Festival de Brasília abre programação especial dos 60 anos com filme que pode representar o Brasil no Oscar
Noite de gala para celebrar os 60 anos da mais tradicional e longeva mostra de cinema do país. A 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) começou na noite desta sexta-feira (12), com exibição do longa O Agente Secreto, que pode representar o Brasil na disputa do Oscar. A edição deste ano é a maior da história. Serão nove dias de programação, com um longa a mais na Mostra Competitiva Nacional e outro na Mostra Brasília (confira a programação completa aqui). “Esses 60 anos são marcantes, o Festival de Brasília tem uma influência muito grande no cinema brasileiro, desde o Cinema Novo. Isso não é para qualquer festival, é motivo de muito orgulho, é uma edição especialíssima e que a gente tem não só o otimismo, mas uma certeza de que vai ser um grande festival, dos maiores do país e talvez uma das melhores edições do nosso Festival de Brasília”, destacou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. “A gente tem um Cine Brasília restaurado, extremamente potente, bem estruturado, com um contrato de gestão duradouro que permite a gente ter aqui uma política pública de acesso ao cinema muito bem alicerçada. Ao mesmo tempo, a gente também conseguiu transferir isso para o festival. A gente tem um festival hoje em que não há mais aquelas incógnitas, a gente consegue programá-lo. Então, isso mostra o zelo que se tem e o respeito que se tem por esse ativo cultural tão poderoso que é o cinema brasileiro”, acrescentou o secretário, que já anunciou a data da próxima edição do FBCB: 11 a 19 de setembro de 2026. A 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) começou na noite desta sexta-feira (12), com exibição do longa O Agente Secreto | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Maior da história, a edição de 2025 também aposta na descentralização. Além de ocupar sua tradicional casa, o Cine Brasília, estão marcadas exibições para Planaltina, Gama e Ceilândia. “A gente está com a programação do Festivalzinho, da Mostra Brasil e da Mostra Competitiva Nacional descentralizada, entre os pontos Sesc [Gama e Ceilândia] e o Complexo Cultural de Planaltina. Os pontos também recebem votação de júri popular para todo mundo poder assistir o filme e se envolver nessa dinâmica de premiar a obra mais aclamada pelo público”, enfatizou Sara Rocha, diretora-geral do Cine Brasília e do FBCB. O público fez fila para acompanhar a sessão de abertura. Uma das espectadoras era a designer Maria Clara Freitas. “É um dos festivais mais antigos do país, tem uma importância muito grande, e eu acho que é muito bonito ver que o Brasil reconhece a importância do Festival de Brasília”, comemorou. A especialista de relações governamentais Débora Luna foi outra a acompanhar o primeiro filme. E já revelou estar ansiosa para os demais dias de programação do FBCB: “É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Mas é super legal, porque Brasília tem muito espaço para a arte, para o cinema. Então, tem muita coisa para ver, é difícil até se planejar, mas já quero ver algumas coisas nos próximos dias”. Já o arquiteto João Augusto celebrou o fato de o festival e o Cine Brasília receberem uma das estreias do filme, que tem se destacado no circuito internacional. “Tem um significado especial para mim, porque eu sou daqui. Mas também porque faz parte de uma longa tradição, boa parte da cultura nacional, dos principais filmes, foram lançados aqui, grandes artistas. Então, acho que é mais um componente histórico que contribui para o sucesso de hoje.” O arquiteto João Augusto celebrou o fato de o festival e o Cine Brasília receberem a estreia do filme, que tem se destacado no circuito internacional Ao longo da programação, que termina no domingo (21), serão oferecidos ainda debates e oficinas abertos ao público. No Cine Brasília, os espectadores também têm à disposição apresentações musicais, feirinha de artesanato e estandes com lanchonetes. O Agente Secreto O novo filme do cineasta Kleber Mendonça Filho vem encantando plateias ao redor do mundo. O longa faturou dois prêmios no Festival de Cannes, na França: Melhor Diretor e Melhor Ator para o protagonista, Wagner Moura. Agora, ele está entre os postulantes a defender o título do Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2026. O selecionado será anunciado na próxima segunda-feira (15). “O Festival de Brasília faz parte da minha formação como pessoa e como alguém que trabalha com o cinema. Eu comecei a vir aqui como jornalista e crítico, depois eu comecei a exibir meus curtas aqui. Mas eu não deixei de observar que O Agente Secreto vai estar abrindo a edição de 60 anos do festival e, para mim, é uma honra, é incrível estar aqui e a experiência coletiva de ver um filme no Cine Brasília é uma das melhores que existem no mundo. Exibir aqui é sensacional, é um dos meus cinemas preferidos no mundo”, exaltou o diretor, que já venceu um Candango, de Melhor Curta, em 2009, por Recife Frio. “O cinema brasileiro hoje está em um período muito fértil, todo o mundo está vendo e isso é muito prazeroso, esse reconhecimento é muito bom, mas o principal para mim é o próprio povo brasileiro começar a amar o cinema brasileiro. Tudo isso que vem acontecendo nos últimos anos é algo que tem transformado a autoestima do povo brasileiro em relação à sua produção cinematográfica. E esse florescimento tão bonito é fruto de décadas, de muita gente, de muitos profissionais que vêm aí lutando para pavimentar esse caminho. Então, nós temos que celebrar pensando nessa grande linhagem de profissionais do audiovisual que vêm construindo esse caminho para a gente estar aqui hoje celebrando 60 anos deste festival. São ativos culturais, equipamentos culturais potentes, que a gente tem que lutar para que continuem existindo fortes”, emendou a atriz Maria Fernanda Cândido. Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, estão em andamento os trâmites para a construção de um anexo do Cine Brasília Haverá uma nova exibição do longa no Cine Brasília neste sábado (13), às 10h, seguida de um debate com o diretor e o elenco. Os ingressos, porém, já estão esgotados. Festival Criado em 1965, como Semana do Cinema Brasileiro, o FBCB chega aos 60 anos como a mais longeva mostra do país. O fato de esta ser a 58ª edição ao longo de seis décadas se dá em razão de um hiato de dois anos em meio à ditadura militar — na pandemia, o festival foi feito de forma remota. Neste ano, a mostra homenageia a atriz Fernanda Montenegro, que completa 80 anos de carreira. Mas não faltarão honrarias ao legado do cineasta Vladimir Carvalho. Morto em novembro do ano passado, o ex-professor da Universidade de Brasília (UnB) foi figura marcante na história do FBCB e, hoje, dá nome à sala de exibições do Cine Brasília. “As homenagens são muito importantes. A Fernanda Montenegro, por exemplo, tem essa característica primeiro de ser uma unanimidade nacional, mas ela foi ganhadora do prêmio de Melhor Atriz da primeira edição, em 1965. E está aí viva, plenamente produzindo, tem filmes e peças novas. Então, é uma pessoa que não só tem uma história consolidada, como está aí viva no seu auge de produtividade, mesmo na idade dela. Essas homenagens todas ajudam a fortalecer o festival, que é um festival com história e com tradição”, apontou o diretor artístico do FBCB, Eduardo Valente. A atriz Maria Fernanda Cândido: “O cinema brasileiro hoje está em um período muito fértil, todo o mundo está vendo e isso é muito prazeroso" Cine Brasília Casa do FBCB, o Cine Brasília foi o primeiro equipamento público cultural da cidade, aberto em 22 de abril de 1960, um dia depois da inauguração de Brasília. Hoje, é o único cinema de rua do Distrito Federal, além de ser a maior sala de cinema do Brasil em atividade, com capacidade para atender 620 pessoas. Nos últimos anos, ele recebeu reformas que melhoraram o espaço e trouxeram mais tecnologia, acessibilidade e conforto, e ampliou o acesso ao público, com programação ampla, regular e acessível definida por uma gestão compartilhada entre o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), e uma organização da sociedade civil (OSC). Agora, se prepara para ganhar um anexo, que constava no projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer. Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, estão em andamento os trâmites para a construção do prédio, que poderá, inclusive, abrigar o acervo do cineasta Vladimir Carvalho. “É um trabalho que está sendo feito, a gente já detectou que o Cine Brasília merece um anexo e na sua originalidade se previa um anexo aqui. O lote já está separado, nós estabelecemos um acordo de cooperação técnica com o IAB [Instituto Arquitetos do Brasil], uma instituição muito respeitada e em breve essa instituição lançará o edital para selecionar o projeto arquitetônico do anexo do Cine Brasília. Isso é algo para já, a gente já vai deixar em breve esse legado também”, contou Abrantes.
Ler mais...
Planejamento define prioridades em plenária no parque Ecológico Três Meninas
Ler mais...
Jovem vive dia de empresária de sucesso pelo Projeto Meninas em Ação
Das salas do Centro de Ensino Médio Integrado (CEMI), no Gama (DF), para uma agenda cheia de compromissos no mundo corporativo, a estudante Ana Júlia Justino, 17 anos, viveu um dia inesquecível ao acompanhar a rotina da empresária Janete Vaz, cofundadora do Grupo Sabin. A experiência fez parte do programa Meninas em Ação, do Governo do Distrito Federal (GDF), lançado em março deste ano — em celebração ao Dia Internacional da Mulher — com o objetivo de promover o empoderamento feminino e abrir caminhos para que jovens da rede pública ocupem espaços de liderança. Ana Júlia passou mais de 10 horas ao lado da executiva Janete Vaz | Foto: Divulgação/Grupo Sabin Selecionada pelos professores da escola, Ana Júlia passou mais de 10 horas ao lado da executiva, participando de um encontro com mulheres engajadas em causas femininas, visitas guiadas a unidades de atendimento ao cliente e setores administrativos e técnicos na sede nacional da empresa, em Brasília. “Fiquei impressionada em ver tantas mulheres em espaços que costumam ser dominados por homens. Isso expandiu a minha visão e mudou muito minha forma de pensar sobre carreira”, contou. Com planos de prestar vestibular para Engenharia, a estudante afirma que a vivência abriu novas possibilidades. “Sempre achei que empreender não era para mim, nunca dei muita atenção a isso. Mas depois de ver de perto a trajetória da Janete, comecei a considerar aprimorar minhas habilidades e até sonhar em chegar, algum dia, a um nível parecido com o dela.” Oportunidade Instituído pelo GDF, o programa é uma iniciativa da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter-DF) em parceria com as secretarias da Mulher (SMDF), de Educação (SEEDF) e de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), com foco no empoderamento feminino. De acordo com o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto, a recepção das estudantes pelas líderes é uma ação que, por mais que pareça simples, tem grande impacto na vida das meninas. “O programa vem com a ideia de promover esse empoderamento para as meninas, ainda antes da fase adulta. Assim, elas despertam o senso crítico, compartilham experiências, e percebem que existe a possibilidade de alcançarem cargos de liderança”, ressalta Paco. “É relevante despertar o sentimento de pertencimento a esses cargos nas estudantes para que se sintam representadas e vejam que é possível alcançá-los”, conclui. Para a presidente do Conselho de Administração do Grupo Sabin, Janete Vaz, receber jovens como Ana Júlia é uma oportunidade de mostrar na prática que o futuro pode e deve ser construído com diversidade. “Queremos que as meninas percebam que não há limites até onde elas podem chegar. Ver o brilho nos olhos delas é o maior retorno”, afirma a executiva. “Fiquei impressionada em ver tantas mulheres em espaços que costumam ser dominados por homens. Isso expandiu a minha visão e mudou muito minha forma de pensar sobre carreira" Ana Júlia Justino, estudante Atualmente, 77% dos colaboradores do Sabin são mulheres e 74% dos cargos de liderança são exercidos por elas. O Sabin atua em iniciativas que incentivam o protagonismo e a liderança feminina e foi a primeira empresa da América Latina a integrar o Pacto Global da ONU, em 2007, no qual se comprometeu com os 7 Princípios de Empoderamento das Mulheres, estabelecidos pela ONU Mulheres. Além disso, apoia movimentos como Elas Lideram 2030, que reúne 1.500 empresas comprometidas com a mesma causa, o Movimento Mulher 360, que estimula a ampliação da presença feminina nas empresas, e o WeConnect, que estimula o empreendedorismo feminino, entre outros. O programa O Meninas em Ação começou como projeto-piloto em três escolas — CEM 01 de Planaltina, o Cemi do Gama e o Cemso do Plano Piloto —, selecionando 30 alunas para passarem um dia acompanhando autoridades do setor público, missões diplomáticas e lideranças empresariais. O roteiro inclui recepção oficial, participação em reuniões, atividades práticas, almoço com a equipe e, ao final, um momento de reflexão e planejamento futuro. O programa é inspirado no movimento internacional #GirlsTakeover, criado em 2016 pela Plan International, e tem alinhamento direto com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 5, que trata da igualdade de gênero. Programa é uma iniciativa da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter) em parceria com as secretarias da Mulher (SMDF), de Educação (SEEDF) e de Justiça e Cidadania (Sejus), com foco no empoderamento feminino Em abril, o governador Ibaneis Rocha oficializou, por meio do Decreto nº 47.081, que o projeto passaria, a partir daquele momento, a ser um programa de governo voltado para o empoderamento feminino e a promoção da igualdade de gênero na rede pública de ensino. O ciclo 2025 do Meninas em Ação seguirá até outubro, quando será realizado um evento de encerramento com a entrega de certificados às participantes e o lançamento da edição de 2026. *Com informações da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter)
Ler mais...
Em seminário, GDF destaca protagonismo da capital no combate ao analfabetismo
Ainda que o Distrito Federal alcance índices de alfabetização de destaque nacional, a Secretaria de Educação do DF (SEEDF) acompanha de perto as políticas e projetos que visam a intensificação de ações para superar o analfabetismo e fortalecer a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nesta semana, na última quarta-feira (10), a Pasta participou do Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos: 1º Ano do Pacto pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos (Pacto EJA), promovido pelo Ministério da Educação (MEC). O encontro aconteceu no Centro de Formação e Desenvolvimento dos Trabalhadores em Educação do MEC (Cetremec), em Brasília. O objetivo foi avaliar os resultados do primeiro ano de implementação do pacto. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, participou do seminário e ressaltou o papel da capital no enfrentamento ao analfabetismo. "O DF assumiu o compromisso de se tornar livre do analfabetismo e já alcança índices de destaque nacional. Foi fundamental valorizar os profissionais da EJA, ampliar as oportunidades de estudo e investir em políticas públicas integradas para que cada cidadão tivesse acesso ao direito de aprender”, afirmou. No encontro, Hélvia representou o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Ela destacou a importância da parceria entre União, estados, DF e municípios para enfrentar o desafio do analfabetismo. “O pacto só alcança resultados concretos porque é construído coletivamente. A atuação conjunta dos sistemas de ensino e o diálogo permanente com MEC é fundamental para transformar a realidade da EJA em todo o país”, afirmou. A secretária de Educação do Distrito Federal (SEEDF), Hélvia Paranaguá, participou do seminário e ressaltou o papel da capital no enfrentamento ao analfabetismo | Foto: Mary Leal/Ascom SEEDF Programas e avanços nos indicadores no DF De acordo com o Censo Demográfico do IBGE, em 2022, o DF apresentou o segundo menor índice de analfabetismo do país. Já a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) mostra que o percentual de pessoas sem escolaridade caiu de 4,2% em 2021 para 1,5% em 2024, resultado direto das políticas públicas voltadas à EJA. Atualmente, 106 escolas da rede pública oferecem turmas da modalidade. Entre as principais iniciativas está o Programa DF Alfabetizado, que oferece bolsas para alfabetizadores e coordenadores, reconhecendo o papel dos educadores populares. A SEEDF também aderiu ao Programa Brasil Alfabetizado e desenvolve ações como o Pé-de-Meia da EJA, que apoia financeiramente estudantes em situação de vulnerabilidade, e o PNLD EJA, que garante material didático adequado para essa modalidade. Visitação e Mostra do Pacto EJA, parte da programação do Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos: 1º Ano do Pacto EJA "O DF assumiu o compromisso de se tornar livre do analfabetismo e já alcança índices de destaque nacional. Foi fundamental valorizar os profissionais da EJA, ampliar as oportunidades de estudo e investir em políticas públicas integradas para que cada cidadão tivesse acesso ao direito de aprender” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação do DF Outro destaque é o ProfsEJA, programa de formação continuada em serviço, que já conta com mais de 2,8 mil cursistas em 2025, entre professores, coordenadores, gestores e educadores populares. “Valorizar os profissionais que atuam na EJA é fundamental para assegurar qualidade no processo de ensino e aprendizagem”, afirma a diretora da Educação de Jovens e Adultos da SEEDF, Lilian Sena. A política da SEEDF também contempla públicos historicamente excluídos, como pessoas privadas de liberdade, população em situação de rua e estudantes de unidades de acolhimento. Apenas no sistema prisional, a oferta da EJA cresceu 678% entre 2021 e 2024, com 148 turmas e mais de 2 mil atendimentos. Além disso, um projeto-piloto de EJA a distância busca ampliar o alcance da modalidade. Estudo inédito e materiais didáticos Durante o evento do MEC, houve o lançamento dos Cadernos EJA para o ensino médio, em parceria com a Unesco, e da série de vídeos “E aí professora”, produzida pela Fundação Roberto Marinho e pelo Canal Futura. Outro destaque foi a apresentação da pesquisa inédita “Retorno Econômico da Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos no Brasil”, que demonstrou como a escolarização de jovens, adultos e idosos impacta diretamente a economia e a inclusão social do país. A secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC), Zara Figueiredo, destacou a relevância dos materiais lançados para fortalecer a EJA em todo o país. “Esses cadernos são recursos que potencializam o trabalho em sala de aula, ao oferecer esse suporte e contribuir para uma formação mais qualificada”, afirmou. O estudo econômico apresentado pelo MEC foi encomendado em parceria com a Unesco, que fez um mapeamento dos impactos da EJA na vida dos alunos. “Hoje também lançamos, com exclusividade, um estudo sobre o retorno econômico da EJA, elaborado pela pesquisadora Fabiana de Felício, da FGV, mostrando o impacto positivo da alfabetização e da conclusão da EJA sobre a renda e a inserção no mercado de trabalho”, completou Zara. *Com informações da Secretaria de Educação
Ler mais...
DF terá mais de 50 locais de vacinação neste sábado
Sábado (13) é dia de colocar a vacinação em dia. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) terá 54 locais de atendimento para pessoas de todas as idades. Destaque para Ceilândia, onde haverá equipes na Feira da Guariroba e no Centro Comunitário da Criança. O Shopping JK, em Taguatinga, e a Feira do Produtor de Vicente Pires também estão entre as opções para quem quer colocar a vacinação em dia. A lista completa com endereços e horários está disponível no site. No domingo (14), a SES-DF vai oferecer vacinação contra o HPV para crianças e adolescentes de 9 a 19 anos, das 9h às 17h, no Parque da Cidade. A ação faz parte da caminhada de conscientização de cânceres ginecológicos da campanha Setembro em Flor. Vacinas são aplicadas conforme o calendário de vacinação para cada idade. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Também haverá vacinas contra dengue, covid-19, febre amarela, meningite, gripe e outras doenças — todas sendo aplicadas conforme previsto no calendário de vacinação. Destaque para o imunizante contra o HPV, que até dezembro está disponível para adolescentes de até 19 anos. Não estará disponível a vacina BCG. A orientação, em todos os locais, é levar documento de identificação válido e caderneta de vacinação. Caso tenha perdido este documento, é preciso procurar a sala onde recebeu as vacinas e tentar resgatar o histórico de vacinação. Caso não seja possível, o paciente será vacinado de acordo com as vacinas preconizadas para cada faixa etária e será feito novo cartão. A ausência da Caderneta de Vacinação não é um impeditivo para vacinar. Ressalta-se que o cartão de vacinação é o documento que comprova a situação vacinal do indivíduo, devendo ser guardado junto aos demais documentos pessoais. Na segunda-feira (15), as mais de 100 salas de vacinação da SES-DF voltam a atender a partir das 7h. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
Ler mais...
Encontro discute prioridades para melhorar as unidades de conservação do DF
A 2ª Plenária de 2025 do Planejamento da Superintendência de Unidades de Conservação (Sucon) reuniu, nesta sexta-feira (12), servidores, brigadistas e contratados administrativos no Parque Ecológico Três Meninas, em Samambaia. O encontro, essencial no processo de gestão coletiva das Unidades de Conservação (UCs) do Distrito Federal, teve como mote “Conservação: Planejar, Conectar, Executar”. Conduzida pela Comissão Permanente de Planejamento das UCs (CPP), a plenária integrou diagnóstico, planejamento e execução em um modelo participativo. A metodologia adotada busca fortalecer a articulação entre as áreas técnicas e operacionais da Sucon, garantindo que as propostas avancem para ações práticas. O modelo participativo de gestão foi seguido na plenária realizada no Parque Três Meninas | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental [LEIA_TAMBEM]Sete grupos de trabalho discutiram pontos críticos para a melhoria das UCs e apresentaram sugestões. Entre os temas levantados, destacaram-se a ausência de sinalização adequada, a necessidade de roçagem e manutenção de trilhas, a falta de mobiliário básico e de aceiros em áreas estratégicas, além do controle insuficiente da visitação. Também foram apontados como desafios a presença de espécies vegetais invasoras e a interferência de animais domésticos soltos nas áreas de proteção. Para a vice-governadora Celina Leão, o planejamento permite uma gestão consciente e com resultados efetivos: “A oportunidade de pensarmos juntos em atitudes que integram a preservação dos nossos recursos ambientais com a infraestrutura para os visitantes traz sempre ótimos resultados.” O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, parabenizou a comissão por pensar coletivamente: “Algumas dificuldades precisam ser compartilhadas para que possamos alcançar melhores resultados. As ideias, quando somadas, geram soluções que são, de fato, exequíveis”, pontuou o gestor da autarquia. *Com informações do Brasília Ambiental
Ler mais...
Campo sintético da Candangolândia recebe modernização na iluminação
O Campo Sintético da Candangolândia, localizado na Praça do Bosque, passou por uma modernização completa da iluminação pública, promovida pela Companhia Energética de Brasília (CEB). A ação faz parte do projeto "#LedDáJogo", da equipe de manutenção, que promove mutirões especializados para a melhoria da iluminação em locais públicos, considerando as particularidades de cada espaço. A intervenção garante mais sensação de segurança e conforto para os frequentadores, especialmente durante as atividades realizadas no período noturno. De acordo com o presidente da CEB, Edison Garcia, essas ações asseguram que os espaços sejam destinados às pessoas que os utilizam, permitindo que famílias aproveitem com suas crianças e que os moradores possam praticar esportes à noite. “Investir na iluminação pública é garantir que a comunidade tenha ambientes seguros e acolhedores para lazer e convivência, principalmente em áreas importantes como esse campo sintético”, destaca. Com a modernização, campo contará com melhor infraestrutura para práticas esportivas e evento comunitários | Foto: Divulgação/CEB O campo, que é um espaço fundamental para a comunidade e sede de diversos projetos sociais na região, foi recentemente reformado, no final de julho de 2025. Com a modernização da iluminação, a área passa a contar com infraestrutura mais adequada para práticas esportivas e eventos comunitários. O diretor de Manutenção, Paulo Afonso Machado, explica que o projeto é conduzido de forma individualizada para atender as necessidades específicas de cada ponto, priorizando os locais que apresentam maior demanda da população por meio do aplicativo Ilumina DF. “Sabemos que essas áreas são bastante utilizadas pela comunidade, por isso nosso trabalho é focado em garantir que a iluminação esteja sempre adequada para o uso seguro e confortável do espaço”, afirma. #LedDáJogo Além do campo da Candangolândia, mais de 30 centros esportivos em diversas regiões administrativas do Distrito Federal foram revitalizados neste ano. Entre os locais atendidos estão o campo da QI 07 no Guará, o campo de areia da Estrutural, o campo QR 310 em Samambaia, a quadra de areia da Vila Planalto, a praça de esportes da QI 14 no Guará, o campo QR 610 em Samambaia, o campo QNP 15 em Ceilândia e o complexo esportivo da Praça do Estudante em Planaltina, com quatro quadras e um campo. “Investir na iluminação pública é garantir que a comunidade tenha ambientes seguros e acolhedores para lazer e convivência, principalmente em áreas importantes como esse campo sintético” Edison Garcia, presidente da CEB Também receberam melhorias a área esportiva da M Norte em Taguatinga, o campo arena NINIM em Planaltina, o campo da Estrutural, o beach tênis na Asa Sul (SQS 208), a quadra poliesportiva da Vila Vicentina (Planaltina), a praça do Tenista no Lago Sul, o campo do Cave e Skate Parque no Guará, os campos sintéticos da Vila do Boa e do Bosque em São Sebastião, além de diversas quadras e campos em Ceilândia, Guará, Águas Claras, Brazlândia, Sobradinho, Santa Maria, Paranoá, Engenho das Lajes e Gama. A nova iluminação contribui para valorizar ainda mais esses espaços públicos, incentivando o uso seguro e ampliando o acesso da população às atividades de lazer e esporte em todo o Distrito Federal. *Com informações da CEB
Ler mais...
Setor P Sul recebe 2,5 mil luminárias de LED em ação de modernização do GDF
O Setor P Sul, em Ceilândia, acaba de receber um reforço significativo na iluminação pública com a instalação de 2.515 novas luminárias de LED, substituindo as antigas lâmpadas convencionais de vapor de sódio e mercúrio. A ação faz parte do plano de modernização da CEB, que tem levado iluminação mais eficiente e segura para todas as regiões do Distrito Federal. As luminárias foram distribuídas de acordo com a necessidade de cada via: 616 unidades de 240W, voltadas para avenidas e trechos de grande fluxo; 600 de 120W e 1.297 de 70W, instaladas em ruas residenciais e locais de menor intensidade de tráfego, além de luminárias de 40W, em pontos específicos. Ação faz parte do plano de modernização da CEB, que tem levado iluminação mais eficiente e segura para todas as regiões do DF | Foto: Divulgação/CEB Com a nova iluminação, a população passa a contar com maior sensação de segurança, melhor visibilidade noturna e um ambiente urbano mais valorizado. Segundo o presidente da CEB, Edison Garcia, a substituição é parte de um esforço contínuo da companhia para modernizar a infraestrutura e melhorar a qualidade dos serviços prestados. “A iluminação pública de qualidade é fundamental para a segurança e o bem-estar das pessoas. Ao investir em tecnologia LED, estamos reduzindo custos, ampliando a eficiência energética e oferecendo uma cidade mais iluminada e segura para todos”, destacou Edison. O projeto também representa ganhos operacionais e ambientais. As luminárias de LED possuem vida útil mais longa, menor necessidade de manutenção e consumo de energia até 50% inferior ao modelo anterior.[LEIA_TAMBEM] Para o diretor de Modernização da CEB, Mauro Landim, a ação no P Sul é um exemplo concreto dos avanços que estão sendo promovidos em todo o DF. “Esse trabalho no P Sul é reflexo direto do nosso compromisso com a modernização da rede. Além da economia para os cofres públicos, o ganho em qualidade de iluminação é perceptível. Seguimos avançando em ritmo acelerado para levar esse padrão a todas as regiões administrativas”, afirmou Landim. *Com informações da CEB
Ler mais...
Exposição apresenta materiais usados para alfabetização de estudantes cegos e com baixa visão em escola de Planaltina
Despertar a curiosidade dos estudantes durante a alfabetização é essencial, sobretudo quando se trata de crianças e adolescentes cegos e com baixa visão, que precisam aprender a ler com os dedos. Para facilitar o processo, as professoras da sala de recursos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 de Planaltina criaram materiais pedagógicos que auxiliam no desenvolvimento da motricidade fina necessária para a leitura em braile. As peças compõem a exposição Na Ponta dos Dedos, disponível na 4ª Feira de Acessibilidade do Distrito Federal. O evento começou nesta sexta-feira (12) e segue até sábado (13), no Alameda Shopping, em Taguatinga, das 10h às 19h. A ação é organizada pela Biblioteca Braille Dorina Nowill, equipamento da Secretaria de Educação (SEEDF). Participam também as secretarias da Pessoa com Deficiência (SEPD) e da Cultura e Economia Criativa (Secec), além da Regional de Ensino de Taguatinga. No estande da exposição, o público pode conhecer os artigos que permitem a compreensão do sistema braille, um código tátil em relevo formado por células de até seis pontos dispostos em duas colunas, para representar letras, números e sinais. As peças foram criadas com objetos diversos, como caixas de ovos, bolas de gude e tampas de produtos de limpeza, reunindo diferentes texturas, tamanhos e formatos. As peças compõem a exposição Na Ponta dos Dedos, disponível na 4ª Feira de Acessibilidade do Distrito Federal | Fotos: Matheus H. Souza “Começamos a confeccionar os materiais quando recebemos alguns alunos que não eram alfabetizados em braille. O trabalho ajuda no entendimento da questão espacial e da lateralidade do sistema, que combina pontos para formar palavras, sílabas, sinais matemáticos, notas musicais”, explica a professora Luciane Sousa, autora do livro Material pedagógico e alfabetização: Possibilidades para estudantes com deficiência visual. A sala de recursos do CEF 1 de Planaltina atende, atualmente, a 25 estudantes do ensino infantil ao ensino médio. São crianças e adolescentes que, por diversos motivos, precisam descobrir o mundo das letras com os dedos. “O objetivo é promover uma alfabetização agradável, alegre, que provoca a criança, que desperta o pensamento. Hoje temos vários alunos alfabetizados, alguns com déficit intelectual”, compartilha Sousa. Os artigos também servem para o ensino de ciências exatas. “Percebemos que o maior desafio é que a matemática é abstrata. Então, com esses materiais, o conteúdo fica concreto, muito mais dinâmico e desperta o interesse dos alunos”, afirma a professora Luciana Menezes. “Está sendo gratificante compartilhar esse conhecimento aqui na feira. As pessoas ficam empolgadas com o nosso trabalho, além de que temos contato com ideias novas muito interessantes", acrescenta. A criatividade do método chamou a atenção do revisor de textos em braille Charles Jatobá, 54 anos. “A exposição tem um acervo muito amplo e que vai ao encontro daquilo que o deficiente visual precisa para se alfabetizar e desenvolver a coordenação motora fina”, afirma ele, que atualmente preside o Instituto Blind Brasil, outro expositor da 4ª Feira de Acessibilidade do DF. “Esse espaço proporciona que a sociedade esteja diante de ferramentas facilitadoras da inclusão, mostrando que a cidadania é possível para todos”, completa. A criatividade do método chamou a atenção do revisor de textos em braille Charles Jatobá, 54 anos Inclusão e valorização da pessoa com deficiência A 4ª Feira de Acessibilidade do Distrito Federal conta com uma programação variada: saraus, exposições, palestras, mesas de debate e apresentações culturais. “A cultura é um direito de todos e deve ser um espaço de inclusão e acessibilidade”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. “A feira reafirma nosso compromisso em promover a diversidade e garantir que a produção cultural seja inclusiva e representativa de todos os cidadãos do Distrito Federal.” Nas últimas três edições, o encontro cresceu em alcance e relevância, se consolidando como o maior da capital federal dedicado à inclusão social. O secretário da Pessoa com Deficiência, Willian Ferreira da Cunha, ressalta a importância da iniciativa. “É uma demonstração de soluções que buscam melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência”, pontua. Segundo a coordenadora da Biblioteca Dorina Nowill, Eliane Ferreira, esta é a primeira vez, desde 2022, que são apresentadas iniciativas de outras deficiências, além da cegueira e baixa visão. “O público cresceu e o número de participantes também. Temos instituições que acolhem diversas deficiências e trazem muita informação sobre acessibilidade, desafios, direitos e avanços das pessoas com deficiência”, afirma. Estão participando a Biblioteca Nacional de Brasília, com a tradicional Mala do Livro, a Academia Taguatinguense de Letras, o Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEDV), a Biblioteca Pública da União e a Fundação Dorina Nowill, de São Paulo, entre outras entidades.
Ler mais...
Nova Epig: Projeto da obra respeita tombamento de Brasília e atende a requisitos do Iphan
O projeto de reconstrução da Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) foi elaborado minuciosamente para respeitar a área tombada de Brasília e seguir as determinações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Governo do Distrito Federal (GDF) conseguiu destravar o empreendimento após mudanças técnicas no escopo, que, além de preservar a história da capital, também beneficiam o deslocamento dos pedestres e ciclistas. Executada pela Secretaria de Obras e Infraestrutura (SODF) com investimento de R$ 160 milhões, a nova Epig segue as diretrizes previstas na chamada “escala bucólica”. O conceito urbanístico definido por Lucio Costa durante a construção de Brasília limita a altura das estruturas erguidas em área tombada, com foco na harmonia entre os elementos urbanos e a vegetação. Para seguir a norma, o planejamento da obra estabeleceu a criação de uma rotatória e duas passagens subterrâneas em pontos específicos. A nova Epig segue as diretrizes previstas na chamada “escala bucólica”, com foco na harmonia entre os elementos urbanos e a vegetação | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “A equipe da SODF fez um grande trabalho junto à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Seduh-DF) para termos o corredor exclusivo para ônibus sem afetar nenhum dos aspectos que são característicos da preservação do patrimônio de Brasília, patrimônio da humanidade”, salienta o secretário de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro. “Conseguimos criar um corredor exclusivo de ônibus dando mais velocidade ao transporte público e trazendo esse conforto para os pedestres que precisam circular naquela região, seja do Sudoeste para o parque, vice-versa, ou mesmo nas estações do BRT, que vão estar posicionadas para fazer o deslocamento de um lado para o outro”, completa. A rotatória fica localizada na área correspondente ao Trecho 2, entre o Sudoeste e a Octogonal. A medida evita a segregação entre os modais que poderia ser causada por um elevado. “O projeto inicial previa um viaduto ligando a Octogonal e o Sudoeste, e por baixo tinha uma trincheira que ia segregar um espaço urbano que tem muita travessia de pedestre. Com a rotatória em nível, essa travessia será simplesmente por faixa de pedestre, sem nenhum elevado ou trincheira que cause dificuldade”, explica a chefe da Assessoria de Projetos de Edificações e Urbanismo da SODF, Clebiana Silva. Já as duas passagens subterrâneas, situadas no Trecho 4, servirão para a ligação contínua entre o Parque da Cidade e o Sudoeste. Os acessos foram amplamente discutidos para assegurar acessibilidade e, principalmente, segurança para a população. Desta forma, diferentemente das estruturas do Plano Piloto, os caminhos oferecerão mais visibilidade por meio de uma estrutura sem pontos cegos e com iluminação natural. Também serão “humanizados”, com a presença de pequenos comércios e terão uma largura maior. A via terá mais visibilidade por meio de uma estrutura sem pontos cegos e com iluminação natural "As passagens subterrâneas ficarão fechadas apenas no trecho em que a pista passa por cima. As demais partes estarão abertas. Elas ficaram com aproximadamente 6 metros de largura e fizemos o uso da topografia para que a entrada e saída das passagens não ficarem como são as passagens do Plano Piloto, com ângulos retos, sem que a pessoa tenha visão de quem está entrando ou saindo. Então, quem estiver passando pela passarela, terá toda a visão da saída do lado oposto, trazendo mais segurança ao pedestre”, esclarece a chefe do setor de projetos. Silva reforça, ainda, que o projeto da nova Epig saiu do papel devido aos esforços deste GDF em entender e cumprir as determinações do Iphan. “Trata-se de um projeto desenvolvido desde a criação do PDTU, em 2011, e desde lá já vinham sendo feitas tratativas com o Iphan. Em 2019, nós pegamos o projeto para fazer as contratações de obra e retomamos essas tratativas, identificando as exigências que o Iphan colocava. Deixamos claro na contratação integrada que essas exigências deveriam ser mitigadas de alguma forma. Fizemos uma série de estudos de tráfego para verificar outras soluções”, aponta. O projeto foi apresentado novamente neste ano, antes do início das obras, com uso de uma metodologia 3D em que a Secretaria de Obras e Infraestrutura já está avançada a nível nacional. “A visão 3D e com informações atreladas ajudou bastante na apresentação de um modo geral, para uma discussão em cima de um material mais palpável, com uma melhor visibilidade”, observa Silva. “Todo o trabalho que está sendo desenvolvido ocorre em cima de estudos de tráfego. São microssimulações em que são feitas as contagens de origem destino para verificar se a proposta está adequada, se vai gerar algum tipo de engarrafamento e se vai mitigar o que já existe.” A obra Celma Nunes: "Com a obra terminada, a gente vai ter mais tempo, mais qualidade de vida, vamos gastar menos tempo de casa para o trabalho" [LEIA_TAMBEM]Dividida em seis frentes, todas em andamento, a reconstrução da Epig vai transformar a via em um moderno corredor viário, com pistas exclusivas para ônibus e veículos de passeio. A intervenção contemplará cerca de 30 mil motoristas por dia e reduzirá em pelo menos 25 minutos o tempo de viagem dos usuários do transporte público. Os benefícios serão perceptíveis, principalmente, para quem trabalha nas cidades mais próximas ao Plano Piloto e precisa se deslocar em horários de pico. A manicure Valéria Nunes, 34, conta que leva mais de 1h para chegar ao salão, no Sudoeste. Com a obra, ela acredita que a duração do trajeto será reduzida: “Acho que a obra vai melhorar bastante a situação aqui. Tendo menos tempo no trajeto, será bom demais.” A farmacêutica Celma Nunes, 46 anos, também pondera que a rotina dos trabalhadores será beneficiada. Ela utiliza o transporte público diariamente para chegar ao Sudoeste e reconhece que os transtornos das obras são necessários para a conquista de um objetivo maior. “Ultimamente estamos tendo transtornos, mas faz parte porque é para a cidade fique melhor e nos acolha mais”, afirma. “Com a obra terminada, a gente vai ter mais tempo, mais qualidade de vida, vamos gastar menos tempo de casa para o trabalho.”
Ler mais...