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26/10/2015 às 11:08, atualizado em 31/01/2018 às 15:19
Cacos de vidro e pedaços de madeira ou de metal mal-embalados podem causar acidentes. Saiba como descartá-los corretamente
Atualizado em 27 de outubro de 2015, às 11h10
Ao contrário do informado pelo Serviço de Limpeza Urbana, são 109 — e não 111 — trabalhadores que se feriram neste ano com objetos cortantes e pontiagudos descartados incorretamente.
Cento e nove trabalhadores das coletas de lixo convencional e seletiva do Distrito Federal se feriram neste ano com materiais cortantes e pontiagudos descartados de maneira incorreta. O número é das três empresas terceirizadas — CGC, Valor Ambiental e Sustentare — que fornecem o trabalho ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU), e apurado até sexta-feira (23). São considerados materiais desse tipo garrafas, copos e cacos de vidro, pedaços de espelho, espetinhos de churrasco e pedaços de madeira, lâminas e latas. Pregos, parafusos, agulhas e alfinetes também são exemplos.
Um dos acidentes aconteceu com Romário Alves Ribeiro, de 26 anos, que trabalha na coleta há um ano. No início deste mês, cacos de vidro mal-embalados o cortaram na perna. Foi o primeiro acidente desse tipo com ele, e resultou em quatro pontos no ferimento e quatro dias afastado do trabalho. “Fui pegar o lixo e, assim que ele encostou na minha perna, a cortou. O caco de vidro não estava embalado, só dentro da sacola”, explica Romário.
Quem também já sofreu cortes foi Jorge Henrique Patriarca, de 48 anos. “Geralmente, as pessoas colocam [os objetos] em sacos, mas o vidro corta o plástico e, nisso, corta a gente”, comenta Jorge, que trabalha há 17 anos na limpeza urbana, sendo 15 como coletor. Segundo ele, foram vários acidentes desse tipo ao longo dos anos. O pior foi no joelho, por causa de garrafa de cerveja quebrada.
Alertar os cidadãos para a importância de embalar corretamente esse tipo de material é um dos propósitos da campanha Brasília Limpa — Sua Atitude Faz a Diferença, que conta com projetos e programas que visam contribuir para uma cidade sustentável. Outro objetivo é chamar a atenção da população para a responsabilidade compartilhada na manutenção da limpeza.
Como embalar
De acordo com o SLU, algumas atitudes tornam o lixo mais seguro e evitam acidentes. Uma delas é embalar vidros (inteiros ou quebrados) e outros materiais cortantes em folhas de jornal. É importante que o embrulho seja resistente. “É uma proteção para evitar o rompimento do saco plástico e acidentes”, destaca a diretora-geral do SLU, Kátia Campos. Um cuidado adicional é escrever na sacola o tipo de material que nela está.
Pelo mesmo motivo, é recomendado pressionar para dentro as tampas das latas de atum, milho e leite condensado, por exemplo. Além disso, garrafas PET podem ser utilizadas como recipientes para objetos pontiagudos, como pregos, agulhas e espetinhos de churrasco. É aconselhável não encher os sacos, para que não haja excesso de peso e, por consequência, o rompimento da embalagem. O ideal nesses casos é distribuir o lixo em mais de um saco.
Seringas e medicamentos vencidos não devem ser descartados no lixo comum. De acordo com a Secretaria de Saúde, em caso de material cortante ou pontiagudo, o paciente deve descartá-lo em uma caixa de papelão lacrada e identificada, e entregá-la ao centro de saúde mais próximo da residência. Já em caso de medicamentos vencidos, recomenda-se que o paciente liste os remédios que serão entregues nas unidades de atenção básica.
Os locais funcionam de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas, e os endereços podem ser acessados na página da secretaria.
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