Lançado Programa de Mentoria para a Advocacia Dativa com foco na formação prática de jovens profissionais
A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) lançou, neste sábado (6), o Programa de Mentoria para a Advocacia Dativa, voltado a advogados iniciantes inscritos no Justiça Mais Perto do Cidadão — programa também desenvolvido pela Sejus — e a estudantes de direito. A primeira aula, realizada no auditório Austregésilo de Athayde, na sede da LBV, reuniu mais de 200 participantes e marcou o início de um ciclo de encontros que seguirá até dezembro, no campus do Ceub na Asa Norte. A proposta da mentoria é oferecer formação prática nas áreas Cível e Criminal, fortalecendo a atuação de jovens advogados que ainda enfrentam os desafios do início da carreira. O lançamento contou com apresentações do juiz e escritor Samer Agi e da professora Tarciana Cruciol, que destacaram a importância da experiência prática para quem atua na advocacia dativa, responsável por garantir acesso à Justiça à população de baixa renda. A proposta da mentoria é oferecer formação prática nas áreas Cível e Criminal, fortalecendo a atuação de jovens advogados que ainda enfrentam os desafios do início da carreira | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus Para o advogado Paulo de Miranda Tavares, 52 anos, que atua há três anos, a iniciativa supre uma lacuna que a universidade não conseguiu atender. “Na faculdade não tivemos a oportunidade de lidar com processos de verdade. Essa experiência prática é fundamental e faz toda a diferença para quem está começando na profissão”, afirmou. O impacto social também foi ressaltado pela advogada Noemi Menezes, 32 anos, que iniciou a carreira há apenas quatro meses. “A mentoria me ajuda nesse início da advocacia, mas também fortalece o trabalho junto aos meus clientes, que muitas vezes não têm condições de pagar por um advogado. É um ganho pessoal e profissional, e uma forma de melhorar o acesso à Justiça”, disse. As aulas serão ministradas quinzenalmente até 6 de dezembro, totalizando 24 horas de formação. Os participantes terão direito a certificado e, aqueles que registrarem pelo menos 60% de presença, receberão desconto de 30% em alguns cursos de pós-graduação de Direito do CEUB. As aulas serão ministradas quinzenalmente até 6 de dezembro, totalizando 24 horas de formação A presidente do Instituto Viva Mulher, Direitos e Cidadania, Lúcia Bessa, destacou a relevância da iniciativa. “É um programa absolutamente incrível. Ele empodera advogados que estão começando e mostra que a Secretaria de Justiça se preocupa não só com a população atendida, mas também com quem assume a defesa desses cidadãos. Ao cuidar do advogado, também se cuida da sociedade”, avaliou. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, idealizadora do programa, a mentoria reforça o compromisso da Sejus com uma formação prática que impacta diretamente a vida da população. “Com essa mentoria, estamos ajudando a formar profissionais diferentes e melhores. Advogados mais preparados significam uma Justiça mais acessível e eficiente para quem mais precisa”, afirmou. O Programa de Mentoria para a Advocacia Dativa é realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Direito de Família – Seção DF (IBDFAM/DF), a Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) e o Centro Universitário de Brasília (Ceub). As inscrições e outras informações sobre o Programa Justiça Mais Perto do Cidadão estão disponíveis no site oficial: justicamaispertodocidadao.sejus.df.gov.br. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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Serviços gratuitos atraem público em edição do GDF Mais Perto do Cidadão no Riacho Fundo II
O Riacho Fundo II foi a cidade escolhida para receber a 59ª edição do programa GDF Mais Perto do Cidadão. Com estrutura montada no Quadrado Cultural, o evento reuniu entre sexta (5) e sábado (6) serviços gratuitos à população da cidade. Esta edição contou com os principais projetos da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) — que faz a gestão do programa —, como inscrição para o Casamento Comunitário, atendimentos psicológicos do Direito Delas — voltado para vítimas de violência doméstica — e cursos do Nasce uma Estrela, que prepara gestantes e mães para a chegada de seus herdeiros. Cadastro para castração e vacinação de animais, atendimentos do Na Hora, da Defensoria Pública do DF e da Polícia Civil do DF, serviços das secretarias de Saúde (SES) e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), ações educativas do Brasília Ambiental e do Departamento de Trânsito do DF e apresentação musical completaram a oferta disponível nos dois dias. Cadastro para castração e vacinação de animais foram serviços ofertados nos dois dias de evento | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O secretário-executivo de Justiça e Cidadania, Jaime Santana, destacou que desde a criação, em 2019, foram cerca de 300 mil atendimentos beneficiando aproximadamente 3 mil pessoas por dia em cada edição. “É um projeto que orgulha muito a Secretaria de Justiça por estar trazendo todos os nossos projetos e de outros órgãos para a população. Já passamos por todas as regiões administrativas oferecendo os serviços do governo. Então o morador pode vir aqui com uma facilidade maior e por demanda espontânea”, ressaltou. Moradora do Riacho Fundo II, a autônoma Raquel de Araújo aproveitou a ida ao evento para dar um passo para realizar um sonho: a oficialização da união com o noivo. Pedida em casamento este ano, ela se inscreveu no programa Casamento Comunitário, que oferece a cerimônia gratuitamente para a população do DF. O autônomo João Pedro da Costa Silva trouxe a família toda para curtir o GDF Mais Perto do Cidadão e aproveitou para dar um tapa no visual “Eu acho maravilhoso. É uma oportunidade para quem não tem condição. Vim atrás da inscrição para poder me casar. Eu já estava atrás de tudo, juntando dinheiro para pagar tudo, mas ainda estava muito distante. Agora eu vou poder investir para arrumar a casa, comprar umas coisinhas e fazer uma comemoração para fechar com chave de ouro”. Além da inscrição, a mulher ainda fez a nova identidade nacional. “A minha identidade estava antiga, então eu vim atrás de fazer também". Ela elogiou a iniciativa: "É uma oportunidade muito boa e cada pessoa aqui é merecedora desses serviços”. Oferta diversificada O autônomo João Pedro da Costa Silva trouxe a família toda para curtir o GDF Mais Perto do Cidadão. Os filhos ficaram brincando na área de lazer, com xadrez, pula-pula e quadriciclo, enquanto ele dava um tapa no visual e vacinava o cachorro da família. “Fiquei sabendo do evento em grupo. Vim para trazer meu cachorro para tomar vacina e estou aproveitando tudo aqui, como o corte de cabelo e o espaço para os meninos brincarem”, contou. Moradora do Riacho Fundo II, a autônoma Raquel de Araújo aproveitou a ida ao evento para dar um passo para realizar um sonho: a oficialização da união com o noivo A dona de casa Maria da Conceição da Silva Moraes aproveitou o sábado para fazer a identidade dos dois filhos na carreta da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), sem marcação e perto de sua residência. “É uma grande oportunidade para quem não tem tempo para sair. E esse evento proporcionou essa oferta perto de casa, é maravilhoso”, disse. Já a dona de casa Maria da Conceição da Silva Moraes aproveitou o sábado parar fazer a identidade dos dois filhos na carreta da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), sem marcação e perto de sua residência. "É uma oportunidade grande para quem não tem tempo para sair. E esse evento proporcionou essa oferta perto de casa, é maravilhoso", afirmou.
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Centros Olímpicos e Paralímpicos do DF oferecem mais de 10 mil vagas remanescentes
Entre os dias 8 de setembro e 30 de novembro de 2025, estarão abertas as pré-inscrições para as vagas remanescentes dos 12 Centros Olímpicos e Paralímpicos (COPs) do Distrito Federal. O processo será realizado pelo Sistema de Inscrição dos Centros Olímpicos e Paralímpicos/Siscop, disponível neste endereço eletrônico. Ao todo, serão disponibilizadas cerca de 10,5 mil vagas, provenientes do saldo do edital, além de desistências, cortes por faltas e inclusão de novas modalidades. Podem se inscrever crianças a partir de quatro anos, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Os candidatos selecionados receberão a confirmação da matrícula até o dia 5 de dezembro de 2025 | Foto: Divulgação/SEL-DF Como se inscrever O candidato que não tiver acesso à internet poderá comparecer pessoalmente ao COP de interesse, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, para realizar a pré-inscrição. O prazo vai até 30 de novembro de 2025. Os candidatos selecionados receberão a confirmação da matrícula até o dia 5 de dezembro de 2025, com orientações sobre a documentação necessária. Caso não recebam o e-mail, recomenda-se comparecer diretamente ao COP escolhido para verificar a seleção. Modalidades esportivas As vagas estão distribuídas em modalidades como: * Atletismo * Basquete * Futsal * Futebol Society * Ginástica Localizada * Pilates * Vôlei * Jiu-Jitsu * Judô * Taekwondo * Karatê * Capoterapia * Entre outras O quantitativo de vagas, modalidades, faixa etária e horários variam de acordo com cada unidade e podem ser consultados diretamente nas secretarias dos Centros Olímpicos e Paralímpicos ou no site da SEL-DF. Esporte para todos De acordo com o secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira, a abertura das vagas remanescentes reforça o papel dos COPs como espaços de inclusão e transformação social: “Os Centros Olímpicos e Paralímpicos oferecem oportunidades para todas as idades e são ambientes de convivência, saúde e cidadania. Com essas novas vagas, mais pessoas poderão ter acesso ao esporte e aos benefícios que ele proporciona”, destacou o secretário. *Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF)
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Encontro de Mulheres Rurais da Emater-DF destaca empreendedorismo e receitas com casca de banana
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População debate concessão de uso dos becos no Lago Sul e no Lago Norte
Os moradores do Lago Sul e do Lago Norte tiveram a oportunidade de debater sobre a concessão de uso para ocupação das áreas públicas intersticiais contíguas aos lotes residenciais, mais conhecidos como becos. A proposta de Projeto de Lei Complementar (PLC) sobre o assunto e os estudos técnicos foram apresentados à população na noite desta sexta-feira (5), em audiência pública na sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal (Seduh-DF). As pessoas participaram de forma presencial e virtual, pelo canal no YouTube Conexão Seduh. A audiência teve caráter consultivo, com o intuito de recolher contribuições para a futura lei, que trata de 891 becos nas duas regiões administrativas (RAs). Desse total, a proposta prevê que mais de 300 ficarão desobstruídos. Na ocasião, os moradores manifestaram elogios, considerações e sugestões à proposta, elaborada pela Seduh. Pela proposta, mais 300 becos dos bairros serão desobstruídos | Foto: Divulgação/Seduh-DF “As inserções que o governo fará serão no sentido de ir adaptando o dia a dia da cidade à comunidade. Ouvir a opinião da sociedade é muito importante, para fazer a cidade ir acompanhando o que está acontecendo atualmente,” afirma o presidente da Associação dos Amigos do Lago Paranoá (Alapa), Marconi Antônio de Souza Representante da prefeitura da Península Norte, Antônio Matoso Filho destacou o trabalho técnico da equipe da pasta com o projeto. “O estudo técnico minucioso da Seduh avaliou a situação de cada beco, os quase 900 que existem”, elogiou, ao sugerir a possibilidade de ser retirado do PLC a concessão para a impermeabilidade do solo nessas áreas. O governo vai adaptar a lei ao dia a dia da população Já o morador do Lago Norte Eustáquio de Oliveira pontuou a importância de manter os becos fechados para melhorar a segurança nas regiões. “Existem nesses corredores muitos problemas aos moradores, como a invasão das capivaras nas QLs. Elas destroem toda a parte de urbanização, como cercas e meios-fios. No Lago Sul também tem esse problema”, alertou. Revisão Antes, a Lei n° 7.323/2023, que tratava da concessão, precisou ser revista devido a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) acatada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), decorrente de uma emenda parlamentar que modificou o projeto original. Por isso, um novo texto foi elaborado pela Seduh para regulamentar as ocupações consolidadas nos becos, problema que se arrasta há décadas nas duas RAs. “Basicamente, foram saneadas todas as questões jurídicas" Marcelo Vaz, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação “Basicamente, foram saneadas todas as questões jurídicas”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Vaz. “No projeto anterior, também não estavam sendo definidos os becos a serem desobstruídos na lei. Agora, está sendo incluído no projeto de lei. Destacando que esse projeto não trata de áreas verdes”, ressaltou. Para isso, o texto faz a distinção de duas situações: a primeira, em que o beco representa uma efetiva passagem pública para um ponto de ônibus, comércio ou equipamento público, sendo necessário ficar aberto; e a segunda situação, quando o beco liga nada a lugar nenhum, não tendo função urbanística e, nesse caso, com a possibilidade de ser fechado. Os estudos que subsidiaram a proposta preveem a garantia do acesso de pedestres para equipamentos públicos comunitários, áreas comerciais e institucionais, paradas de transporte coletivo, redes de infraestrutura e demais equipamentos urbanos existentes, além de vedar a sobreposição aos espaços definidos como Áreas de Preservação Permanente (APP). Foi priorizada a perspectiva dos pedestres, os quais, de fato, poderão utilizar determinadas áreas de passagem com segurança e eficiência Ao normatizar a utilização dos becos contíguos aos lotes residenciais, os estudos que subsidiaram a proposta se atentaram, principalmente, à necessidade de um planejamento urbano que garanta a organização e o desenvolvimento das cidades. Neste sentido, foi priorizada a perspectiva dos pedestres, os quais, de fato, poderão utilizar determinadas áreas de passagem com segurança e eficiência. Para garantir a concessão, os interessados deverão atender a todos os critérios estabelecidos no PLC, pagando um preço público pelo uso, que terá como base de cálculo o valor do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Os valores arrecadados serão revertidos diretamente à conta do Fundo Distrital de Habitação de Interesse Social (Fundhis). “Os becos não trazem sensação de segurança, então achei fantástica a proposta, que seja aplicada rapidamente”, comentou o administrador regional do Lago Norte, Marcelo Ferreira. Próximos passos [LEIA_TAMBEM]Após a audiência pública, a equipe da Seduh avaliará as sugestões apresentadas pela população ao texto, podendo fazer ajustes técnicos caso sejam necessários. Em seguida, o material será encaminhado para a deliberação do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). Depois, será enviado à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para ser apreciado pelos parlamentares.
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Audiência pública discutirá regras de uso e ocupação do solo em Ceilândia
Legenda A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal (Seduh-DF) convoca a população para a audiência pública que apresentará o Estudo para Dinamização da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) da Região Administrativa de Ceilândia. O encontro ocorrerá no dia 6 de outubro, às 19h, no Anfiteatro da Casa do Cantador (QNN 32, Área Especial G, Ceilândia Sul). A convocação para o evento foi publicada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) na edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (5). O objetivo da audiência é apresentar à sociedade as propostas para atualizar e dinamizar as regras de uso e ocupação do solo em Ceilândia, para melhor aproveitamento dos espaços urbanos, compatibilização de usos e incentivo ao desenvolvimento local. O objetivo da audiência é apresentar à sociedade as propostas para atualizar e dinamizar as regras de uso e ocupação do solo em Ceilândia | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Partindo do reconhecimento de que a dinâmica urbana é um processo em constante transformação, a proposta se fundamenta tanto nas normativas aplicáveis quanto nas demandas da população, identificadas por meio da Administração Regional e dos processos recebidos na Seduh, aliadas ao conhecimento técnico sobre a realidade territorial”, explicou a subsecretária de Desenvolvimento das Cidades da Seduh, Letícia Luzardo. Detalhes Entre as propostas do estudo, está a autorização, em alguns lotes da Área de Desenvolvimento Econômico de Ceilândia Norte, da combinação de comércio/serviço no térreo com moradia nos pavimentos superiores. Atualmente, nesses terrenos são admitidos uso comercial, de serviços, institucional e industrial, sendo vedado o uso residencial. Em paralelo, a reclassificação de trechos de uso residencial para uma categoria mista amplia o leque de atividades em áreas hoje mais residenciais, admitindo comércios e serviços de bairro (padaria, barbearia, escritórios) e atividades produtivas compatíveis. O efeito prático é aproximar moradia, trabalho e serviços, reduzir deslocamentos e dinamizar a economia local, sempre dentro dos parâmetros da Luos (recuos, gabarito, níveis de incomodidade, etc.). Todas as informações necessárias para subsidiar o debate estão disponíveis no site da Seduh, na seção Audiências Públicas 2025. [LEIA_TAMBEMTrâmite Após a audiência, as contribuições recebidas serão analisadas pela equipe técnica da Seduh. Em seguida, a proposta será submetida ao Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan). Caso seja aprovado pelo colegiado, o texto poderá ser encaminhado pelo Poder Executivo à Câmara Legislativa do DF (CLDF) para avaliação e votação. Audiência pública sobre a Luos em Ceilândia Data: 6 de outubro de 2025 (segunda-feira) Horário: 19h Local: Anfiteatro da Casa do Cantador (QNN 32, Área Especial G, Ceilândia Sul) *Com informações da Seduh
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65 anos de esperança: o Hospital de Base e a história de superação de Gleiciane Ambrosio
Aos 16 anos, após uma infância marcada por traumas e vulnerabilidades, Gleiciane Galvão Ambrosio ingeriu soda cáustica em um gesto desesperado que deixou sequelas profundas. Ela perdeu parte da língua e teve garganta, esôfago e traqueia comprometidos. Durante três anos, permaneceu em estado vegetativo, sem falar, sem se mover e sobrevivendo apenas com sondas e aparelhos. Foi a coragem da mãe de Gleiciane que abriu um caminho de esperança. Determinada a buscar ajuda, ela levou uma foto da filha a um programa de televisão em Manaus (AM), cidade onde a família vive. A imagem chegou ao médico Arteiro Menezes, que reconheceu a gravidade do caso, mas também os limites do sistema local para tratá-la. A virada aconteceu em 2006, quando Gleici, como é chamada pela equipe médica, então com 19 anos, foi transferida para Brasília pelo programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD). O serviço do SUS garante atendimento médico em outra cidade ou estado quando a especialidade não está disponível localmente. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), encontrou não apenas tecnologia e conhecimento, mas também acolhimento. Recebida pelo cirurgião torácico Manoel Ximenes, que, em parceria com o especialista de Manaus, iniciou o primeiro passo de uma longa jornada, teve parte do esôfago reconstruído, abrindo caminho para um futuro antes inimaginável. Após 20 anos, Gleiciane reencontra o cirurgião Manoel Ximenes | Foto: Divulgação/IgesDF Uma trajetória de reconstrução Manoel Ximenes, hoje com 90 anos, lembra com emoção da chegada da paciente. “Fico feliz de ter contribuído com a melhora da Gleici e de ter deixado um legado para que novos milagres continuem acontecendo no Base”. Esse legado foi seguido pelo cirurgião torácico Humberto Alves, que assumiu o tratamento após a aposentadoria de Ximenes. “O caso dela é daqueles que muitos dariam como perdido. Mas aqui, com dedicação e força de vontade, a história se transformou em esperança”, afirma. Durante a reabilitação, Gleici foi mãe, interrompendo os procedimentos por uma década para não atrapalhar a gestação. “Recuperei a vontade de lutar”, relembra. Quando retornou ao HBDF, encontrou no médico Humberto a continuidade de um cuidado atento e humanizado. Uma das intervenções mais significativas foi a traqueoplastia, cirurgia para reconstruir a traqueia, que permitiu que ela voltasse a falar, respirar e se alimentar de forma natural. “Ela é mãe, paciente, sobrevivente e, acima de tudo, símbolo de esperança. Com esse exemplo, o Base reafirma o seu papel como espaço de ciência, acolhimento e humanidade, não apenas para o Distrito Federal”. Humberto Alves, cirurgião Ao longo de quase duas décadas, foram realizados mais de 20 procedimentos. A cada seis meses, ela retornava para novas cirurgias, cada etapa representando um passo em direção à autonomia. Profissionais de diversas áreas se somaram à sua história. Para a chefe de enfermagem, Juliana Wercelens, que atende Gleici desde o início, o cuidado vai além do técnico. “O tratamento envolve escuta, acolhimento e incentivo. Ela é prova viva da força da resiliência quando há suporte integral”. Equipe multiprofissional no Hospital de Base Mais recentemente, a cirurgiã-dentista Alessandra de Paula, especialista em reabilitação oral, reforçou o atendimento. “Buscamos devolver mastigação, fala, sorriso e autoestima. É um trabalho que une medicina e odontologia, olhando o paciente como um todo”, explica. No dia 22 de agosto de 2025, Gleici passou por mais uma cirurgia com células-tronco, reunindo médicos e dentistas para reconstruir sua mandíbula e região bucal, ampliando a capacidade de se alimentar e viver com dignidade. O simbolismo da data é inevitável: exatamente 23 anos após a ingestão da soda cáustica, uma história de morte em potencial se transformou em resistência e vida. Gleiciane agradece: "Só encontrei anjos atuando neste hospital" | Foto: Divulgação/IgesDF Hoje, aos 39 anos, Gleiciane leva uma rotina quase normal, com poucas restrições, mas repleta de significado. “O Base não é só um hospital para mim. É um local onde encontrei uma família. Sempre fui muito bem tratada, do porteiro ao cirurgião. A maneira como minha vida foi transformada é algo que eu irei levar para sempre comigo”, relata. Segundo a paciente, foi no Base que ela pôde dar os primeiros passos para sua nova vida. “Foi aqui que minha jornada começou a ter um significado diferente. Hoje vejo o mundo de uma outra forma e isso ajuda aqueles que estão ao meu lado. Só tenho a agradecer a atuação de todos os anjos que neste hospital eu tive a sorte e a honra de encontrar", completa. Para o cirurgião Humberto Alves, a trajetória de Gleiciane é um testemunho da importância do HBDF. “Ela é mãe, paciente, sobrevivente e, acima de tudo, símbolo de esperança. Com esse exemplo, o Base reafirma o seu papel como espaço de ciência, acolhimento e humanidade, não apenas para o Distrito Federal”, conclui. Na reportagem de amanhã, sobre os 65 anos do Hospital de Base, você vai conhecer o legado do trabalho de profissionais e voluntários que ajudaram a construir essa história de superação, amor e solidariedade. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF)
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Hospital de Santa Maria inaugura moderno Espaço Terapêutico
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), acaba de inaugurar um moderno Espaço Terapêutico no Centro Obstétrico. O local foi pensado para oferecer fisioterapia, suporte social às gestantes e até acolhimento às famílias em situações delicadas, como a perda de um bebê. Além disso, funcionará como ambiente de integração da equipe multiprofissional. “Nossos pacientes precisam de cuidado, humanização e acolhimento. Esse espaço vem justamente para isso. Vale destacar que o HRSM é o único hospital do Distrito Federal a oferecer fisioterapia, 24 horas por dia, no pré, durante e no pós-parto. No setor privado, um acompanhamento como esse poderia ter um custo bem elevado, o que mostra o quanto estamos à frente”, ressalta Priscila Pinheiro, chefe do serviço de fisioterapia do CO. Avanços na área cirúrgica O centro cirúrgico também foi contemplado com novos aparelhos de laparoscopia, capazes de transformar a rotina de médicos e pacientes. Intervenções que antes levavam cerca de uma hora, como a retirada de vesícula ou hérnia, agora podem ser concluídas em apenas 15 minutos. O local foi pensado para oferecer fisioterapia, suporte social às gestantes e até acolhimento às famílias em situações delicadas, como a perda de um bebê | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF “O benefício para o paciente é enorme, pois ele pode ser operado de manhã e ir para casa no mesmo dia, com muito mais segurança e conforto. Aqui em Santa Maria, temos a particularidade de realizar cirurgias de vesícula diariamente, o que reforça ainda mais a relevância desses investimentos”, explica Franklin Pereira dos Santos, cirurgião geral do HRSM. Estrutura administrativa reforçada Os recursos também possibilitaram melhorias administrativas, como a entrega de 79 cadeiras ergonômicas de escritório, que oferecem mais conforto e melhores condições de trabalho aos colaboradores. “Pode parecer simples, mas a ergonomia é fundamental para o bem-estar e para a qualidade do trabalho que nossos profissionais entregam diariamente”, destaca Helber Carvalho Souza, gerente administrativo do hospital. Compromisso com a saúde pública Os novos equipamentos para as áreas assistenciais e administrativas, além do espaço terapêutico foram possíveis graças aos investimentos viabilizados por emenda parlamentar da deputada distrital Jaqueline Silva (MDB), que visitou diferentes setores do hospital e conheceu de perto o impacto das melhorias. O centro cirúrgico também foi contemplado com novos aparelhos de laparoscopia, capazes de transformar a rotina de médicos e pacientes O diretor-presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, reforçou o impacto positivo das entregas. “Essas aquisições trazem ganhos concretos para a assistência e para o acolhimento às parturientes. O Espaço Terapêutico, por exemplo, é moderno e nem sempre está disponível em hospitais privados. É um investimento que nos enche de orgulho e pode servir de exemplo para toda a rede”. Para o gerente-geral do HRSM, Anderson Rodrigues, os avanços comprovam a consolidação do hospital como referência. “A unidade tem se fortalecido em diversas áreas e essas entregas reforçam nosso compromisso de oferecer um atendimento humanizado, eficiente e digno para cada paciente que passa por aqui”, conclui. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Operação fiscaliza transporte público do DF com foco na acessibilidade dos ônibus
Durante todo o mês de setembro, auditores da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) fazem viagens nos ônibus do Distrito Federal, sem se identificar, para verificar a qualidade do serviço prestado aos passageiros que necessitam de acessibilidade adequada e prioridade de atendimento. A fiscalização ocorre nas linhas, garagens e terminais, onde também são inspecionados os equipamentos de acessibilidade e de segurança dos veículos. Operação da Semob-DF fiscaliza a qualidade do serviço prestado aos passageiros que necessitam de acessibilidade e prioridade de atendimento | Fotos: Divulgação/Semob-DF Na primeira semana da ação, chamada Operação Hefesto, além de acompanhar a conduta de motoristas e cobradores, os auditores da Subsecretaria de Fiscalização (Sufisa) vistoriaram 77 ônibus do transporte público coletivo do DF. Foi identificado um elevador PCD inoperante, que deverá passar por vistoria após o conserto. Além disso, quatro veículos foram retidos por apresentarem problemas em equipamentos de acessibilidade e falta de higiene, mas liberados no mesmo dia, após a solução das falhas. [LEIA_TAMBEM]A ação da Semob tem como objetivo elevar a qualidade do serviço e garantir a inclusão social, com foco na adequação dos veículos em termos de acessibilidade e na conduta dos profissionais que operam o sistema. O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, ressaltou que a Operação Hefesto é estratégica para assegurar que o transporte público do DF seja inclusivo. “A população tem direito a um transporte que ofereça veículos acessíveis, qualidade no atendimento e sustentabilidade. E a fiscalização tem esse objetivo, de garantir a segurança operacional e o conforto dos passageiros, evitando interrupções no serviço", afirmou o titular da Semob-DF. Durante as viagens de ônibus, misturados aos passageiros, os auditores da Sufisa fiscalizam o cumprimento das normas que asseguram os direitos dos usuários. Eles observam como motoristas e cobradores interagem com pessoas que necessitam de atendimento prioritário. São verificadas situações como o embarque e desembarque seguro de idosos, gestantes, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, bem como a urbanidade no tratamento aos passageiros e o atendimento às solicitações de parada. Paralelamente, a operação realiza uma vistoria minuciosa para inspecionar os itens relacionados à acessibilidade dos ônibus. São avaliados aspectos como o funcionamento das plataformas elevatórias ou rampas de acesso, a existência de assentos preferenciais sinalizados e os espaços reservados para cadeiras de rodas, com seus respectivos sistemas de segurança. O objetivo é assegurar que a estrutura física dos veículos seja plenamente acessível a todos. Francisco Sobrinho: "É preciso fiscalizar as empresas para que os ônibus saiam das garagens e terminais com o elevador funcionando" A operação foi bem recebida por Francisco Paulo de Menezes Sobrinho, de 59 anos, que há quatro décadas utiliza cadeira de rodas devido a um acidente sofrido na juventude. Morador do Guará, ele costuma utilizar as linhas para a Asa Sul e a Rodoviária Interestadual. “Os motoristas geralmente são cordiais, mas já deixei de embarcar várias vezes devido a defeito nos elevadores, principalmente dos ônibus mais antigos”, afirmou Francisco. "É preciso fiscalizar as empresas para que os ônibus saiam das garagens e terminais com o elevador funcionando." As inspeções continuarão até o final de setembro, tanto nas garagens das operadoras quanto nos ônibus em circulação, buscando identificar irregularidades e garantir a aplicação das normas vigentes. Em caso de não conformidade, serão tomadas as medidas cabíveis, incluindo a autuação e, se necessário, a retenção do veículo até que as falhas sejam corrigidas. A equipe também prestará orientações aos prepostos sobre condutas adequadas. *Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF)
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Tecnologia e dedicação fazem de produtor de Brazlândia uma referência no cultivo de morangos
O produtor rural Marcos Almeida, conhecido como Marcão, planta morango no núcleo rural Rodeador, em Brazlândia, desde 2015. Com apoio, orientações e suporte técnico da Emater-DF, ele vem alcançando resultados expressivos, graças à tecnificação da propriedade e à obstinação em crescer. Atualmente, o agricultor cultiva 12 mil pés de morango em uma área de 5,5 hectares. “Meu trabalho já começou tecnológico: eu plantava em túneis, o que aumenta a produtividade devido à proteção contra as chuvas”, relembra Marcão. Atualmente, ele possui um sistema automatizado de irrigação, que envia dados para o celular, permitindo ajustar a quantidade, o horário e o tempo de irrigação. “Controlo tudo pelo celular”, conta, orgulhoso. O produtor rural Marcos Almeida controla a plantação de morango pelo celular | Fotos: Divulgação/Emater-DF O sistema combina irrigação por gotejamento e aspersão. “Há um sensor no solo, na profundidade das raízes, que manda a informação para uma central que, por sua vez, envia os dados para um aplicativo. Então, eu sei qual é a lâmina de água, o tempo e o momento de aguar os canteiros”, explica. Marcão também está sempre atento a outras técnicas de plantio, como o mulching. “O branco é útil para detectar insetos, mas estressa um pouco a planta. Já o preto é mais adequado. Estou pensando em usar o cinza, como forma de equilibrar”, destaca. O engenheiro-agrônomo Antonio Dantas, responsável pelo Programa de Olericultura da Emater-DF, destaca que o sistema adotado permite decisões mais precisas, diminui custos de água e luz e ainda previne doenças. “Isso possibilita a redução de despesas, não só com água mas também com energia elétrica, além de evitar doenças nas plantas, pois impede que os adubos sejam levados para baixo das raízes”, explica o extensionista. Evolução profissional Além da tecnologia aplicada, Marcão adota práticas agroecológicas Técnico agropecuário formado pelo Instituto Federal de Brasília (IFB) em Planaltina, Marcão já foi professor de Práticas Agrícolas e Extrativistas na rede pública de ensino e atuou também como vendedor e representante de vendas em empresas de produtos agropecuários. Sua trajetória sempre foi marcada pelo desejo de evoluir. “Sempre que eu começava numa empresa, perguntava como fazia para crescer. Quando comecei a plantar, já planejava produzir em escala”, lembra. Além da tecnologia aplicada, Marcão adota práticas agroecológicas. “Uso técnicas orgânicas, como adubação verde e insumos biológicos. Às vezes, fico até 40 dias sem usar nenhum defensivo químico. O resultado do equilíbrio entre uma irrigação correta e bem planejada aliada à metodologia orgânica são os morangos grandes e doces que colho na chácara”, orgulha-se. Liderança cooperativa [LEIA_TAMBEM]Marcão também é presidente da Cooperativa Agropecuária da Região de Brazlândia (Coopebraz), que reúne 42 cooperados, em sua maioria agricultores familiares. Os produtos da cooperativa, como banana, abóbora, cenoura e morangos, são destinados a programas de segurança alimentar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Na sexta-feira (29), ele participou do Encontro Técnico preparatório para a 29ª Festa do Morango de Brasília, promovido pela Emater-DF em parceria com a Embrapa. “Falamos sobre a importância da escolha das mudas, que influi diretamente na qualidade da colheita”, explicou. *Com informações da Emater-DF
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