve, declama e publica, ele se reconhece como autor. Isso transforma a relação com a escola e com o conhecimento”, afirma o professor. Estudantes do Centro de Ensino Médio II de Planaltina celebram o 1º Prêmio Artístico-Literário Papo Reto/CEM II, que incentiva a escrita criativa e o protagonismo juvenil | Fotos: Arquivo Pessoal/Jucelino de Sales Natural de São João d’Aliança (GO), Jucelino conhece de perto os desafios da educação pública e acredita que a arte pode ser instrumento de emancipação intelectual e social. No Centro de Ensino Médio CEM II de Planaltina, ele encontrou o terreno fértil para semear essa ideia, em parceria com a orientadora educacional Keila Nazaré da Cunha e uma equipe interdisciplinar de professores e colaboradores. “Quando o estudante escreve, declama e publica, ele se reconhece como autor. Isso transforma a relação com a escola e com o conhecimento” Jucelino de Sales, professor e criador do projeto Escola como espaço de criação e pesquisa Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do Edital de Demanda Espontânea (2022), o projeto ampliou sua estrutura e se consolidou como uma proposta de iniciação científica e inovação pedagógica, ancorada nos eixos da BNCC — investigação científica e processos criativos. A metodologia valoriza o trabalho coletivo e interdisciplinar, envolvendo docentes de diferentes áreas (Literatura, Artes, Sociologia, Filosofia e Música) em um mesmo esforço: despertar no aluno o prazer de criar e pensar criticamente. As ações incluem oficinas de escrita criativa, rodas de conversa, produção artística e audiovisual, orientação de bolsistas de iniciação científica e organização de editais literários internos, que culminam em eventos públicos e publicações coletivas. A dinâmica incentiva o diálogo entre texto, imagem e performance, abrindo espaço para poesias faladas (slam), raps autorais e obras visuais, em sintonia com o cotidiano dos estudantes. Em 2021, mesmo com os desafios do ensino remoto, o grupo realizou o 1º Edital Artístico-Literário Papo Reto — Artistas Juvenis, com o tema “Eu crio uma arte de consciência negra pra geral”. O resultado foi uma coletânea com textos e obras sobre identidade, ancestralidade e combate ao racismo, apresentada em evento virtual transmitido no canal da escola no YouTube. Estudantes do Centro de Ensino Médio II de Planaltina participam de batalha de slam durante as atividades do projeto Com o retorno das atividades presenciais, novas edições ampliaram o alcance do projeto. O 2º edital, de 2022, abordou a temática "Cultive a paz e colha o amor", estimulando a reflexão sobre a cultura de paz e o enfrentamento à violência escolar. O projeto também integrou a rede Periferia Brasileira de Letras, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que reúne coletivos literários de todo o país em torno da valorização da palavra como instrumento de saúde, arte e cidadania. Além das produções estéticas, o Papo Reto promove o exercício da pesquisa, com registros sistemáticos em diários de bordo, análise de resultados e apresentação de artigos em eventos científicos como o encontro literário realizado em São Paulo, em 2023, quando Jucelino e a professora Jhenifer Rodrigues apresentaram parte dos resultados obtidos com o projeto. Protagonismo, cultura de paz e impacto social Mais do que um projeto artístico, o Papo Reto se tornou uma experiência de formação cidadã e emancipação intelectual. Ao unir criação literária, pesquisa científica e ação comunitária, a iniciativa constrói pontes entre os mundos da escola e da universidade, da arte e da ciência, da juventude e da reflexão crítica. Entre os resultados alcançados estão a publicação anual de coletâneas autorais, a formação de bolsistas de iniciação científica e apoio técnico, a participação em eventos acadêmicos se o fortalecimento do vínculo entre escola e comunidade — que passa a reconhecer nos estudantes autores, artistas e pesquisadores em potencial. O impacto também se traduz na valorização da diversidade, na promoção do diálogo e no combate a preconceitos e violências. Por meio de temáticas como identidade negra, cultura de paz e educação para a vida, o projeto responde a uma das competências gerais da BNCC: formar cidadãos empáticos, críticos e colaborativos. Reconhecimento e celebração: estudantes recebem certificados no evento de culminância do projeto “O que queremos é que cada jovem compreenda que a criatividade e a ciência caminham juntas. Que ele possa olhar para o seu território, para sua história, e perceber que há potência e conhecimento em cada vivência”, resume Jucelino. Para o diretor-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Leonardo Reisman, projetos como o Papo Reto na Escola exemplificam o papel transformador da pesquisa e da cultura quando aplicadas à realidade das comunidades escolares. “A FAPDF tem apoiado iniciativas que unem ciência, arte e cidadania, e o Papo Reto é um exemplo inspirador de como a pesquisa pode nascer dentro da escola pública e se transformar em ferramenta de emancipação social. Quando investimos na formação de jovens criadores e pensadores críticos, estamos investindo no futuro do Distrito Federal”, destacou Reisman. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF
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Parque da Cidade ganha novas cercas e mais segurança às vésperas dos 47 anos
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