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18/06/2020 às 19:06, atualizado em 18/06/2020 às 19:53
Nada de festa e bolo: o aniversário de 27 anos da região administrativa vai ser celebrado com investimento em infraestrutura
Tião Areia tem um caso de amor com a cidade que leva seu nome. No documento, ele é Sebastião de Azevedo Rodrigues e chegou na cidade 50 anos antes da fundação. Na quinta-feira (25), a terra onde cresceu, formou família e influenciou celebrará 27 anos como região administrativa. No lugar de festa e bolo, a celebração será em forma de melhorias para toda a população e na instalação de um novo letreiro que resume o sentimento do idoso considerado um dos pioneiros: Eu ♥ São Sebastião.
“É a melhor cidade. Aqui fica meu coração”, diz Tião. Mineiro, ele chegou à região aos 16 anos e lembra em detalhes a trajetória do lugar que se chamava Fazenda Papuda e que ele transformou, com a ajuda da comunidade, em uma região administrativa. No início com 80 moradores, hoje a cidade tem população estimada em 115 mil, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2018, realizada da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
[Olho texto='”É a terra que conheci, cresci, vi transformar e nunca mudei. Só vou sair daqui quando Deus me levar. Eu amo São Sebastião”‘ assinatura=”Sebastião de Azevedo Rodrigues, o pioneiro Tião Areia” esquerda_direita_centro=”direita”]
Hoje com 77 anos, Tião conta que construiu a vida ali. Casou-se em 1966. Teve dez filhos – oito estão vivos – e todos vivem na cidade. “É a terra que conheci, cresci, vi transformar e nunca mudei. Só vou sair daqui quando Deus me levar. Eu amo São Sebastião”, assegura. Seu nome inspirou o batismo da cidade e de uma praça. A região administrativa que viu nascer fará aniversário em um contexto diferenciado. Com a pandemia de coronavírus, festas e aglomerações não podem acontecer.
Entre os legados dos 27 anos de São Sebastião é o estímulo ao pertencimento. “Nosso lema nesta gestão é que aqui é o melhor lugar para se viver no DF porque o potencial é grande – ecológico, rural, agrícola, de mananciais. O povo é trabalhador, esforçado. Queremos sensibilizar e despertar o sentimento de amor, carinho, afeto e apreço para com a cidade”, diz o administrador Alan Valim. Por isso, um novo letreiro dará boas vindas a quem chega ao local.
A instalação ocorre no fim da DF-463, mas a confecção começou há um mês, em 18 de maio, sem gastos para o governo. O esforço, maquinário e equipamentos são da própria administração regional e o material foi doado por empresários da cidade, assim como o paisagismo. O projeto foi autorizado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
“Primeiro fizemos as formas com chapas metálicas para aplicação do concreto. Cada letra tem aproximadamente 300 quilos. Foi preciso esperar uma semana para secagem antes de iniciar a instalação na base feita com estrutura metálica de vergalhões e madeiramento”, detalha o administrador. Agora, o processo segue as últimas etapas, que será finalizado com pintura em tinta refletiva branca e vermelha para a inauguração no aniversário da cidade.
Presente é qualidade de vida
“Estamos trabalhando bastante e vamos celebrar com uma série de ações com entregas de investimentos em infraestrutura e manutenção pela cidade. O aniversário deste ano é focado em melhorar a qualidade de vida das pessoas”, diz Valim.
[Olho texto='”Queremos sensibilizar e despertar o sentimento de amor, carinho, afeto e apreço para com a cidade”‘ assinatura=”Alan Valim, administrador Regional de São Sebastião” esquerda_direita_centro=”direita”]
Ele contabiliza uma redução de dois terços da quantidade de buracos desde 2019, a construção de nove quilômetros lineares de calçadas, 800 pontos de iluminação trocados – priorizados locais vulnerabilidade -, instalação de novos quatro Pontos de Encontro Comunitário (PECs) e plantio de 2,5 mil metros quadrados de grama.
Além disso, está em andamento a pavimentação do Núcleo Rural Capão Comprido e a recuperação de estradas rurais pelo Polo Rural do GDF Presente. Outra conquista importante é a regularização fundiária, com destinação de R$ 26 milhões para este fim – com empresas já contratadas e estudos em andamento.
Na área da saúde, a mudança é clara: “Pegamos a UPA [Unidade de Pronto Atendimento] em situação de calamidade e hoje temos de três a sete médicos de plantão diariamente, com equipamentos e medicamentos”, aponta o gestor.