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11/10/2017 às 09:07
Dinheiro para imóveis e outros benefícios foi viabilizado por acordo de cooperação técnica assinado pelos governos federal e de Brasília
A assinatura do acordo de cooperação técnica entre os governos federal e de Brasília na sexta-feira (6) viabiliza a infraestrutura de uma unidade técnica onde serão analisados projetos de produtores rurais do Distrito Federal e do Entorno interessados em financiamentos de imóveis e outros benefícios por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário.
Para quem quiser ter o benefício, o primeiro passo é procurar qualquer sindicato rural do DF ou do Entorno ou a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). A capacitação inicial dos produtores para obter o financiamento, com ações como a escolha da terra, é feita por eles.
Depois, é preciso levar documentos pessoais caso o objetivo sejam as linhas de crédito Nossa Primeira Terra ou Consolidação da Agricultura Familiar. Para tentar a de infraestrutura comunitária do Combate à Pobreza Rural, com acesso coletivo, é necessário registrar uma associação.
O produtor deve elaborar a proposta técnica com ajuda do sindicato ou da unidade de assistência técnica. O programa destina R$ 7,5 mil exclusivos para essa contratação, em cinco parcelas anuais de R$ 1,5 mil.
Feitas as propostas, os projetos seguem para apreciação da unidade técnica, composta pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, do governo de Brasília, e pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar, do Executivo federal.
Depois, os trabalhos do DF serão enviados para análise do Conselho Distrital de Desenvolvimento Rural, e os do Entorno, para conselhos municipais.
Caso o agente financeiro — o Banco do Brasil — aceite a proposta, ocorre a assinatura do documento de compra e venda, além do pagamento das taxas relacionadas à transferência do imóvel.
As taxas não precisam ser quitadas no ato da assinatura, pois estão incluídas no valor do financiamento. Por último, ocorre a implementação do projeto e, apenas após três anos de carência, o beneficiário deve pagar o financiamento.
O Programa Nacional de Crédito Fundiário é destinado a produtores rurais e filhos de agricultores familiares, além de estudantes de escolas agrotécnicas de 18 a 29 anos. A renda familiar anual deve variar de R$ 9 mil a R$ 30 mil anuais; e o patrimônio, de R$ 15 mil a R$ 60 mil.
[Olho texto='”O acesso ao programa vai permitir o desenvolvimento rural com sustentabilidade e fortalecer a presença do jovem no campo”‘ assinatura=”Argileu Martins, secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
“O acesso ao programa vai permitir o desenvolvimento rural com sustentabilidade e fortalecer a presença do jovem no campo, pois temos uma linha destinada a pessoas de 18 a 29 anos, já pensando na sucessão rural”, explica o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Argileu Martins.
Não são aceitos servidores públicos nem pessoas assentadas ou que tenham participado de algum programa com recursos do Fundo de Terras da Reforma Agrária.
O programa dispõe de três linhas de crédito: Combate à Pobreza Rural, Nossa Primeira Terra e Consolidação da Agricultura Familiar.
No primeiro, os investimentos em infraestrutura produtiva e comunitária não são reembolsáveis — ou seja, o produtor não precisa devolver o dinheiro ao banco. Nos outros, o empréstimo deve ser quitado.
É necessário, ainda, comprovar pelo menos cinco anos de experiência na agricultura nos últimos 15 anos.
[Olho texto=”É necessário comprovar pelo menos cinco anos de experiência na agricultura nos últimos 15 anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]
O financiamento sempre é individual e de até R$ 140 mil por produtor. A forma de acesso pode ser coletiva apenas para quem se enquadra no Combate à Pobreza Rural — aqueles com renda anual de até R$ 9 mil e patrimônio de até R$ 15 mil. Nas outras, essas quantias são de até R$ 15 mil e de até R$ 30 mil.
O dinheiro pode ser usado para consolidar a infraestrutura necessária para a produção e assistência técnica e extensão rural. Assim, além da terra, o agricultor pode construir sua casa, preparar o solo, comprar equipamentos e ter acompanhamento técnico.
Edição: Paula Oliveira