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23/11/2016 às 09:34, atualizado em 02/03/2017 às 15:37
Refeição será oferecida de segunda-feira a sábado, das 6h30 às 8 horas. Hoje, os clientes se serviram de café, leite, pão com manteiga e banana
Um pão com manteiga, uma caneca de café com leite sem açúcar para não ganhar peso e uma banana fresca. Assim ficou a bandeja do militar da reserva Deocleciano Oliveira, de 62 anos. O morador de Ceilândia foi o primeiro cliente a se servir do café da manhã no Restaurante Comunitário do Sol Nascente nesta quarta-feira (23). “Comida boa, barata e de qualidade”, avaliou. “Almoço aqui diariamente há mais de seis meses e, a partir de agora, vou acordar cedo para pegar o café bem quente.”
Nesta manhã, foram vendidos cerca de 90 pratos. A expectativa é que esse número aumente nos próximos dias, quando a novidade começar a se espalhar pelo setor habitacional. A capacidade da unidade é servir 1,5 mil pessoas diariamente.
O operador de telecomunicações Joerte dos Santos Silva, de 38 anos, economizou R$ 7 hoje. Ele foi com o filho Kaleb, de 9 anos, tomar o café da manhã. “Nós dois comemos e gastamos R$ 1. Diariamente, são R$ 8 na padaria”, comparou. Para que o cidadão possa pagar R$ 0,50 pela refeição matinal, o governo de Brasília arca com o subsídio de R$ 1,11 por pessoa.
O preço da refeição é R$ 0,50 para todos os clientes, e o horário de atendimento, das 6h30 às 8 horas, de segunda-feira a sábado. O novo serviço começou hoje na unidade que fica na Quadra QNR 1, Área Especial 2. Ela é a primeira a oferecer a refeição matinal.
O cardápio nos próximos dias contará sempre com um item de panificação, leite, café e uma fruta. Assim como no almoço, o cidadão pega sua bandeja e se serve com o auxílio dos funcionários.
O secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Gutemberg Gomes, também começou o dia no Sol Nascente. Ele avaliou a medida como uma forma de o governo de Brasília reafirmar o compromisso com a prestação de serviço social. “Enquanto muitas unidades da Federação estão cortando benefícios, o Distrito Federal oferece novos serviços”, enfatizou. “Este restaurante, assim como os outros, está em uma área em que as pessoas precisam de assistência. O Sol Nascente também tem recebido atenção especial do Estado com a chegada das obras de infraestrutura para a região”, destacou Gomes.
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A oferta da refeição está prevista no Decreto nº 37.208, publicado em 17 de outubro, no Diário Oficial do Distrito Federal, que estabelece também que o jantar deverá ser implementado no local no segundo semestre de 2017. A intenção do governo de Brasília é que, gradualmente, os dois atendimentos sejam expandidos para outros 13 restaurantes comunitários do DF conforme seja viável tecnicamente.
Inaugurado em 23 de maio, o Restaurante Comunitário do Sol Nascente iniciou as atividades somente com o serviço de almoço.
A empresa Cozisul — responsável pela administração do local — tem o prazo de 12 meses, prorrogáveis por 60 meses, para o preparo, fornecimento, transporte e distribuição das 3 mil refeições diárias. O contrato é pago de acordo com o número de pratos servidos. A projeção é que o acordo custe cerca R$ 3,182 milhões por ano.
De acordo com a Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, a unidade tem instalações modernas e autossustentáveis. Um dos diferenciais, é o abastecimento por meio de energia solar na lavanderia e na cozinha.
A construção começou em 31 de julho de 2014, com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e do governo de Brasília. O custo total foi de R$ 3.714.503,91, destes, R$ 1,4 milhão veio do governo federal, R$ 2,080 milhões em recursos distritais e R$ 234.503,91 de rendimentos do dinheiro aplicado.
O espaço tem 1.151,82 metros quadrados de área construída e salão com capacidade para 384 lugares. Além disso, o estacionamento interno tem 69 vagas, rampas de acessibilidade e corrimãos de apoio.
Já parte dos serviços prestados nos restaurantes comunitários do DF, o almoço custa R$ 1 para os inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do governo de Brasília e que também sejam membros de família com renda mensal de até R$ 2.640 (o equivalente a três salários mínimos) ou até R$ 440 per capita. Para os demais, o valor cobrado é R$ 2.
Para se inscrever no CadÚnico, é preciso ligar para o telefone 156 e marcar atendimento em um dos centros de referência de assistência social (Cras) da Secretaria do Trabalho. O almoço funciona de segunda a sábado, das 11 às 14 horas.
Edição: Paula Oliveira