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14/09/2017 às 10:41, atualizado em 14/09/2017 às 17:17
Objetivo é entregar o Subsistema Produtor do Lago Norte no início de outubro. Obras vão custar R$ 42 milhões, os recursos são do governo federal
A Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) começou, na segunda-feira (11), a fazer testes de captação no Subsistema Produtor do Lago Norte para acelerar ainda mais os trabalhos e começar a operação como previsto.
Os testes são promovidos pela empresa que toca as obras, a Enfil S.A Controle Ambiental. Eles consistem em verificação de vazamento, checagem de estrutura, desempenho dos equipamentos, entre outros. As intervenções estão 80% executadas e com previsão de entrega para 2 de outubro.
Depois da entrega, serão três meses de operação assistida, ou seja, em parceria da Caesb com a Enfil. Depois dessa data, a Caesb assume o manejo.
[Olho texto=”“É emocionante ver a água correr e passar por todos os testes. Na primeira semana de outubro, esta estação de tratamento já estará em pleno funcionamento para ajudar o sistema de abastecimento de água do DF”” assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, esteve no local na manhã desta quinta-feira. “É emocionante ver a água correr e passar por todos os testes. Na primeira semana de outubro, esta estação de tratamento já estará em pleno funcionamento para ajudar o sistema de abastecimento de água do DF”, disse Rollemberg.
O investimento ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo do inicialmente estimado — R$ 49.437.958. O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 55 milhões para as obras — a diferença volta para a pasta federal.
Acompanharam a visita do governador os presidentes da Caesb, Maurício Luduvice; e da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF, Paulo Salles.
Serão captados 700 litros de água por segundo no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura fica na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação compacta de tratamento de água, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias.
Depois, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. O fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Produtor Santa Maria-Torto.
[Numeralha titulo_grande=”700 litros por segundo” texto=”Quantidade de água que será captada do Lago Paranoá” esquerda_direita_centro=”direita”]
A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica Federal.
O Sistema Produtor Paranoá vai atender 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, em Sobradinho e nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville.
Com entrega também prevista para outubro, as obras do Subsistema Produtor do Bananal estão 67% executadas. A elevatória 1 e a captação estão prontas, e a elevatória 2, em processo de finalização. Todos os equipamentos e materiais já foram comprados e se encontram no canteiro da obra.
O Bananal significa um reforço de 726 litros por segundo para o Sistema Produtor Santa Maria-Torto. O investimento é de R$ 20 milhões, do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil.
Cerca de 170 mil pessoas serão beneficiadas com as intervenções, que incluem captação no Ribeirão Bananal e bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de Brasília.
A maior de todas as obras de captação para o DF é fruto de consórcio entre a Caesb e a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago). No estado vizinho, o trabalho ficou um tempo suspenso por suspeita de superfaturamento, mas foi retomado no início deste mês.
A parte goiana consiste em construir a estrutura de captação, a estação de bombeamento (que estão 60% executadas) e 12,7 quilômetros de adutora — 97% concluída.
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O que cabe ao DF são os outros 15,3 quilômetros de adutora, iniciados em agosto, e a construção da Estação de Tratamento de Água, em Valparaíso (GO), quase pronta. O trabalho está 68% executado.
O orçamento é de R$ 540 milhões, metade para cada unidade da Federação. A quantidade de água captada também é dividida meio a meio entre DF e Goiás: 1,4 mil litros por segundo para cada um na primeira entrega, prevista para dezembro de 2018, e 2,8 mil posteriormente.
No fim de março, a Caesb reativou a captação no Rio Alagado, no Gama. São 20 litros por segundo, que beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região. Foram recuperados 4 quilômetros de trechos da adutora e instalada uma válvula redutora de pressão. A água captada passa por um tratamento simplificado e é encaminhada para a própria rede de distribuição.
Ainda no Gama, cerca de 15 mil moradores são abastecidos pelo Córrego Crispim desde novembro de 2016. São captados 40 litros por segundo desde a reativação de 3 quilômetros de adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é tratada e encaminhada para o Reservatório do Gama.
Nas proximidades do Jardim Botânico e no Lago Sul, a captação do Córrego Cabeça de Veado — que desemboca no Lago Paranoá e complementa o abastecimento nas duas regiões administrativas — foi aprimorada. Quatro bombas para essa finalidade foram revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da vazão de captação no córrego de 110 litros para 150 litros por segundo.
Outra medida foi a ativação de um poço, em São Sebastião, com capacidade de produção de 10 litros de água por segundo. A estrutura beneficia aproximadamente 4 mil pessoas.
Edição: Paula Oliveira