Ação de acolhimento à população em situação de rua ocorre no Plano Piloto neste fim de semana
O Governo do Distrito Federal (GDF) fará a oferta de acolhimento e assistência social a pessoas que estão instaladas em 12 endereços distintos no Plano Piloto. A ação está prevista para ter início às 9h deste sábado (15), é coordenada pela Casa Civil e envolve as secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), de Saúde (SES-DF), de Educação (SEE-DF), de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), de Segurança Pública (SSP-DF), de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) e de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Novacap, a Codhab, o Detran-DF, a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e o Conselho Tutelar. A DF Legal fará o desmonte das estruturas das pessoas em situação de rua e o transporte dos pertences ao local regular indicado pelo ocupante. Em último caso, o governo levará os objetos pessoais ao depósito da pasta, no SIA Trecho 4, Lotes 1380/1420, para retirada em até 60 dias, sem qualquer custo para o responsável. As pessoas em situação de rua também serão encaminhadas para atendimento da Sedes. No decorrer de toda a semana, as secretarias realizaram abordagens sociais e atendimentos prévios nos locais, mapeando o público que será atendido e suas demandas. Veja abaixo os pontos de ação neste sábado (15) e domingo (16): 1. SMAS Trecho 4, Rodoviária Interestadual, Conjunto 5/6; 2. Canteiro central da Epia, em frente ao CasaPark; 3. Ao lado da Epia, próximo ao estacionamento da concessionária Saga; 4. Entre o Eixo L e o Eixão, próximo à SQS 203 Bloco H; 5. Setor de Rádio e TV Sul; 6. Muro lateral do Hospital Sarah Kubitschek; 7. Entre o Eixo W e o Eixão, próximo ao Hran; 8. Próximo ao Hemocentro; 9. L2 Norte, na altura da 602, abaixo do Serpro; 10. 404 Norte, sob a marquise da Associação da PCDF; 11. SQN 416, em frente ao Bloco M e à via L2; 12. SQN 314. *Com informações da DF Legal
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GDF atualiza regras e garante mais segurança para quiosqueiros e donos de trailers do DF
Há 36 anos no mesmo ponto comercial na Samambaia, a permissionária Hilda Pereira de Sousa, de 66 anos, sempre viveu com a incerteza de não saber se poderia manter o próprio sustento. Agora, com a sanção da Lei Complementar nº 68 de 2025, assinada pelo governador Ibaneis Rocha nesta sexta-feira (14), o Governo do Distrito Federal (GDF) cria regras claras e garantias esperadas há décadas por aproximadamente seis mil pessoas que trabalham em quiosques e trailers. Governador Ibaneis Rocha em solenidade no Palácio do Buriti | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Dona de um dos primeiros quiosques da região administrativa, o trabalho com vidros sempre foi o sustento da família de dona Hilda. Com emoção, ela exaltou a nova lei que estabelece critérios mais claros para a instalação, a padronização e a regularização dos pontos comerciais. “Essa mudança é muito importante, porque quando vi meu quiosque ser derrubado no passado eu não tinha uma fundação jurídica para me respaldar. Hoje me sinto segura. O quiosque representa a minha vida, lá eu criei meus filhos, é onde vou todos os dias para trabalhar e não entrar em depressão, sem nada para fazer. E agora não me tiram mais meu quiosque, eu tenho uma lei que assegura o meu lugar”, declarou. Durante a cerimônia no Palácio do Buriti, Ibaneis Rocha destacou que a atualização da norma, publicada originalmente há 15 anos, atende a uma demanda histórica dos trabalhadores. “Quando assumi, a minha determinação no governo era que a gente regularizasse tudo o que fosse possível. E assim estamos trabalhando. Espero que, com mais esse documento, vocês possam trabalhar com tranquilidade, sem que tenham que estar na porta dos órgãos públicos para solicitar alguma coisa. Agora vocês podem trabalhar tranquilos, crescer e avançar cada vez mais. Contem comigo nessa caminhada”, afirmou o governador. Presente na solenidade, a vice-governadora Celina Leão destacou os feitos conquistados por este GDF em prol da população: “O nosso governo cuida das pessoas que mais precisam. Já criamos o Vale Gás, o Cartão Prato Cheio, o Cartão Material Escolar e tantos outros. E essa é mais uma política pública que vem em benefício das pessoas. O ponto principal da nova norma é o direito à sucessão. Muitos filhos, pais e avós ficavam nesses pontos na informalidade, mas são famílias quiosqueiras, que se criaram com essa tradição e agora vão poder dar continuidade a essa atividade à luz da legislação”. "Espero que, com mais esse documento, vocês possam trabalhar com tranquilidade, sem que tenham que estar na porta dos órgãos públicos para solicitar alguma coisa. Agora vocês podem trabalhar tranquilos, crescer e avançar cada vez mais. Contem comigo nessa caminhada” Governador Ibaneis Rocha Elaborado sob a coordenação da Secretaria de Governo, o novo documento contou com reuniões e debates com a sociedade civil para que o texto final atendesse às demandas dos trabalhadores. “Esse projeto foi pensado e debatido durante um ano e meio. Ele tem pilares importantíssimos. Primeiro, é o marco temporal de 2013 para 2019, que permite que 60% dos quiosques e trailers possam ser regularizados. Segundo é a segurança jurídica por 15 anos prorrogáveis por mais 15. O terceiro é poder transferir o ponto para outra pessoa caso tenha algum impedimento. E o quarto é a possibilidade de repassar aos filhos e netos darem continuidade aos serviços”, acrescentou o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo. O texto sancionado determina que os planos de ocupação deverão ser elaborados pelas administrações regionais e seguir o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) e o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (Ppcub). Caberá a esses documentos definir, para cada quiosque ou trailer, o tipo de atividade permitida, a metragem máxima, altura, área adjacente e o padrão arquitetônico. Segundo as novas regras, mais de um modelo de projeto poderá ser adotado, respeitando características das regiões administrativas e o tipo de serviço oferecido. A legislação mantém o limite máximo de 15 m² para quiosques instalados em áreas do Ppcub. Nas demais regiões, as dimensões seguirão o estabelecido no plano de ocupação. A lei também proíbe a concessão de mais de uma permissão ou autorização para o mesmo CPF ou CNPJ, reforçando o caráter público e rotativo do uso das áreas. Para novas instalações, será obrigatória a realização de licitação, com contratos válidos por até 15 anos, prorrogáveis por igual período. O texto ainda garante o direito de preferência aos licitantes que comprovarem a ocupação da área até 1º de janeiro de 2019. A lei complementar será publicada na próxima edição do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). “Assim que a lei for regulamentada, as atribuições serão bem definidas. Esse já é o pontapé inicial para começarmos. São 35 cidades no Distrito Federal, é um trabalho que será feito com toda a dedicação dentro do princípio de ouvir as pessoas, suas demandas e fazer o melhor para a nossa cidade”, finalizou José Humberto Pires de Araújo. Segurança e estabilidade A sanção foi recebida com entusiasmo por trabalhadores do setor. A presidente do Sindicato dos Trailers, Quiosques e Similares do Distrito Federal, Maria de Fátima Azeredo de Oliveira, destacou a grandiosidade da conquista: “Conseguimos avançar muito, é uma grande vitória. Há 35 anos eu sou quiosqueira, é muita emoção saber que a nossa categoria será amparada com mais segurança jurídica para trabalharmos mais tranquilos. É o ganha-pão das nossas famílias, então hoje é um momento de comemoração. Com essa regularização, tudo mudou”. "Tudo que eu consegui foi através do meu quiosque, com muita luta. Mas graças a Deus e a esse governo temos uma lei que fica para as próximas gerações e nos dá uma segurança bem maior”, diz o comerciante José Bezerra de Carvalho, de 71 anos O comerciante José Bezerra de Carvalho, 71, gerencia um quiosque de lanches no Park Sul e falou dos benefícios que a nova legislação traz não apenas para os donos — mas para todas as famílias que dependem do negócio para viver. “Antes a gente era muito inseguro, porque não tinha uma lei que nos amparasse. Trabalhamos e geramos muitos empregos, no meu quiosque tem dez empregados, são dez famílias. Tudo que eu consegui foi através do meu quiosque, com muita luta. Mas graças a Deus e a esse governo temos uma lei que fica para as próximas gerações e nos dá uma segurança bem maior”, observou.
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Corrida altera o trânsito na Esplanada neste sábado (15)
Neste sábado (15), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) fará interdições na Esplanada dos Ministérios devido à corrida Dia a Dia Run, que terá percursos de 6 km e 12 km. Imagens: Divulgação/Detran-DF A partir das 16h, a via S1 será bloqueada na altura do Museu da República, e o fluxo de veículos será desviado para a via L2 Sul. O tráfego que segue pela via L2 Sul, sentido Esplanada, será direcionado para o Buraco do Tatuí. Na Esplanada, a faixa mais à direita será destinada à saída de veículos dos Ministérios. O fluxo seguirá até a altura do Itamaraty, onde será desviado para a via S2. O acesso ao estacionamento da Catedral será permitido apenas pelo túnel da Cúria, na via S2. Na via N1, o bloqueio ocorrerá desde o quartel do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) até as proximidades do Teatro Nacional Claudio Santoro. Os acessos à N1, pela via Palácio Presidencial e pela L4 Norte, ficarão fechados. Na N1, a faixa mais à direita, a partir do quartel do CBMDF, será destinada à saída de veículos de emergência e dos que saem dos estacionamentos dos ministérios. As demais faixas serão utilizadas pelos participantes do evento. A previsão é que as interdições nas vias ocorram até as 19h30. Enem No domingo (16), em razão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as equipes de fiscalização do Detran-DF atuarão em regime especial, com patrulhamento reforçado e um operador exclusivo no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) para atender eventuais ocorrências de trânsito relacionadas aos locais de prova. O diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran-DF, Bruno Baruque, orienta os motoristas a evitarem estacionar em locais proibidos: “Reforçamos a importância de que os candidatos estacionem apenas em locais permitidos, e recomendamos que, sempre que possível, optem pelo transporte coletivo, por aplicativo ou táxi”. *Com informações do Detran-DF
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Hospital da Criança de Brasília organiza formatura simbólica para adolescentes que encerraram acompanhamento pediátrico para diabetes
Adolescentes com diabetes que encerraram o tratamento no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) participaram de um momento especial: uma cerimônia simbólica de formatura reuniu pacientes e acompanhantes para trocar experiências e destacar a transição para o atendimento como adultos. Realizado na segunda-feira (10), o evento também foi alusivo ao Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro e instituído pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O HCB é responsável, na rede pública de saúde do Distrito Federal, pelo tratamento de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1, caracterizada pela falta de insulina. “O corpo começa a produzir anticorpos que atacam as células produtoras de insulina. A criança nasce com a predisposição e, em algum momento da vida, abre o diagnóstico — pode ser bebê, com 2 ou 3 anos, na adolescência ou até na fase adulta, mas é mais comum na infância”, explica a endocrinologista pediatra do HCB Paola Brugnera. Uma cerimônia marcou o encerramento do tratamento de um grupo de adolescentes com diabetes no HCB; agora, os jovens passam a ser acompanhados como adultos, em unidades perto de casa | Fotos: Maria Clara Oliveira/HCB O programa de diabetes do Hospital teve início em 2011 e vai além das consultas ambulatoriais: as crianças e seus acompanhantes participam de grupos educativos, palestras e aulas de contagem de carboidratos. Multidisciplinar, a equipe atua tanto para trazer mais qualidade de vida aos pacientes quanto para ensiná-los a se responsabilizar pelo próprio cuidado. “É uma condição crônica, e eles precisam tomar decisões em relação a essa condição todos os dias. Mais que só prescrever a insulina ou ensinar sobre monitorização, o que queremos aqui é fazer uma educação continuada em diabetes e atender o paciente em sua individualidade”, afirma Brugnera. [LEIA_TAMBEM]Atualmente, cerca de 370 pacientes estão em tratamento. Devido ao perfil pediátrico do HCB, eles começam o período de transição para outras unidades de saúde do DF por volta dos 17 anos, conforme avaliação conjunta da equipe multiprofissional (endocrinologista, enfermeiro, psicólogo e nutricionista). A transferência é feita via Secretaria de Saúde (SES-DF), e cada paciente é encaminhado para uma unidade conforme o local onde mora. Marcella Santos, 19 anos, é uma das adolescentes que encerraram o atendimento no Hospital da Criança de Brasília. “Fui tratada aqui desde o início; já fiz a transição e estou indo para minha quarta consulta na clínica adulta, na Policlínica na Ceilândia”, conta a jovem. Relembrando os anos que passou no HCB, Marcella destaca o apoio que recebeu da equipe e ressalta que sempre foi estimulada a entender e participar das decisões: “Há uns anos, por causa do diabetes, tive uma intercorrência no rim. Eu e a doutora Paola entramos em consenso para eu ficar internada por uma semana”. Ela conta que essa participação e as orientações dos profissionais do HCB a ajudaram a criar um relacionamento com a doença: “Sempre aprendi que o diabetes e eu somos uma coisa só; somos eu e a ‘Betinha’ e a gente vai viver junto para sempre. Eu tinha duas opções: ter um péssimo relacionamento com ela e não poder viver, ou aprender a viver com ela”. Marcella Santos está encerrando seu atendimento no Hospital da Criança de Brasília: "Fui tratada aqui desde o início; já fiz a transição e estou indo para minha quarta consulta na clínica adulta, na Policlínica na Ceilândia" Atenção aos sintomas O diabetes mellitus tipo 1 geralmente se manifesta ainda na infância. Os pais precisam ficar atentos caso a criança sinta muita sede, urine muito — especialmente durante a madrugada —, apresente infecções de repetição ou perca peso, mesmo se alimentando normalmente. Nesses casos, é preciso buscar ajuda médica para chegar ao diagnóstico e iniciar o tratamento. “Ela começa com esses sinais sutis; se não for diagnosticada nessa fase, a criança pode evoluir com vômito, dor abdominal e desidratação”, alerta Brugnera. A médica explica que a insulina (hormônio produzido no pâncreas) está ligada à energia da pessoa: “Se a criança se alimenta e não tem insulina, a glicose dos alimentos só fica no sangue e não entra na célula para produção de energia. Então, a falta de insulina é incompatível com a vida”. Durante a cerimônia as mães trocaram experiências sobre o cuidado com os filhos e adolescentes que ainda seguem o tratamento no Hospital puderam falar sobre expectativas e receios de saírem da pediatria para o atendimento adulto Vida normal, seguindo o tratamento Durante a formatura, os adolescentes e acompanhantes participaram de atividades que mostraram que seguir o tratamento e as orientações da equipe é compatível com uma vida plena. Victor Ferreira, 17, ainda é atendido pelo HCB, mas já se prepara para a transição. “Acho que uma das coisas que a gente aprende aqui no hospital é que não temos que ter vergonha; aqui, ensinam tudo que a gente precisa saber tanto pelo lado emocional quanto pelo lado técnico. Hoje, enxergo o diabetes não como uma pedra no meu caminho, mas como novas pontes para abrir espaços para a vida adulta”, afirma o jovem. No evento, ele aconselhou os outros pacientes: “Enxerguem o diabetes como algo que pode ajudar vocês a serem pessoas melhores”. Os participantes acompanharam o depoimento da enfermeira de educação continuada do HCB, Bruna Ferreira. Diagnosticada com diabetes ainda na infância, ela contou sua história e mostrou que é possível estudar, trabalhar e viajar, basta seguir os cuidados necessários, como o uso correto da insulina e hábitos alimentares saudáveis. Também foram organizados dois bate-papos. Em um, mães trocaram experiências sobre o cuidado com os filhos; no outro, os adolescentes que ainda seguem o tratamento no hospital puderam falar sobre expectativas e receios da saída da pediatria para o atendimento adulto. Eles encontraram acolhimento no relato de quem já passou pela mudança, como Marcella Santos. A jovem conta que o diabetes não a impede de experiências como festas e acampamentos e que, mantendo boa convivência com a “Betinha”, já se prepara para as próximas etapas da vida: “Termino o inglês e o espanhol esse ano; prestei vestibular para administração e quero ser servidora pública. Tenho muita maturidade e responsabilidade graças ao diabetes”. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)
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