GDF impulsiona crédito agrícola com investimento de R$ 8 milhões
Aos 22 anos, Danilo Matsumoto decidiu investir em galinhas poedeiras. Morador de Samambaia, ele nasceu e cresceu na chácara da família — um terreno de cinco hectares onde os pais sempre plantaram hortaliças. “Antes eu trabalhava com quiabo, mas queria investir em algo que me permitisse crescer mais. Por isso, decidi produzir ovos caipiras. Hoje, tem 600 galinhas poedeiras com 50 dias de vida que devem começar a produzir ovos com quatro meses. A expectativa é chegar a 500 ovos por dia”, conta o produtor rural. "Com o Prospera, o crédito se transforma em oportunidade. O programa impulsiona a produção, fortalece a independência dos produtores rurais e estimula um ciclo de crescimento que aquece a economia local e leva mais qualidade de vida ao campo" Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda Com o apoio técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Danilo teve acesso ao programa Prospera, linha de crédito da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) voltada a produtores familiares. “Com o Prospera, o crédito se transforma em oportunidade. O programa impulsiona a produção, fortalece a independência dos produtores rurais e estimula um ciclo de crescimento que aquece a economia local e leva mais qualidade de vida ao campo”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes. O jovem produtor foi beneficiado pelo programa e já sente na prática os resultados desse apoio. “Procurei o crédito rural porque não tinha a quantia [de dinheiro] suficiente. Com o dinheiro que tinha guardado, consegui apenas montar o galpão e comprar comedouros. Por ser produtor rural, consegui um financiamento com juros mais baixos. O valor do crédito cobre os gastos até as galinhas começarem a produzir. Sem isso, não conseguiria manter a qualidade que preciso”, explica o jovem. Danilo Matsumoto: "O valor do crédito cobre os gastos até as galinhas começarem a produzir. Sem isso, não conseguiria manter a qualidade que preciso" | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Histórias como a de Danilo mostram como o crédito rural impulsiona a vida de produtores familiares. De janeiro a outubro deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) contratou R$ 8 milhões em crédito agrícola, com 143 projetos aprovados que fortalecem a produção em várias regiões. Desde 2019, já são R$ 63 milhões em 1.180 projetos orientados para o desenvolvimento da agricultura local. “Nós trabalhamos com diferentes linhas e bancos — BRB e outras instituições financeiras. O produtor escolhe a melhor opção com orientação técnica. Somos correspondentes bancários, então é como se o banco estivesse dentro do escritório da Emater”, detalha o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. A Emater oferece linhas de financiamento em instituições financeiras, além de manter equipes em 15 escritórios rurais para atender aos produtores | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo Duval, o primeiro passo para o produtor rural acessar o crédito é procurar um dos 15 escritórios da Emater espalhados pelas áreas rurais do DF. “Lá, ele encontra uma equipe completa, com agrônomos, veterinários e zootecnistas prontos para orientar. O técnico vai até a propriedade, avalia a atividade e indica a melhor linha de financiamento conforme a necessidade — seja para irrigação, energia solar, estufas, embalagens ou novos equipamentos”, explica. Além dos financiamentos federais, há também linhas locais. “O DF possui instrumentos próprios, como o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), e o Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedes-DF). São créditos rápidos e acessíveis, que podem chegar a R$ 150 mil, com juros baixos. O Prospera, por exemplo, é ideal para pequenos investimentos, como uma irrigação, um equipamento ou uma pequena estufa”, aponta Duval. Apoio completo ao produtor Para ter acesso ao crédito, o produtor precisa cumprir alguns requisitos, entre eles a regularização ambiental e cadastral Para ter acesso ao crédito, o produtor precisa cumprir alguns requisitos, entre eles a regularização ambiental e cadastral. “Não é só questão fiscal. O banco e a Emater também olham o lado ambiental. Se for um financiamento para irrigação, precisa da outorga de uso da água. Para determinadas atividades, é exigido o licenciamento simplificado, o DCAA, que a própria Emater ajuda a providenciar junto à Seagri”, afirma o presidente. Duval lembra que, além da assessoria técnica, a Emater oferece capacitações de gestão e empreendedorismo. “Temos o curso Empreender e Inovar, que ensina o produtor a separar os gastos familiares dos custos da atividade e a pensar o negócio com eficiência. Às vezes, ele descobre que pode economizar implantando uma irrigação mais eficiente, um sistema fotovoltaico ou uma embalagem melhor. Tudo isso é inovação — e sem inovação não há avanço na produção”, diz. Ciclo completo: crédito, produção e venda O presidente explica que o crédito rural está ligado a outros instrumentos de fortalecimento da agricultura familiar, como as compras governamentais. “O GDF é um grande comprador da agricultura familiar. A Secretaria de Educação, por exemplo, adquire alimentos para a merenda escolar pelo PNAE e pelo Papa. Então o produtor pega o crédito para investir, melhora a produção e já tem a quem vender. É um ciclo que garante renda e escoamento”, ressalta. Outro ponto destacado é o apoio à comercialização. “Há produtores que vendem em feiras, outros para restaurantes. Criamos até um aplicativo que funciona como uma vitrine virtual, conectando produtores e compradores. É uma espécie de ‘páginas amarelas’ da agricultura do DF. O restaurante, por exemplo, pode procurar ‘tomate’ e encontrar quem produz mais perto dele. Hoje, cerca de 400 produtores já estão cadastrados”, conta Duval. Transformação no campo Miguel Simões Oliveira contou com o apoio da Emater para a instalação de painéis solares e túnel de cultivo protegido na propriedade dele | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Para o produtor Miguel Simões Oliveira, da região de Ponte Alta, no Gama, o crédito rural foi decisivo para a modernização da propriedade. Com o apoio da Emater, ele contratou financiamentos para a instalação de painéis solares e túnel de cultivo protegido, reduzindo custos e aumentando a produtividade. “Com a energia solar, minha conta caiu de R$ 1.700 para cerca de R$ 44. Mesmo pagando o financiamento, ainda fico no lucro”, relata. A esposa de Miguel, Natalina Monteiro da Silva, reforça o papel da assistência técnica. “A Emater ajuda muito, orienta e acompanha. Foi com o trabalho no campo que conseguimos criar os filhos e formar um deles, que hoje é médico-veterinário”, conta. Extensão rural e segurança alimentar [LEIA_TAMBEM]Cleison Duval também destaca o papel da extensão rural na segurança alimentar e no fortalecimento da agricultura familiar. “A Emater existe em todos os estados do país com essa missão honrosa: servir aos agricultores e garantir a segurança alimentar da população. É um trabalho feito com propósito, com amor e compromisso. Nossa meta é fazer da área rural do DF o melhor lugar para se viver”, afirma. Segundo ele, o trabalho da empresa hoje se baseia em quatro dimensões: social, ambiental, econômica e de inovação tecnológica. “O Distrito Federal é campeão em produtividade de grãos e hortaliças porque utiliza tecnologia de ponta. Sem inovação, não há avanço. Por isso, a Emater atua desde a porteira para dentro — na produção — até a porteira para fora, ajudando na comercialização”, resume o presidente.
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Coleta de sementes auxilia na preservação do Cerrado
Uma equipe da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) acabou de retornar de uma expedição de quatro dias em Goiás (Goiânia, Anápolis, Abadiânia, Corumbá de Goiás, Pirenópolis e Jaraguá) em busca de frutos maduros para coleta de sementes. Periodicamente ocorrem expedições como essa com o intuito de resgatar as origens genéticas do bioma e semeá-las no meio urbano do Distrito Federal. O Departamento de Parques e Jardins da Diretoria das Cidades da Novacap, responsável pela coleta, enviou equipe com engenheiro florestal, técnico agrícola, encarregado de jardinagem e auxiliares de serviços gerais para percorrer a rota traçada pelos próprios funcionários da companhia há mais de 15 anos, devido à variedade de espécies. De acordo com o engenheiro florestal e assessor do Departamento de Parques e Jardins, Matheus Fuente, as expedições são importantes para o recolhimento de sementes mais sadias, ainda não expostas ao meio urbano e protegidas naturalmente contra fungos e bactérias em um ecossistema fechado. A ação auxilia na preservação do meio ambiente e na manutenção da biodiversidade do Centro-Oeste. “Acredito que sempre que fazemos essas expedições, estamos conservando e fortalecendo o bioma. E mais ainda, dando a identidade adequada para o clima e o local do meio urbano”, explica. Periodicamente ocorrem expedições como essa com o intuito de resgatar as origens genéticas do bioma e semeá-las no meio urbano do Distrito Federal | Foto: Divulgação/Novacap A expedição coletou 361,5 kg de 15 espécies: gonçalo alves, chichá-do-cerrado, palmeira guariroba, ipê amarelo, cabo de machado, banha-de-galinha, guatambu do cerrado, palmeira rabo de raposa, jenipapo, ingá colar, cagaiteira, jatobá-pitomba, jabuticabeira, amendoim do campo e cajuzinho do cerrado. Conforme explica Fuente, há diversos métodos de recolhimento, a depender da espécie em questão. Para algumas, basta apenas pegar os frutos no chão, como acontece com a cajuzinho do cerrado. No caso do ipê, as sementes são aladas, então é utilizada uma lona. Já em outras matrizes, é necessário o uso do podão, para corte de eventuais cachos. A atuação inicia-se na observação de possíveis indivíduos (árvores) com material de interesse. Em seguida, confirma-se a saúde e disponibilidade das sementes, para então afirmar o ponto de coleta. “O processo é longo e cada espécie tem sua peculiaridade. Após a coleta, elas vão para beneficiamento, armazenamento, semeadura e produção de mudas, para depois entrar no programa de arborização da Novacap”, esclarece Matheus. *Com informações Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)
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Aprovado estudo para dinamizar o uso e a ocupação do solo em Ceilândia
Por ampla maioria de votos, o Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) aprovou, nesta quinta-feira (6), o Estudo para Dinamização da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) em Ceilândia. A proposta prevê ajustes nas regras urbanísticas para incentivar a economia local, ampliando as atividades comerciais, de serviços e de moradia em cerca de três mil lotes da Região Administrativa (RA). O estudo foi elaborado pela equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) após visitas à região e escuta das demandas dos moradores e da Administração Regional de Ceilândia, como lembrou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Vaz. “Em razão do crescimento dos usos comerciais, principalmente nos lotes que atualmente são residenciais, há comércios efetivamente funcionando que precisam ser regularizados. A tônica do Estudo de Dinamização é essa, mas outros aspectos também foram abordados”, explicou Marcelo Vaz. “O objetivo é trazer benefícios à população”, ressaltou. Estudo foi elaborado pela equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) após visitas à região e escuta das demandas dos moradores e da Administração Regional de Ceilândia | Foto: Divulgação/Conplan Uma das principais medidas é a ampliação de uso em 2.100 lotes, que deixarão de ser exclusivamente residenciais para poder abrigar também outras atividades, como padarias, mercadinhos e salões de beleza — em geral, atividades comerciais e de serviços de pequeno porte. Já nos setores de Indústrias e de Material de Construção, 35 lotes poderão receber atividades complementares aos segmentos já existentes. Outros 500 lotes terão seus usos ampliados para poder ofertar novos produtos e serviços, como comércios varejistas e instituições de ensino de nível médio e superior, atendendo às demandas da comunidade recebidas pela Administração Regional de Ceilândia. Eles estão localizados em vias que comportam atividades econômicas de maior porte e incomodidade, mas sem prejudicar as residências próximas. “O objetivo é trazer benefícios à população” Marcelo Vaz, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF O estudo também prevê a possibilidade de uso residencial em 142 lotes da Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) do Centro Norte. Atualmente, é permitido apenas o uso comercial. Com a mudança, será possível construir moradias sobre as lojas, estimulando a ocupação mista formal. O documento serviu de base para a elaboração da minuta do Projeto de Lei Complementar (PLC), também aprovada pelo Conplan, que propõe as alterações na Lei Complementar nº 948/2019, que trata da Luos, para ajustá-la à análise técnica do estudo e à realidade da população de Ceilândia. Recomendações Relatora da matéria no Conplan, a representante da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Ana de Paula Fonseca, elogiou a importância da proposta por “verificar a vida real e como a cidade funciona” e fez recomendações ao estudo, acatadas pelo colegiado. Entre elas, está a de estender a dinamização para o Setor O, com a possibilidade de incluir atividades como o comércio atacadista. O representante do movimento Andar a Pé, Benny Schvarsberg, destacou a pertinência de atualizar o uso do solo em Ceilândia, “especialmente por possuir a maior população do DF e, com isso, viabilizar situações de regularização, sobretudo urbanística e edilícia”. Schvarsberg aproveitou a oportunidade para recomendar à Seduh a elaboração do Plano de Desenvolvimento Local (PDL) de Ceilândia — instrumento previsto no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) para detalhar e organizar ações específicas em cada região, conforme suas necessidades urbanas, ouvindo diretamente a população e os atores locais. Próximos passos A partir de agora, tanto o Estudo para Dinamização quanto a minuta do PLC serão encaminhados à Casa Civil do Distrito Federal. Em seguida, o Governo do Distrito Federal (GDF) enviará as propostas à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Além de Ceilândia, as regiões do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e do Guará também tiveram propostas de ajustes na Luos aprovadas no Conplan. Já Santa Maria e Lago Sul estão, desde junho, com as alterações na lei sancionadas pelo governador Ibaneis Rocha, para dinamizar as duas regiões. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação
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Servidora da PGDF publica artigos sobre a COP-30 em revista científica
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Edital de R$ 3,8 milhões prevê manutenção e monitoramento de áreas em recuperação no Cerrado
O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) e do Fundo Único do Meio Ambiente (Funam-DF), lançou o Edital de Chamamento Público Recupera Cerrado II: Monitoramento e Gestão Adaptativa de Áreas em Recuperação, que selecionará uma organização da sociedade civil (OSC) para atuar, em parceria com o governo, na manutenção, monitoramento e enriquecimento de 218,35 hectares de áreas em processo de recuperação no Distrito Federal. O novo edital une técnica, planejamento e responsabilidade ambiental | Fotos: Divulgação/Sema-DF O investimento total previsto é de R$ 3,8 milhões, com execução em 18 meses, prorrogável por igual período. Os recursos são provenientes da compensação florestal, fonte vinculada ao Funam. Desde 2019, o GDF, por meio da Sema e do Instituto Brasília Ambiental, vem conduzindo uma série de ações de restauração ecológica em áreas degradadas do Cerrado, especialmente nas margens do Lago Paranoá e em unidades de conservação. Entre os projetos já executados destacam-se: 75 hectares implantados na Orla Sul do Lago Paranoá, financiados pelo Funam-DF; 40 hectares implantados na Orla Norte, em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro e a Fundação Banco do Brasil; 171 hectares adicionais implantados em parques e unidades de conservação, com apoio da empresa Cargill e do Instituto Perene; 21 hectares implantados por meio do projeto CITinova, com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) Com essas iniciativas, o Governo do Distrito Federal já acompanha mais de 307 hectares de Cerrado em processo de recomposição desde 2019. "A recuperação do Cerrado exige tempo, cuidado e compromisso" Gutemberg Gomes, secretário do Meio Ambiente “A recuperação do Cerrado exige tempo, cuidado e compromisso. Com este edital, o GDF garante que os investimentos feitos até agora não se percam e que as áreas continuem se desenvolvendo. É uma ação que une técnica, planejamento e responsabilidade ambiental”, destacou o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. O edital prevê a manutenção das áreas de plantio com irrigação, adubação, controle de espécies invasoras e reposição de mudas, além do enriquecimento vegetal com novas espécies nativas do Cerrado. Também estão previstas ações de monitoramento técnico, de acordo com o Protocolo de Recomposição da Vegetação Nativa do Brasília Ambiental, e atividades de educação ambiental com estudantes da rede pública e comunidades vizinhas às áreas beneficiadas. As ações deverão ocorrer em 42 polígonos distribuídos nas Orlas Sul e Norte do Lago Paranoá, Parques Ecológicos Ermida Dom Bosco, das Garças, Garça Branca, Copaíbas, Veredinha, Águas Claras, Riacho Fundo e Paranoá, além das Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ARIEs) do Riacho Fundo e Paranoá Sul, e da Região Administrativa de Brazlândia. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, ressaltou que o edital reafirma o compromisso do GDF com a preservação do bioma e a melhoria da qualidade ambiental no DF. “O Cerrado é o berço das águas do Brasil e precisa ser protegido. Essa iniciativa mostra que o nosso governo tem uma visão de futuro, que alia desenvolvimento, conservação ambiental e qualidade de vida para a população”, afirmou Celina. As ações deverão ocorrer em pontos como as orlas Sul e Norte do Lago Paranoá e o Parque Ecológico Ermida Dom Bosco [LEIA_TAMBEM]Poderão participar do chamamento organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, com no mínimo cinco anos de existência e experiência comprovada em projetos de recuperação de vegetação nativa no bioma Cerrado. O prazo para envio das propostas será de 40 dias após a publicação do edital no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). As propostas deverão ser encaminhadas conforme as orientações disponíveis no site www.sema.df.gov.br, e dúvidas poderão ser enviadas para o e-mail funam@sema.df.gov.br. Para esclarecer dúvidas, será realizada uma oficina sobre o edital no dia 19 de novembro, às 9h30, no auditório da Sema (SEPN CRN 511, Ed. Bittar III – Bloco B, 2º andar). O resultado provisório será divulgado até 10 dias úteis após o encerramento das inscrições, seguido de prazo recursal de 5 dias corridos. O resultado final será publicado em até 10 dias após a análise dos recursos. “Com ações integradas, o GDF mostra que a preservação do Cerrado é uma prioridade de governo. Estamos fortalecendo políticas públicas que fazem diferença na vida das pessoas e garantem um futuro mais verde e equilibrado para o DF”, concluiu o secretário Gutemberg Gomes. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do DF
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Novembro Azul: Caminhões de coleta de lixo rodam Brasília com mensagens de conscientização
Durante todo o mês de novembro, caminhões de coleta de resíduos do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) estarão circulando no Distrito Federal com a cor azul, para lembrar da importância do cuidado com a saúde do homem. Como parte da campanha Novembro Azul, em mais um ano, a ação do SLU será feita por meio da adesivagem de alguns veículos, com mensagem que chama a atenção para a prevenção do câncer de próstata. Servidores do SLU se engajam na campanha do Novembro Azul para ampliar a rede de conscientização | Foto: Divulgação/SLU A iniciativa tem o objetivo de reforçar a importância do autocuidado. “Todos os anos, o SLU demonstra essa sensibilidade e utiliza os caminhões coletores como verdadeiros outdoors para ampliar essa mensagem de conscientização”, explica o diretor-presidente do SLU, Luiz Felipe Carvalho. [LEIA_TAMBEM]Os motoristas desses caminhões azuis, como José Oliveira, também participam da campanha trocando seu uniforme laranja pelo azul, demonstrando o apoio à prevenção. “Na nossa vida, se a gente não tiver saúde, a gente não tem nada, né?”, comenta ele. “A importância do Novembro Azul é para a gente se prevenir, para não acontecer algo pior, porque quando a gente não se previne antes, as consequências chegam depois”. Já o motorista José Carlos Alves de Souza é um exemplo para outros homens que têm receio do acompanhamento médico para prevenir o câncer de próstata. “Eu faço exames periódicos a cada seis meses”, conta. “A empresa fornece para a gente. Além disso, eu me cuido também, me alimentando, dormindo bem e evitando o consumo de álcool. São maneiras de cuidar da saúde”. Outro funcionário que é a favor da prevenção do câncer de próstata é Carlos Alberto Ferreira. Para ele, os homens têm muito a aprender com as mulheres, no que diz respeito ao cuidado à saúde. “Os homens, no geral, são mais desleixados, mas não temos mais desculpas para não cuidar da nossa própria saúde”, aponta. “Você faz um exame de sangue rapidinho. Só se houver algum problema é que você vai fazer outros exames. É importante e é necessário fazer uma vez por ano, pelo menos”. *Com informações do SLU
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Mulheres do DF transformam talento em oportunidade no 20º Salão do Artesanato
No colorido dos fios, nas tramas do crochê e nos detalhes de cada bordado, a criatividade e a força de mulheres do Distrito Federal ganham forma e significado no 20º Salão do Artesanato do DF. A abertura ocorreu nesta quarta-feira (5), com a presença de autoridades de diversos estados do Brasil. Com portas abertas para o público até 9 de novembro, o Pavilhão do Parque da Cidade se transforma em um grande palco da cultura popular, neste ano o evento traz o tema Raízes Brasileiras, e reúne artistas e artesãs de todo o país. No estande da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF), 40 empreendedoras selecionadas pelo projeto Cerrado Feminino encantam o público com produtos que unem talento, tradição e identidade. No local é possível encontrar biojoias, bolsas, bonecas, bordados, costura criativa, crochê e peças de decoração — criações que carregam histórias de vida e representam o empreendedorismo feminino e a independência econômica das artesãs e manualistas. “Brasília se transforma em uma vitrine viva da criatividade brasileira. Ver essas mulheres conquistando novos espaços e levando a arte do DF para o mundo é motivo de orgulho. O Salão celebra a nossa identidade e reforça o poder da arte como instrumento de transformação social”, ressaltou Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal. No estande da SMDF, 40 empreendedoras selecionadas pelo projeto Cerrado Feminino encantam o público com produtos que unem talento, tradição e identidade | Foto: Divulgação/SMDF O evento, que conta com o apoio do Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Turismo (Setur), celebra a diversidade cultural do país e o talento de quem faz arte com as próprias mãos. A programação inclui oficinas de artesanato e gastronomia, apresentações musicais, praça de alimentação, brinquedoteca e áreas de descanso, reunindo famílias e visitantes de todas as idades. Giselle Ferreira, secretária da Mulher, destaca que o Salão do Artesanato é mais do que um espaço de exposição, é um símbolo de fortalecimento e reconhecimento das mulheres do DF. “É inspirador ver tantas mulheres mostrando sua arte e sua força em um evento dessa dimensão. O artesanato é uma forma de expressão que transforma vidas, gera renda e promove autonomia. Cada peça aqui conta uma história de superação e de amor pelo que se faz”, afirmou. Para as expositoras o evento representa também um espaço de aprendizado, troca e valorização. “Estou adorando fazer parte desse projeto. Ele vem mudando a minha vida, o meu modo de pensar e de agir. O Cerrado Feminino não é só um espaço de vendas, é também uma oportunidade de fazer contatos, divulgar nosso trabalho e criar novas possibilidades. Às vezes a gente não vende hoje, mas faz uma conexão que garante a venda de amanhã e isso, para mim, tem sido muito importante”, contou Rosimeire da Silva Jesus, mãe de três filhos, moradora de Ceilândia. Um marco O estande da SMDF, no 20º Salão do Artesanato, traz de forma cristalina o resultado do trabalho realizado ao oferecer oportunidades para mulheres de todo o DF com capacitações e projetos que valorizam o empreendedorismo. A Pasta investe continuamente em ações de apoio ao empreendedorismo feminino, com capacitações técnicas, parcerias institucionais para fomentar o acesso ao crédito e ampliar a qualificação. Também oferece espaços de acolhimento e orientação para negócios, assistência às mulheres e programas de inserção no mercado de trabalho, com foco na elaboração de currículos, redes de apoio e empregabilidade. A artesã dedicada à costura criativa, Michele Almeida, moradora de Sobradinho e mãe de três filhos expõe bolsas, mochilas e necessaires no estande da SMDF, e vê a oportunidade como forma de crescimento e reconhecimento. “Estou muito feliz por participar deste momento. Só quem é artesã e manualista sabe o valor que é estar em uma feira tão representativa para o nosso trabalho. Essa chance oferecida pela Secretaria da Mulher é transformadora. Além da visibilidade, ainda temos acesso a cursos de aperfeiçoamento em costura criativa, e eu já me inscrevi para aprimorar minhas peças, os acabamentos e até a parte de logística. Só tenho a agradecer por esse incentivo e por acreditarem no nosso talento”, contou Michele. *Com informações da Secretaria de Mulher do Distrito Federal (SMDF)
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Câncer bucal: Saúde alerta sobre importância do diagnóstico precoce
Pode começar com algo simples: uma ferida que não cicatriza, uma mancha discreta ou uma dor que parece inofensiva. Mas por trás desses sinais sutis pode estar uma das doenças mais comuns e perigosas da cavidade oral: o câncer bucal. Na semana nacional de prevenção desse tipo de neoplasia, a Secretaria de Saúde (SES-DF) chama a atenção para o diagnóstico precoce. O tabagismo é um dos fatores de risco que podem provocar câncer | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O alerta da pasta não vem à toa: a doença é o oitavo câncer mais frequente no país e o quinto mais comum entre os homens, podendo atingir mais de 15 mil brasileiros até o fim deste ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). No Distrito Federal, a estimativa é de cerca de 50 novos casos no mesmo período. Porém, se detectado cedo, o câncer bucal tem altas chances de cura, chegando a 90%. O atraso no diagnóstico, contudo, torna o tratamento mais invasivo. O índice de óbito ainda é considerado alto — de 43% a 45%. Sinais de alerta “No início, o câncer costuma ser indolor e muitas vezes é confundido com uma afta. A diferença é que a afta dói e desaparece, enquanto a lesão cancerígena é assintomática no início” Eliziário Leitão, cirurgião-dentista A identificação do câncer é feita por exame clínico e biópsia da área suspeita. O autoexame também é importante. “Observe a boca no espelho e procure alterações na língua, gengiva, bochechas e lábios; se algo parecer diferente, é fundamental procurar um dentista”, orienta o cirurgião-dentista Eliziário Leitão. Feridas que não cicatrizam em até 21 dias, manchas brancas ou avermelhadas e alterações persistentes na mucosa bucal exigem atenção. “No início, o câncer costuma ser indolor e muitas vezes é confundido com uma afta”, detalha o especialista. “A diferença é que a afta dói e desaparece, enquanto a lesão cancerígena é assintomática no início”. Fatores de risco O tabagismo e o consumo abusivo de álcool continuam sendo os maiores vilões. Segundo Leitão, o perfil mais comum é o de fumantes crônicos. “Aproximadamente 93% dos pacientes diagnosticados são fumantes, e o risco aumenta em até 30 vezes quando o cigarro é combinado com bebidas destiladas, como a cachaça”, adverte. [LEIA_TAMBEM]A exposição solar sem proteção também representa ameaça, especialmente para quem trabalha ao ar livre. Outro fator que preocupa os especialistas é o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês). “Os mesmos subtipos do HPV que provocam câncer na região genital estão aparecendo na cavidade oral, transmitidos pelo sexo oral sem proteção, principalmente entre os mais jovens”, explica o cirurgião-dentista. Tratamento O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento gratuitos. O paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência onde será avaliado. Em seguida, o usuário pode ser encaminhado para um dos 14 centros de especialidade odontológica (CEOs) do DF para diagnóstico clínico e biópsia. Se confirmada a doença, o tratamento inclui a cirurgia para retirada do tumor, normalmente seguida de radioterapia. Conscientização Criada em 2015 pela Lei nº 13.230, a Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal é celebrada anualmente na primeira semana de novembro e reforça a importância de ações profiláticas. “A prevenção é o maior desafio”, lembra Eliziário Leitão. “Muitas pessoas desconhecem a possibilidade de câncer na boca, e é fundamental informar a população sobre a existência e a agressividade dessa doença tanto no físico quanto no mental”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Plataforma desenvolvida com apoio da FAPDF utiliza inteligência artificial e drones no combate a espécies invasoras do Cerrado
A expansão de espécies daninhas é um dos maiores desafios para a agricultura moderna. No Cerrado, bioma que abriga parte significativa da produção de grãos do país, o avanço do Amaranthus palmeri, popularmente conhecido como caruru-palmeri, tem preocupado agricultores e pesquisadores por provocar perdas milionárias na produtividade de soja e algodão. Com fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), o professor Edilson de Souza Bias, do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), coordena o desenvolvimento de uma plataforma de código aberto integrada a ferramentas de inteligência artificial (IA) voltada à identificação automática de plantas invasoras. A iniciativa é resultado do edital Agro Learning (2023) e envolve parceria do Laboratório de Visão Computacional da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Pesquisadores durante missão de mapeamento agrícola em Sapezal (MT), com drone DJI Matrice 300 RTK | Fotos: Divulgação/FAPDF Tecnologia e precisão no campo O projeto começou a ser idealizado em 2018, mas ganhou força em 2023, quando a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri-DF) alertou para o risco da chegada do caruru-palmeri à região. As primeiras análises foram conduzidas no município de Sapezal (MT), onde a infestação já havia provocado prejuízos de até US$ 18,5 milhões em fazendas de soja e algodão. Utilizando drones equipados com sensores de alta resolução (GSD de 2,5 cm, ou seja, capazes de registrar detalhes de até 2,5 centímetros por pixel), a equipe desenvolveu um modelo de aprendizado profundo (deep learning), técnica de inteligência artificial que ensina o sistema a reconhecer padrões visuais a partir de grandes volumes de imagens, alcançando 96% de precisão na identificação das plantas invasoras. Equipe do projeto durante atividades de campo em Mato Grosso O modelo foi construído a partir de milhares de imagens aéreas captadas por aeronaves não tripuladas de mapeamento profissional, em especial um drone DJI Matrice 300 RTK, equipamento de alto desempenho usado em levantamentos topográficos e agrícolas de precisão. O drone foi acoplado a sensores RGB, multiespectral, termal e LiDAR (Light Detection and Ranging, ou Detecção e Medição da Luz), que emitem pulsos de laser para medir o tempo de retorno das reflexões e criar modelos tridimensionais da vegetação e do relevo. Essa combinação de sensores permite capturar diferentes tipos de informação — desde a cor e textura até o calor e a estrutura das plantas. Em campo, a equipe avaliou a resposta de cada sensor para definir quais apresentavam maior eficiência na detecção da espécie Amaranthus palmeri. Esse conjunto tecnológico utiliza o sistema RTK (Real Time Kinematic), que faz correções em tempo real no posicionamento do drone e garante precisão centimétrica — requisito essencial para diferenciar espécies semelhantes em meio às lavouras. O sistema RTK faz correções em tempo real no posicionamento do drone e garante precisão centimétrica [LEIA_TAMBEM]As imagens passaram por testes de altura de voo e resolução para definir o ponto ideal entre abrangência e detalhamento. Com os dados ajustados, a equipe treinou uma rede neural profunda — estrutura computacional inspirada no funcionamento do cérebro humano — que aprendeu a distinguir automaticamente as plantas invasoras com base em padrões sutis de cor, textura e formato. Foram testadas diferentes arquiteturas de redes, como U-Net, ResU-Net e DeepLabv3+, para alcançar o melhor desempenho na segmentação das imagens. Além do Amaranthus palmeri, a equipe também identificou e mapeou o Amaranthus híbrido, uma variante igualmente resistente aos herbicidas e de difícil controle nas lavouras. O processo contou com a participação de bolsistas de graduação e pós-doutorado da UnB, responsáveis pela coleta de dados e pelo treinamento do algoritmo. O resultado é um sistema capaz de processar imagens de diferentes drones e gerar coordenadas geográficas precisas das áreas afetadas. “A plataforma de código aberto já está pronta e será aplicada no DF como fase final do projeto. O objetivo é permitir que a Seagri utilize a ferramenta para identificar e mapear as áreas afetadas de forma rápida e precisa”, explica o professor Edilson Bias. O projeto conta com bolsistas de graduação e pós-doutorado da UnB e mantém colaboração com o Laboratório de Visão Computacional da PUC-Rio, coordenado pelos professores Raul Feitosa e Gilson Alexandre, referências nacionais em IA aplicada. *Com informações da FAPDF
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