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Baixa qualidade do ar na estação seca aumenta risco de problemas respiratórios e cardiovasculares 

O Distrito Federal enfrenta episódios críticos de poluição atmosférica neste período de seca. São mais de 100 dias sem chuva e com temperaturas ultrapassando 35ºC. Monitoramento realizado pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), em maio e junho, identificou níveis elevados de material particulado (MP10 e MP2,5) em regiões como Fercal Oeste, Fercal Boa Vista e Jardim Zoológico. Em alguns pontos, como Fercal Boa Vista, as concentrações ultrapassaram 100 µg/m³, valor muito acima dos limites recomendados pela OMS. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 24 e 30 de agosto, a concentração de partículas no ar ficou acima dos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) por mais de dois dias consecutivos. Poluição do ar tem impacto direto no número de internações hospitalares | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Segundo a gerente de Vigilância Ambiental da SES-DF, Andressa do Nascimento, o material particulado é hoje o poluente mais preocupante para a saúde pública. “As partículas mais finas, conhecidas como MP2,5, penetram profundamente nos pulmões e podem atingir a corrente sanguínea, aumentando os riscos de problemas respiratórios, cardiovasculares e até de mortes prematuras”, explica. A especialista ressalta que a poluição do ar tem impacto direto no número de internações hospitalares. Entre idosos com mais de 60 anos, observa-se crescimento nas ocorrências de doenças cardiovasculares durante a estiagem. “Já entre crianças menores de 5 anos, os casos de agravos respiratórios tendem a se intensificar a partir de agosto, coincidindo com o aumento da concentração de material particulado”, conta.  A orientação da SES é evitar atividades físicas ao ar livre em dias de alerta e seguir as recomendações médicas Formado por partículas de combustíveis fósseis, fuligem de veículos, cinzas de queimadas, emissões industriais e metais pesados, o MP2,5 é descrito como um “coquetel tóxico” invisível, cerca de 30 vezes mais fino que um fio de cabelo. Sua presença no ar se intensifica durante a estação seca, quando a falta de chuvas, as altas temperaturas e as queimadas urbanas e rurais favorecem a piora da qualidade do ar. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas estão entre os mais vulneráveis. A orientação da SES é evitar atividades físicas ao ar livre em dias de alerta e seguir as recomendações médicas. A hidratação constante também é fundamental: beber entre dois e três litros de água por dia ajuda a prevenir sintomas como dor de cabeça, fadiga e irritação nos olhos. Arte: Secretaria de Saúde Com a última chuva registrada em 24 de junho, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a preocupação aumenta. “A integração entre a Vigilância Ambiental e os serviços de saúde é essencial para reduzir os impactos da poluição. Campanhas educativas, alertas em tempo real e medidas estruturais de redução das emissões são fundamentais para proteger a população”, reforça a gerente. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Período de seca no DF exige maior cuidado com a saúde ocular

Durante os meses de estiagem no Distrito Federal, é comum o aumento das queixas relacionadas à saúde dos olhos. O clima seco, somado ao aumento da poeira e dos ventos mais intensos, compromete a lubrificação natural da superfície ocular. O resultado é ardência, coceira, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e até mesmo visão embaçada. Essa condição é conhecida como síndrome do olho seco e exige atenção, especialmente nesta época do ano. Oftalmologista da Secretaria de Saúde não recomenda o uso de soro fisiológico nos olhos; é preferível usar colírios lubrificantes, que são mais seguros e eficazes | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF De acordo com o oftalmologista Frederico Loss, da Secretaria de Saúde (SES-DF), a diminuição da umidade relativa do ar prejudica a formação e a estabilidade do filme lacrimal — uma camada fina de proteção que recobre os olhos. Sem essa proteção, a superfície ocular fica mais vulnerável a irritações, inflamações e infecções. "Um sintoma frequente e que costuma confundir muitas pessoas é o lacrimejamento excessivo. Apesar de parecer um sinal de hidratação, na verdade, é uma resposta do organismo à secura ocular: são lágrimas reflexas que não cumprem a função protetora do filme lacrimal", explica o médico.  Público mais suscetível Alguns grupos são mais vulneráveis aos efeitos do clima seco sobre os olhos. Idosos, por exemplo, já produzem menos lágrimas naturalmente. Usuários de lentes de contato estão entre os mais afetados, assim como pessoas que permanecem longos períodos em ambientes com ar-condicionado ou nas telas (como computadores e celulares), além de pacientes com doenças autoimunes. Crianças e pessoas com alergias respiratórias também tendem a apresentar mais sintomas durante o período da seca. Para aliviar os desconfortos, a principal orientação é o uso de produtos com lágrimas artificiais, que podem ser adquiridos em farmácias sem a necessidade de prescrição médica. “Essa é a recomendação mais importante que podemos dar à população. Para a maioria dos pacientes, esse cuidado simples já traz grande alívio e previne complicações”, destaca Loss.  Não use soro nos olhos O médico da SES-DF reforça ainda sobre a utilização do soro fisiológico, prática comum, mas inadequada, para lubrificar os olhos. O soro, depois de aberto, é facilmente contaminado por fungos e bactérias e deve ser descartado no mesmo dia. Além disso, não tem a viscosidade ideal para manter a hidratação da superfície ocular. Caso os sintomas persistam mesmo com o uso de colírios lubrificantes, é fundamental procurar um oftalmologista. A negligência no tratamento pode levar a complicações mais sérias, como lesões na córnea, infecções e perda de acuidade visual, comprometendo a qualidade de vida e o desempenho nas atividades diárias. Na rede pública do DF, o primeiro contato e avaliação são feitos na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. Para descobrir qual é a sua, basta clicar neste link e colocar o CEP da residência.  *Com informações da SES-DF

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Tempo seco acende alerta no DF: população deve redobrar atenção para evitar incêndios e problemas de saúde

No auge da estiagem no Distrito Federal, a região central da capital da República registrou a menor temperatura do ano na madrugada desta sexta-feira (18). Os termômetros marcaram mínima de 10,1 °C no Plano Piloto, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Com a chegada do período mais frio e seco do ano, é importante que a população fique alerta com relação à saúde e também com o meio ambiente por conta da baixa umidade e escassez de chuvas. Essa época do ano requer maior hidratação e higienização das vias nasais com soro fisiológico; população também pode adotar ações para minimizar os efeitos do tempo seco, como o uso de umidificadores, roupas leves, hidratantes corporais e colírios | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Já são 78 dias sem precipitação em Águas Emendadas e 56 dias em Brasília, o que favorece queimadas e agrava problemas respiratórios. Diante das condições, o Inmet emitiu alerta amarelo para baixa umidade, que permanece nos próximos dias. Esse cenário aumenta o risco de incêndios florestais devido à vegetação ressecada e ao descarte irregular de resíduos. Por isso, os cuidados devem ser redobrados. O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) orienta a população a não atear fogo em terrenos, evitar queimar lixo e denunciar focos de queimadas ilegais pelos números 190 ou 193. “A gente pede para evitar fogueiras, queimar lixo ou realizar qualquer tipo de queima ao ar livre. A orientação também é para descartar corretamente resíduos que possam servir de combustível para o fogo, como papel, plástico e vegetação seca. Além disso, os brasilienses devem manter uma boa hidratação e evitar atividades físicas intensas nas horas mais secas do dia”, destacou Sandro Gomes, subsecretário do Sistema de Defesa Civil. Prevenir também é combater Brasília registra 56 dias sem chuvas; vegetação ressecada e descarte irregular de resíduos aumentam o risco de incêndios florestais | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Como medida preventiva, o Governo do Distrito Federal (GDF) deu início, em abril, à operação Verde Vivo. Coordenada por diversos órgãos do Executivo local, a iniciativa cria aceiros, mobiliza brigadas especializadas e promove campanhas educativas em escolas e comunidades para reduzir o impacto da seca. Em 2024, o GDF adotou uma série de ações para evitar incêndios florestais, começando com a decretação de estado de emergência ambiental em abril, o que viabilizou a contratação de 150 brigadistas. Foram feitas queimas prescritas e aceiros preventivos em áreas estratégicas, como a Estação Ecológica de Águas Emendadas, além da intensificação da operação Verde Vivo a partir de junho, abordando tanto prevenção quanto combate direto aos focos de incêndio. Ações educativas também marcaram o período, incluindo blitze com estudantes para conscientizar a população sobre os riscos de incêndios ambientais. Cuidados com a saúde A vacinação é uma das formas mais eficazes de se proteger contra doenças respiratórias | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF  A combinação de clima seco e frio favorece o surgimento de doenças respiratórias. Isso ocorre porque a baixa umidade resseca as vias aéreas e a mucosa nasal, diminuindo a proteção natural do organismo e facilitando a entrada de vírus e bactérias. Além das vias respiratórias, o tempo seco também pode causar ressecamento da pele e irritação nos olhos, agravando quadros de alergias e asma. Entre os sintomas mais comuns nesse período estão coriza nasal, espirros e secreção amarelada ou esverdeada, típicos de doenças como resfriado, rinite alérgica e sinusite bacteriana. Também são frequentes laringites, faringites, traqueítes e bronquites – estas últimas podendo causar tosse, falta de ar e chiado no peito. [LEIA_TAMBEM]Além da hidratação e da higienização das vias nasais com soro fisiológico, a população pode fazer o uso de umidificadores, roupas leves, hidratantes corporais e colírios para ajudar a minimizar os efeitos do tempo seco. No caso de crianças e idosos, o cuidado deve ser redobrado. Nas crianças, recomenda-se evitar a substituição da água por bebidas açucaradas. Já os idosos, por sentirem menos sede com o passar dos anos, são mais vulneráveis à desidratação. Sinais de alerta incluem urina escura, boca seca, tontura, câimbras, fraqueza e, em casos mais graves, confusão mental. A vacinação continua sendo uma das formas mais eficazes de prevenção contra doenças respiratórias. A imunização contra a influenza está disponível em mais de 100 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. Também há a vacina antipneumocócica, recomendada para idosos, pessoas com doenças pulmonares crônicas, asma grave, infecções respiratórias frequentes ou com imunidade comprometida. Os locais de vacinação podem ser consultados neste link. Pacientes com sintomas leves, como febre, coriza e tosse, devem procurar a UBS mais próxima, porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Casos mais graves são encaminhados para atendimento com especialistas, como otorrinos, pneumologistas ou infectologistas. Para o fim de semana, a previsão é de leve aumento da umidade, mas sem chuvas: → Sábado (19): mínima de 13 °C, máxima de 26 °C, umidade entre 35% e 85%; → Domingo (20): mínima de 15 °C, máxima de 27 °C, umidade entre 30% e 95%. Em qualquer situação de emergência (incêndios, mal súbito, acidentes), a população deve ligar imediatamente para o número 193 e informar o endereço com clareza e detalhes do ocorrido. A orientação é de não tentar controlar o incêndio por conta própria.  

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Relatório mostra que não houve homogeneidade na qualidade do ar no DF em agosto

Relatório sobre a qualidade do ar do mês de agosto das quatro estações manuais de monitoramento do Instituto Brasília Ambiental mostra que não houve homogeneidade na qualidade do ar nas regiões em que as estações se localizam.  O documento ressalta que, mesmo com a estação da seca e o Distrito Federal tendo recebido fumaça de outras regiões, ocorreram registros de qualidade do ar boa. As estações manuais estão localizadas na Rodoviária do Plano Piloto, no Jardim Zoológico, na Estrutural (IFB) e em Samambaia (IFB) e medem o material particular inalável (MP10), que são partículas de material sólido ou líquido suspensas no ar, com diâmetro aerodinâmico menor que 10 micrômetros. O MP10 pode ser encontrado na forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros. A inalação do MP10 pode agravar doenças do sistema respiratório e cardiovascular. A proximidade com uma rodovia movimentada influencia a qualidade do ar medida na Estação da Estrutural | Foto: Divulgação/ Brasília Ambiental O meteorologista e analista de planejamento urbano e infraestrutura do Brasília Ambiental, Carlos Henrique Eça D’Almeida Rocha, explica que as informações revelam a qualidade do ar nas estações em diferentes dias do mês de agosto. “Mas é possível observar que, mesmo sendo um mês de seca já forte, as estações de monitoramento do Zoológico e de Samambaia apontaram uma qualidade de ar boa quase todos os dias”, detalha. Para o presidente da autarquia, Rôney Nemer, o sistema fornece alguns parâmetros, mas precisa de mais investimento. “Precisamos de um monitoramento que atinja mais áreas do DF para chegarmos a um resultado mais efetivo, e que traduza de fato a realidade da qualidade que respiramos. A autorização que o governador Ibaneis Rocha nos deu para aquisição de outras duas estações, que serão automáticas, já nos ajuda a melhorar nosso monitoramento e nossa efetividade nas ações”, considerou. Outras duas estações de monitoramento do ar, desta vez automáticas, serão compradas pelo GDF Já nas outras duas estações de monitoramento, localizadas na Estrutural e na Rodoviária, há variação da qualidade de moderada a boa. Houve registro de qualidade ruim nessas duas estações. “O da Estrutural ocorreu no dia 26 de agosto, quando o Distrito Federal foi coberto por fumaça oriunda das queimadas de outras regiões como Sudeste e Amazônia”, esclarece, Sem homogeneidade “O interessante é que no mesmo dia 26 de agosto a estação de monitoramento de Samambaia apontou uma qualidade de ar boa. Isso mostra que, a depender do local que se está no DF, tem-se qualidade do ar bem diferentes”, enfatiza Carlos Rocha. O analista lembra, ainda, que as regiões da Estrutural – que é próxima a rodovia de intenso trânsito – e a da Rodoviária – onde circulam os ônibus – sofrem influências das atividades das suas localizações. Por isso, a qualidade do ar tende a ser pior. Já as estações do Zoológico e de Samambaia estão longe das fontes de poluição e têm uma representatividade espacial maior que as outras. *Com informações do Brasília Ambiental

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Frescor em meio à seca: os cuidados do Zoológico de Brasília com os animais

Em meio a um clima seco com altas temperaturas e quase 150 dias sem chuva no Distrito Federal, um banho frio e alguns picolés caem muito bem. E quem ganha esse tratamento refrescante são os animais do Zoológico de Brasília, como parte do enriquecimento de ambiente promovido nesta terça-feira (17). Com apoio de um caminhão-pipa de 15 mil litros de água, o elefante Chocolate tomou um banho de mangueira e chuva artificial. Em seguida, os micos do zoo receberam picolés de fruta para hidratar e ajudar a refrescar. “Queria estar no lugar dele, com esse calor”, afirmou a estudante Fernanda Ribeiro, 17 anos, ao passear perto do recinto do elefante. Ela comentou a relevância da ação em um dia tão quente. “Assim como a gente, os animais sofrem com esse calor e poluição, então é muito importante. Na hora em que estão jogando água, vem um refresco muito bom”, completa. Comportamento natural dos animais O diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, Wallison Couto, destacou que há uma equipe voltada ao bem-estar dos animais que os acompanha no dia a dia, realizando treinamentos e condicionamentos — um trabalho que se intensifica no período de clima mais hostil. “Esse condicionamento serve também para quando precisamos pegar o animal para realizar retirada de sangue ou algum tratamento, de forma que não cause um estresse maior, que pode exigir sedação. Principalmente nessa época seca, temos o banho, os tanques cheios de água ou lama, e eles gostam bastante”, afirma. Os animais herbívoros recebem frutas congeladas para aliviar o calor | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Ele acrescenta ainda que, nos próximos meses, o cronograma dessas ações com os animais poderá ser acompanhado pelo público, com os horários dos banhos marcados e também oportunidades para presenciar os enriquecimentos. Segundo a bióloga do Zoológico de Brasília Andressa Teles, além dos banhos para os animais que gostam, os condicionamentos também levam em consideração a dieta de cada espécie. Para os animais herbívoros, frutas congeladas; para os carnívoros, picolés de carne. “A gente procura simular o que os animais encontrariam na natureza. Então, oferecemos situações ou objetos que vão aliviar um pouco esse calor e também ajudar a diminuir o estresse dos animais. Assim como nós, quando estamos com calor, queremos um local para nos refrescar ou um alimento mais geladinho”, observa.

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Período de seca exige cuidados extras com pets

A baixa umidade provocada pela seca pode afetar de forma significativa a saúde dos animais de estimação, como gatos e cachorros. O tempo seco pode irritar as vias respiratórias dos pets, causando desconforto e, em alguns casos, complicações mais sérias. Por isso, é importante prestar atenção aos sinais e adotar medidas preventivas para garantir o bem-estar dos pets durante esses períodos. Especialmente durante a seca, é preciso redobrar os cuidados com cães, gatos e demais animais domésticos, que podem ser diretamente afetados pela baixa umidade do ar | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “É bom manter o ambiente livre de fumaça e produtos de limpeza fortes, além de conservar uma temperatura confortável do ambiente, evitando mudanças bruscas de clima” Mariana Rezende, veterinária da Sema-DF A veterinária Mariana Rezende, da Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema-DF), explica que a umidade baixa resseca as mucosas das vias respiratórias dos animais, tornando-os mais vulneráveis a infecções respiratórias. Além disso, o ar mais quente e seco pode agravar condições pré-existentes e contribuir para o desenvolvimento de irritações na pele. Para proteger os pets, o uso de umidificadores é uma recomendação eficaz. Esses equipamentos ajudam a manter um nível de umidade que reduz a secura das vias respiratórias. Umidificadores “É preciso aspirar o ambiente frequentemente e usar um pano úmido para limpar superfícies para reduzir a poeira”, recomenda Mariana. “Também é bom manter o ambiente livre de fumaça e produtos de limpeza fortes, além de conservar uma temperatura confortável do ambiente, evitando mudanças bruscas de clima.” Segundo a veterinária, os sinais de problemas respiratórios incluem tosse persistente, espirros frequentes, dificuldade para respirar e narinas secas ou irritadas. Já distúrbios dermatológicos, como pele seca e escamosa, coceira intensa e lesões, são comuns durante a seca. Para proteger os pets, Mariana recomenda a adoção de diversas estratégias além do uso de umidificadores. “É importante manter a pele do animal bem-hidratada,” orienta. “O uso de xampus hidratantes e a aplicação de produtos específicos para cuidados com a pele podem ajudar a minimizar esses problemas.”  Mas atenção: esses cuidados não exigem que você aumente o número de banhos do seu pet. Alimentação e hidratação Na dieta dos pets, frutas com alto teor de água, como melancia e maçã, também são uma boa dica para refrescar os animais. É preciso, porém, evitar frutas tóxicas, como uvas e abacate. O iogurte não é recomendável em caso de intolerância à lactose – nessa situação, vale optar por frutas congeladas ou água como alternativa refrescante. “Outra boa medida a ser adotada é oferecer ração úmida e alimentos ricos em água, além de manter água fresca disponível constantemente”, lembra a veterinária. “Cubos de gelo e caldo sem sal também podem ser úteis para tornar a água mais atraente.” Atendimento gratuito Hvep tem atendimento veterinário gratuito | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília A consulta com um veterinário é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos animais domésticos. Para os brasilienses que buscam suporte para a saúde de seus pets, a Sema-DF oferece atendimento veterinário gratuito no Hospital Veterinário Público (Hvep), em Taguatinga, próximo ao Parque Lago do Cortado, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h.

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Em meio a seca histórica, bombeiros diversificam estratégias contra incêndios florestais

O Distrito Federal tem convivido nos últimos dias com a baixa umidade — inclusive com o recorde histórico de 7%. A condição traz não só danos à saúde, mas também o risco de incêndios florestais, que costumam disparar nesse período. Por isso, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) tem estratégias para lidar com a alta de ocorrências. A corporação também orienta a população, que pode contribuir para evitar o surgimento das chamas. “Nesse período, é esperado que [o trabalho] se intensifique, devido ao longo período de estiagem. Para colaborar com isso, temos a operação Verde Vivo. Todos os anos, a gente se prepara. Ela é dividida em fases, começa em meados de março com a fase preventiva. [Antes da seca,] a gente consegue fazer trabalhos educativos com chacareiros, a gente vai até as zonas com vegetação mais exuberante — que podem virar combustível — fazer planos de manejo e todas as ações preventivas para que, quando chegar esse período, a gente esteja o mais preparado possível”, explica o tenente Anderson Ventura, do Grupamento de Proteção Ambiental (GPRAM). Tenente Anderson Ventura destaca a importância do diálogo dos bombeiros com a população | Fotos: Joel Rodrigues/ Agência Brasília “Em paralelo, a gente prepara um contingente de militares, viaturas e equipamentos para conseguir atender a essa demanda altíssima, que é normal nesse período do ano. O sintoma claro de que a Operação Verde Vivo dá certo é o fato de a gente conseguir atender todas [as ocorrências], apesar de haver um aumento abrupto de um mês para o outro”, completa o militar. A média nesta época, estima o tenente, é de 100 ocorrências por dia. Ao todo, de janeiro até a última segunda-feira (9), foram 10.442 registros — que resultaram em 16.039,4 hectares queimados. A área atingida é maior que a do ano passado, quando choveu em agosto, mas está dentro da média histórica (de 23.607,76 hectares anuais), levemente acima apenas por causa dos recordes negativos de umidade. Para o combate, o CBMDF tem 180 bombeiros dedicados exclusivamente à função, que usam 43 viaturas equipadas. Nesta época do ano, a média diária de ocorrências de incêndios florestais chega a 100 chamados Esses incêndios, em sua grande maioria, são contidos ainda no início. Fruto do trabalho preventivo e da disposição estratégica dos quase 30 quartéis espalhados pelo DF. “A estratégia de espalhamento é baseada no tempo de resposta: onde eu vou colocar quartéis de forma que as viaturas percorram as vias certas e cheguem em pouco tempo a qualquer lugar? O nosso tempo médio de resposta está próximo de sete, oito minutos, o que faz com que o fogo já no início consiga ser atendido, evitando que ele se torne um fogo enorme”, detalha Ventura. Hoje em dia, os bombeiros também podem contar com o auxílio da tecnologia para identificar locais que estejam em risco. Uma das ações nesse sentido é o SemFogoDF, projeto em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e com a Associação GigaCandanga, que usa câmeras posicionadas na Torre de TV Digital para monitorar pontos a até 50 km, e inteligência artificial para identificar se as fumaças observadas podem ser de incêndios. Há ainda o uso de imagens de satélite para identificar pontos quentes. O uso desses recursos, porém, é “casado” com a observação humana de agentes em campo. “A gente está ganhando confiança e essas análises estão, cada vez mais, se confirmando como ferramentas de bom uso. Quando a gente conseguir ter a confiança total, eu vou poder, à distância, saber se está começando um ponto quente e ir até lá verificar. Vai ser mais uma ferramenta proativa, em vez de reativa. Em vez de esperar a ocorrência chegar até mim, eu estou indo até ela”, aponta o tenente. Ação humana A seca dificulta o combate às chamas por meio de fatores que os bombeiros chamam de “triplo 30”: temperatura acima dos 30ºC, umidade relativa do ar abaixo de 30% e velocidade do vento acima de 30 metros por segundo. Cada tipo de vegetação também oferece as próprias dificuldades, como matas densas que dificultam o acesso, ou copas de árvores altas, que impedem que a água lançada de aeronaves atinjam o solo. O maior desafio, contudo, é a ação humana. Citando uma pesquisa da UnB, Ventura conta que só existem duas fontes de fogo naturais: raio e vulcão. “Vulcão não tem no Brasil. Raio não tem nesta época do ano. Então, infelizmente, tenho que dizer que 99,99% dos fogos têm origem humana.” Ele acrescenta que, mesmo que raios solares incidam sobre um recipiente de vidro e iniciem uma chama — como ocorre, por exemplo, com lentes de aumento —, alguém teria deixado o vidro em meio à mata. Ou seja, também nesse caso, o homem é responsável. “Nosso maior desafio hoje é conseguir educar as pessoas para não fazerem o uso do fogo” Anderson Ventura, tenente do Grupamento de Proteção Ambiental É por isso que o militar reforça a necessidade de ter atenção com o fogo neste período. Os principais cuidados são não jogar bitucas de cigarro em áreas de vegetação, evitar fazer fogueiras — em casos imprescindíveis, não abandoná-las com o fogo ainda aceso — e não queimar folhas secas e entulho. “Ao longo do ano, as pessoas podem acabar usando o fogo de forma que ele não se espalhe, porque a vegetação está muito forte, muito robusta em um período de chuvas. Porém, vai se criando esse mau hábito de usar fogo e aí, de repente, a gente chega na estação seca e qualquer foguinho pega. Então, o nosso maior desafio hoje é conseguir educar as pessoas para não fazerem o uso do fogo”, arremata.

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Estudantes com TEA de Taguatinga têm momento de diversão em banho de chuveiro no pátio

Em meio ao calor e a baixa umidade que atingem o Distrito Federal nessa época do ano, as escolas de rede pública de ensino do DF pensam em estratégias para tornar o ambiente escolar mais agradável. Foi pensando nisso que o Centro de Educação Infantil (CEI) 11 de Taguatinga promoveu no início dessa semana uma atividade refrescante e divertida: um banho de chuveiro coletivo no pátio da escola. Além disso, foram distribuídos picolés de fruta para as crianças, proporcionando um momento de interação e lazer. A atividade foi destinada a alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na atividade, quando as crianças aprenderam a compartilhar espaços, respeitar o tempo e as necessidades dos outros colegas, também foram oferecidos picolés de frutas para refrescar e proporcionar um momento saboroso | Foto: Mary Leal/SEEDF A iniciativa não foi apenas uma maneira de combater o calor, mas também uma atividade lúdica pensada para estimular a socialização entre as crianças. Durante o banho, os alunos tiveram a chance de explorar diferentes sensações, se divertir com os colegas e fortalecer os laços afetivos em um ambiente descontraído e acolhedor. Para os professores, momentos como este são essenciais, pois oferecem novas formas de interação e ampliam o repertório de experiências dos alunos, promovendo o bem-estar físico e emocional. “Esses momentos de banho ajudam muito no desenvolvimento das crianças, é uma oportunidade para socializar de maneira leve e divertida”, ressaltou Bárbara Teixeira, professora do CEI 11. A água, que naturalmente traz uma sensação de relaxamento, também contribuiu para o desenvolvimento sensorial, tão importante no processo de aprendizagem de estudantes com TEA. Além disso, o banho de chuveiro se mostrou uma ferramenta valiosa para trabalhar habilidades sociais e motoras. As crianças aprenderam a compartilhar espaços, respeitar o tempo e as necessidades dos outros, enquanto se movimentavam livremente sob a água. *Com informações da SEEDF

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Garis têm horário de trabalho alterado e recebem kit de proteção durante período de seca

No momento em que o Brasil vive a seca mais severa da história e Brasília registra baixos índices de umidade do ar, o Governo do Distrito Federal (GDF) alterou o horário de trabalho dos mais de 4.500 funcionários do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) que trabalham nas 35 regiões administrativas da capital. Desde agosto, os garis, que garantem a manutenção da saúde pública e da qualidade de vida nas cidades, passaram a entrar e sair do expediente uma hora mais cedo, cumprindo o horário das 6h às 14h20. Semanalmente, os profissionais de limpeza também recebem protetor solar com ação repelente, protetor labial, soro fisiológico, além de garrafinha de água, toalha de pano e óculos de proteção. Para auxiliar na proteção contra as altas temperaturas, eles ainda receberam uniformes de manga longa, bonés com touca árabe e orientações sobre como se proteger. “Esse esquema de proteção e de carga horária vai seguir até que se inicie o período de chuvas e a temperatura fique mais amena. O SLU já tem um protocolo de medidas de proteção para esses períodos de calor extremo. Então é algo que o SLU se antecipa para beneficiar e cuidar dos trabalhadores. Eles cuidam das cidades e é preciso cuidar deles também”, ressalta Everaldo Araújo, subdiretor de Gestão e Limpeza Urbana do SLU. As mudanças fizeram diferença no dia a dia de Ilza Santos da Silva, 36, e Manoel José Duarte, 54, funcionários do SLU, que fazem as limpezas das cidades há 11 e três anos, respectivamente. Agora, além da vassoura e do carrinho de lixo, eles também ganharam novos itens de trabalho – tão essenciais quanto todo o equipamento de limpeza neste período de seca. Semanalmente, os profissionais de limpeza também recebem protetor solar com ação repelente, protetor labial, soro fisiológico, além de garrafinha de água, toalha de pano e óculos de proteção | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Na época de seca a gente se cansa mais; tem mais dificuldade de respirar. Então a gente usa o soro fisiológico para hidratar as regiões das vias respiratórias, temos garrafinhas para beber água, protetor solar e labial para a pele não ficar ressecada. A gente faz esse trabalho de limpeza das cidades com muito orgulho. Nesse trabalho é essencial ter esse cuidado. E a gente se sente cuidado”, relata Ilza. Já Manoel diz que a mudança no horário tem feito com que ele se sinta mais produtivo no trabalho e fora dele. “Cumprir esse horário faz com que eu me sinta mais disposto, com mais ânimo dentro e fora do trabalho, com vontade de fazer mais coisas relacionadas à minha vida pessoal, como ir na academia, correr, etc. Tem sido muito bom”, pontua. Ilza Santos da Silva: “Na época de seca a gente se cansa mais; tem mais dificuldade de respirar. Então a gente usa o soro fisiológico para hidratar as regiões das vias respiratórias, temos garrafinhas para beber água, protetor solar e labial para a pele não ficar ressecada. A gente faz esse trabalho de limpeza das cidades com muito orgulho. Nesse trabalho é essencial ter esse cuidado. E a gente se sente cuidado” Seca histórica O Distrito Federal enfrenta a pior seca dos últimos anos. Na última semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho por conta da baixa umidade do ar, que chegou a ficar abaixo de 12%. O ideal recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 60%. Brasília está há mais de 130 dias sem chuvas. Ainda não se tem previsão de quando a estiagem vai acabar. A expectativa é de chuva entre a segunda quinzena de setembro e o início de outubro, mas os registros tendem a ser mais isolados. Chuvas mais fortes são esperadas por meteorologistas apenas em outubro.

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Ipês-brancos florescem junto a outras cores e colorem a capital

Florescendo praticamente juntos este ano, os ipês transformam o cenário de seca da capital federal em um cartão postal colorido. Com o calendário de floração alterado pelas mudanças climáticas, o ipê-branco floresceu mais cedo, juntando-se ao rosa e também ao amarelo e ao roxo. Atualmente são cerca de 270 mil ipês, de diversas cores, por toda a cidade. A previsão é de plantar mais 40 mil mudas pelo Distrito Federal ainda neste ano, segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Atualmente são cerca de 270 mil ipês, de diversas cores, por toda a cidade | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília O chefe de Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva, explica que as flores dos ipês amarelo e roxo perduram mais, enquanto no ipê-branco a flor cai após cerca de cinco dias de florada. De duração efêmera, a espécie é encontrada nas matas ciliares e matas secas do Distrito Federal e das regiões Centro-Oeste e Sudeste. “É o mesmo cultivo para todos, mas procuramos criar grupos com cores iguais no DF. Precisamos ter uma cidade com arborização harmoniosa, até para evitar pragas e doenças”, detalha o gestor. Ele reforça que a florada antecipada das espécies deve-se ao fator climático, que faz com que todas as espécies se antecipem ao sentir a baixa umidade. “A planta sente que aquilo pode propiciar uma possível morte e procura deixar sementes para perpetuar a espécie”, ressalta. Meu ipê favorito Lia dos Santos Sousa passava pelo Eixo Monumental e aproveitou para fotografar as árvores preferidas dela Com tanta cor na capital, é esperado que os brasilienses se encantem com as floradas, mesmo sabendo que elas vêm todos os anos. Quem chega perto de um ipê com cachos densos, não resiste e faz pelo menos um registro. A trabalhadora doméstica Lia dos Santos Sousa, 61 anos, admirava os ipês na parte sul do Eixo Monumental. “Acho muito bacana a época do ipês, sempre eu tiro foto por aqui. Ainda mais esse ano, que estão aparecendo todas as cores juntas. O amarelo é o que eu mais gosto, acho que ele é o que mais se destaca”, acentua. Já para a jornalista Elma Lúcia Rodrigues, 54, o favorito é o ipê-branco. Admirando alguns que floresceram na Esplanada, ela fala da sensação que as árvores trazem em meio à seca e lembra do conhecimento popular de que assim que termina o ipê-branco, começam as chuvas. “Todas as folhas são belíssimas, mas eu acho que o branco traz paz, amor e a gente está precisando dessa harmonia. Além de chuva, é claro”.

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