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30/12/2015 às 11:45
A despeito da crise financeira, governo priorizou o reinício de benfeitorias interrompidas na gestão anterior e investiu em novos projetos, a exemplo da drenagem no Sol Nascente, em Ceilândia
Atualizado em 4 de janeiro de 2016, às 20 h
Ao contrário do informado pela reportagem, o governador Rodrigo Rollemberg assinou as ordens de serviço para início imediato das obras no Trecho 3, e não no Trecho 1
Em meio às dificuldades financeiras herdadas no início da gestão, o governo de Brasília esforçou-se para manter serviços essenciais, retomar projetos parados e investir em benfeitorias para a cidade. O gasto anual com serviços, manutenção e obras foi de R$ 382.494.900,25 — recurso proveniente do caixa do Executivo local e de financiamentos do governo federal.
De acordo com o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Julio Cesar Peres, uma das prioridades da pasta foi reiniciar trabalhos interrompidos na antiga gestão. “Buscamos recursos para dar continuidade a obras estruturantes, como o recapeamento do asfalto em várias regiões administrativas.”
Também foram priorizadas obras como os 11 quilômetros da pista de caminhada do Parque da Cidade, já em fase de pintura, e projetos em licitação há anos, a exemplo da urbanização dos setores Vicente Pires, Sol Nascente e Buritizinho. “Recuperamos mais de 25 parques e mais de 15 quadras poliesportivas por todo o DF, mas ainda há muito o que fazer”, acrescenta Peres.
Foi possível desembaraçar processos e avançar em relação ao Corredor Eixo Oeste, com o Túnel de Taguatinga; e ao programa de drenagem do DF. Essas melhorias estão vinculadas a recursos provenientes de financiamentos com agentes como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, o que faz com que o dinheiro seja entregue aos poucos, mesmo com as obras em pleno andamento.
Outro trabalho retomado foi o do Aterro Sanitário Oeste, entre Samambaia e Ceilândia. Já em fase final, a obra é considerada pelo governo uma das mais importantes porque resultará no fechamento do Lixão do Jóquei, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A previsão é que o local comece a operar em agosto.
Empreendimento de grande porte também em andamento é o Bloco 2 do Hospital da Criança de Brasília José Alencar, resultado de convênio entre o Executivo local e a Organização Mundial da Família. O espaço terá 22 mil metros quadrados e contará com 202 leitos — 164 para internação e 38 para unidade de terapia intensiva e cuidados intermediários. Fazem parte do projeto um centro cirúrgico, um centro de diagnóstico e laboratórios de análises clínicas e especializados. O investimento total é de R$ 100 milhões. A participação financeira do governo de Brasília é de 80,2%.
Em dezembro, o governador Rodrigo Rollemberg assinou as ordens de serviço para início imediato das obras no Trecho 1 de Vicente Pires.
Sol Nascente
A drenagem e a pavimentação do Sol Nascente, em Ceilândia, começaram em fevereiro e seguem a todo vapor. O Trecho 1 é o mais avançado. “Já temos mais de seis ruas pavimentadas”, afirma o secretário Julio Cesar Peres. Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, as benfeitorias no Trecho 2 iniciam-se no primeiro semestre de 2016 e a conclusão do trabalho está prevista para 2017. Os investimentos só foram possíveis com a desocupação de algumas áreas invadidas.
Em dezembro, o governador Rodrigo Rollemberg assinou as ordens de serviço para início imediato das obras no Trecho 3 (antiga Colônia Agrícola Samambaia) de Vicente Pires, com investimento de R$ 115.109.563,86 na construção de 45,5 quilômetros de rede de drenagem pluvial e na pavimentação de 63,9 quilômetros de via. A área foi subdividida em três lotes e ainda receberá meios-fios e pontes que ligarão o Trecho 1 ao 2. A previsão é que o trabalho seja concluído em dois anos.
Para 2016, a pasta adianta que serão assinadas as ordens de serviço para as benfeitorias — que incluem esgoto, drenagem, pavimentação e instalação de meio-fio — na Gleba II de Vicente Pires, no Trecho III do Sol Nascente e no Buritizinho, em Sobradinho, e serão feitas obras de drenagem na comunidade do Pôr do Sol, em Ceilândia.
Cultura
O avanço em infraestrutura inclui equipamentos públicos culturais, graças a recursos da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap). Em 7 de dezembro, foi retomada a obra do Centro de Dança, no Setor Cultural Norte. Ao custo de R$ 2.997.547,15, o serviço prevê recuperação do teto, do piso, da pintura e das partes hidráulica e elétrica. Todo o espaço será adequado para acessibilidade. Banheiros, lanchonete, fachadas e hall de entrada serão reformados, e as salas receberão tratamento acústico.
Outro projeto que será tocado em 2016 é a reforma do Museu de Arte de Brasília, no Setor de Hotéis e Turismo Norte. Aprovada pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF, a obra custará cerca de R$ 2,8 milhões e será coordenada pela Casa Civil, em parceria com as Secretarias de Cultura e de Infraestrutura e Serviços Públicos. Os recursos também virão da Terracap. Entre as medidas previstas para o local, fechado desde 2007, estão a adequação à acessibilidade e a instalação de banheiros, novas saídas de emergências, espaço gourmet, elevadores e auditório.
Saneamento
Desde o início do ano, a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) prosseguiu em processos burocráticos e licitatórios dos Sistemas Produtores de Água do Corumbá, que abrange DF e Entorno, e do Paranoá, além do Subsistema Bananal. No Setor Noroeste, desde novembro funciona um grande reservatório de água, em fase de finalização e paisagismo. O custo foi de R$ 5 milhões.
Obras de saneamento paralisadas em 2014 também foram retomadas, como sistemas coletores de esgoto sanitário no Lago Sul, em Águas Lindas, no Sol Nascente e em Vicente Pires. A previsão para todo o conjunto de obras — licitadas, em andamento e concluídas pela companhia — é de cerca de R$ 500 milhões, oriundos de recursos da própria companhia, do governo federal e do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Financiamento
Das 106 obras previstas em acordo de financiamento assinado em janeiro com o Banco do Brasil, no valor de R$ 500 milhões — dos quais, até o momento, foram liberados R$ 260 milhões —, 40 foram concluídas. Integram o conjunto serviços como o remanejamento de linhas de água e esgoto, a construção de praças, a restauração de 177 quilômetros de asfalto e a criação de ciclovias no Park Way, no Gama e em Sobradinho II.
O valor também permitiu financiar projetos como o reforço na estrutura dos viadutos dos Eixos L e W sobre a S2, a modernização de vias, a duplicação de ruas e a implementação de planos de acessibilidade. Parte do cronograma de benfeitorias, as obras no viaduto da QNN 21, em Ceilândia, estão 68% concluídas e devem ficar prontas em fevereiro ao custo de R$ 3 milhões.
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