Especialistas recomendam uso do medicamento tadalafila com acompanhamento médico
É Dia dos Namorados, e, na expectativa por momentos especiais, homens têm recorrido cada vez mais a medicamentos como a tadalafila. De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a venda do remédio saltou de 21,4 milhões para 64,7 milhões de unidades no Brasil, entre 2020 e 2024. Apesar de se tratar de medicamento seguro e com poucas contraindicações, seu uso precisa ser adotado com cuidado, sempre sob avaliação médica. “O órgão sexual mais importante do ser humano é o cérebro”, adverte o urologista do Hran Paulo Roberto de Assis, que recomenda avaliação prévia antes do uso desse tipo de medicamento | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “O órgão sexual mais importante do ser humano é o cérebro”, argumenta o chefe do Setor de Urologia e Andrologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Paulo Roberto de Assis. De acordo com o médico, o uso de fármacos desse tipo precisa ser pensado caso a caso, avaliando os aspectos da vida sexual do paciente. Como a própria bula já alerta, o medicamento não é indicado para homens que não estejam com disfunção erétil. “Um jovem que toma tadalafila sem precisar não vai, necessariamente, desenvolver disfunção erétil a longo prazo, porém, além de estar sujeito aos efeitos colaterais, pode desenvolver uma dependência psicológica da medicação, acreditando ser capaz de realizar o ato sexual apenas se tomá-la”, adverte Assis. Diversos fatores podem influenciar na queda do desempenho sexual ou até mesmo em disfunção erétil e ejaculação precoce. Como exemplos estão estresse, mau condicionamento físico, ansiedade, questões psicológicas, diabetes, hipertensão e uso de álcool, cigarro ou outras drogas. Saúde mental O uso da tadalafila deve ser precedido por uma avaliação médica completa, incluindo, em alguns casos, análise cardíaca. “Não podemos esquecer que o sexo é uma atividade física”, reforça o médico. “É preciso estar bem de saúde”. A maior barreira, segundo o especialista, seria a psicológica: “Muitos homens têm vergonha ou medo de procurar assistência, mas a minha principal recomendação é: caso isso esteja interferindo na sua vida particular, se for um problema, você deve procurar um médico”. Comparações com outros homens, busca de informações não qualificadas e consumo desenfreado de pornografia são capazes de afastar o público masculino da assistência médica. “Em alguns casos, o mais indicado seria um tratamento psicológico e não fisiológico”, pontua Paulo Roberto. Na rede pública, questões de saúde sexual e planejamento reprodutivo podem ser tratadas na rede de unidades básicas de saúde. Dependendo do caso, o próprio profissional da Equipe de Saúde da Família pode (eSF) faz a prescrição do medicamento contra a impotência. Caso necessário, é feito o encaminhamento aos profissionais de urologia lotados nas policlínicas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Mãe de paciente agradece tratamento à equipe do Hran
Unidade pública prestou tratamento de excelência, na avaliação da mãe paciente recuperado após quatro meses | Foto: Vinicius de Melo / Agência Brasília Como forma de agradecer o tratamento e assistência prestados ao filho, que ficou internado 120 dias com Covid-19, a aposentada Elza dos Santos, de 75 anos, escreveu uma carta e enviou para a direção do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Mãe de Edgar Leandro dos Santos, de 39 anos, Elza diz não ter como agradecer a cada um dos profissionais que cuidaram da saúde do filho. Encaminhou a correspondência como um gesto singelo de reconhecimento aos profissionais do hospital público, pois “não tem dinheiro que pague o cuidado que eles tiveram com meu filho”. O filho de dona Elza ficou internado desde setembro e só recebeu alta médica no início de janeiro. Foram meses de muita angústia e medo para o coração da mãe, que sempre recebia notícias de que o filho estava em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). [Olho texto=”Nesse período, ele teve várias paradas cardiorrespiratórias e emagreceu 50kg. Hoje, até os médicos falam que meu filho está vivo por milagre ” assinatura=”Elza dos Santos, aposentada, mãe de Leandro” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Dos 120 dias que ele ficou internado, 100 deles foram dentro da UTI. Quando ele não estava sedado, estava entubado. Nesse período, ele teve várias paradas cardiorrespiratórias e emagreceu 50kg. Hoje, até os médicos falam que meu filho está vivo por milagre”, relata. Foto da carta: Divulgação/SES-DF Tratamento de excelência Elza conta que recebia ligações diárias dos médicos informando o estado de saúde de Edgar. “Me ligavam todos os dias e, apesar das notícias nunca serem boas, toda a equipe me tratava com muita gentileza, transparência e explicavam tudo direitinho”. Idosa, a mãe também recebia suporte psicológico durante o período de internação do filho. Após 100 dias internado na UTI, Edgar ficou cerca de oito dias se recuperando na enfermaria. Nesse período, Elza recebia videochamadas e podia matar um pouco da saudade que sentia do filho. “Eu só tenho a agradecer a toda equipe do Hran, porque graças a Deus e a eles meu filho está vivo. Continuo fazendo minhas orações para todos que cuidaram do meu filho. Foi um tratamento de excelência, acredito que melhor do que em um hospital particular”, afirma. [Olho texto=”Sinto orgulho da equipe de enfermagem que se manteve aos cuidados do paciente, dia a dia. Também tenho orgulho de médicos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais” assinatura=” Pedro Zancanaro, superintendente da Região de Saúde Central” esquerda_direita_centro=”direita”] Acompanhamento Hoje, Edgar está se recuperando em casa das sequelas da Covid-19, pois como ficou muito tempo na UTI, teve seus pulmões e habilidades motoras comprometidos. Atualmente ele faz acompanhamento periódico no Hran, com o cirurgião torácico. Além disso, desde quando saiu da intubação começou as sessões de fisioterapia, que continuam de maneira contínua até hoje. O superintendente da Região de Saúde Central, Pedro Zancanaro, afirma que ações de gratidão como essas ajudam a reerguer os ânimos dos guerreiros que hoje estão cansados de tanta luta com o vírus. Especialmente quando, novamente, todos sentem que a batalha ainda não terminou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Sinto orgulho da equipe de enfermagem que se manteve aos cuidados do paciente, dia a dia. Também tenho orgulho de médicos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais que apoiaram com decisões diagnósticas acertadas e, por fim, se juntaram com à resiliência e esperança do paciente, possibilitando sua alta médica”, avalia Zancanaro. *Com informações da Secretaria de Saúde
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