07/03/2020 às 15:49, atualizado em 07/03/2020 às 15:53

GDF desobstrui 65% de área invadida na Estrutural

Operação na chamada “zona tampão” deve avançar no fim de semana para limpar todo o perímetro de preservação ambiental

Por Agência Brasília *

Barreira policial garante ação de agentes do DF Legal | Foto: DF Legal / Divulgação

Cerca de 100 edificações precárias em madeira já foram retiradas pelo Governo do Distrito Federal na operação de desobstrução de área pública na chamada Chácara Santa Luzia, na Estrutural. A operação, que teve início na quarta-feira (4) e já liberou 65% da área, deve avançar no fim de semana. Reserva ambiental, área tem caráter de prioridade e está sob monitoramento permanente por satélite e por vistorias presenciais.

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A área de 230 mil metros quadrados é limítrofe com o Parque Nacional de Brasília, a mais importante unidade de conservação do DF, responsável pela manutenção do abastecimento de água no Plano Piloto e na área central do DF. Os ocupantes estão na chamada faixa de tamponamento do parque, local em que é terminantemente proibida a construção de edificações.

Problema decorrente

O local foi alvo de operações do DF Legal em março e abril de 2019, ocasião em que a secretaria retirou 428 edificações precárias em madeira e 220 mil metros lineares de cerca de arame e madeira. Os ocupantes mais antigos passarão por processo de seleção para atendimento por meio da política de habitação do DF, responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab-DF).

Invasão perdurava há 20 anos em área de preservação | Foto: DF Legal / Divulgação

A maior expansão da área ocupada se deu a partir de 2014. Estima-se que a invasão exista há quase 20 anos.

Durante a operação foram encontrados diversas ligações clandestinas de água e energia, o que poderia trazer risco imenso à vida das pessoas que lá residem. Foram encontradas diversas perfurações pelo local – o que, em caso de rompimento de adutora, por exemplo, poderia levar à inundação de toda a Chácara Santa Luzia.

Já as ligações de energia poderiam resultar em curto-circuito e possível incêndio, ainda mais em uma área cheia de edificações em madeira. Além de trazerem riscos para a comunidade, as ligações clandestinas ainda oneram os demais contribuintes com o pagamento das contas de água e luz encarecidas pelo consumo adulterado.

 

* Com informações do DF Legal