Modernização e expansão colocam o metrô do DF em nova fase de crescimento
Depois de mais de duas décadas de espera, o Distrito Federal voltou a ver o metrô crescer. Desde 2019, este Governo do Distrito Federal (GDF) investiu e entregou três novas estações — Estrada Parque, 106 Sul e 110 Sul — e deu início à expansão da Linha 1 no ramal de Samambaia, com previsão de mais duas paradas nos próximos anos. O conjunto de investimentos marca uma nova fase da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF), que alia ampliação da rede, modernização tecnológica e aumento da receita tarifária. As três estações entregues na gestão Ibaneis Rocha receberam investimentos superiores a R$ 44 milhões em obras civis, sistemas elétricos e equipamentos de acessibilidade, como elevadores e escadas rolantes. Na 106 Sul, a arrecadação com locação de espaços e publicidade já ultrapassou R$ 6 milhões desde 2020. Na 110 Sul, foram mais de R$ 5 milhões em receitas adicionais. Para além do aumento na receita tarifária, que consequentemente é utilizada para investir em serviços de modernização e manutenção da linha e melhor atender a população do Distrito Federal, as novas estações refletem também em uma maior adesão da população a este tipo de modal. “Quando entregamos novas paradas, como conseguimos fazer de 2019 para cá, a gente consegue trazer mais passageiros para o sistema. E isso tem uma vantagem prioritária que é atender o cidadão. As pessoas que moram e que trabalham no entorno dessas estações até então não tinham disponibilidade de poder usar o metrô para se deslocar e agora passam a ter essa oportunidade. Então, a gente cumpre a nossa responsabilidade social e ainda aumenta as receitas do Metrô para investir em outras frentes”, afirmou o presidente da companhia, Handerson Cabral Ribeiro. As três estações entregues na gestão Ibaneis Rocha receberam investimentos superiores a R$ 44 milhões em obras civis, sistemas elétricos e equipamentos de acessibilidade, como elevadores e escadas rolantes | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Expansão em andamento Atualmente, o Metrô-DF conta com 42,3 km de extensão, conectando Brasília a Ceilândia e a Samambaia. Em dias úteis, transporta entre 160 mil e 180 mil usuários. O traçado em formato de “Y” inclui o eixo principal até Águas Claras (19,1 km), o ramal até Ceilândia Norte (14,3 km) e o trecho até Samambaia (8,8 km). Para os próximos anos, a previsão é que o alcance dos vagões seja ainda maior. Isso porque este GDF trabalha na expansão da Linha 1 em Samambaia, que prevê duas novas estações e 3,6 quilômetros de via. O investimento é de R$ 348,9 milhões e conta com recursos garantidos no orçamento até 2026. Em Ceilândia, a expectativa é que outras duas estações sejam construídas do zero também. Ainda em fase de análise pelo Tribunal de Contas do DF, o projeto será licitado em breve para ampliar a atuação do metrô na região. Somadas, as obras vão acrescentar 6 quilômetros de linha e quatro novas estações, beneficiando mais de 35 mil passageiros por dia. A região Sul, que compreende Gama, Santa Maria, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Cruzeiro, também deve ser contemplada com a expansão do metrô. No momento, as equipes trabalham nos estudos preliminares funcional e de viabilidade técnica, econômica e ambiental para implementar a chamada Linha 2. A previsão é que seja uma via de aproximadamente 50 km para ligar essas regiões à Rodoviária do Plano Piloto e à Esplanada dos Ministérios. A região Sul, que compreende Gama, Santa Maria, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Cruzeiro, também deve ser contemplada com a expansão do metrô O crescimento do metrô e a chegada de novas estações já mudam a rotina de quem utiliza o transporte público no DF. Para estudantes, trabalhadores e moradores, o investimento deste GDF traz mais conforto, segurança e praticidade no dia a dia, como é o caso do estudante Douglas Oliveira, de 20 anos. “Eu moro em Ceilândia e vim para o Plano encontrar um amigo. Essa estação da 106 facilitou muito pra mim agora, porque está próximo de um ponto que antes não existia. E agora facilita demais. Eu uso o metrô todo dia, porque faço estágio no Park Shopping, então eu costumo usar todo dia. É um ambiente seguro, limpo”, elogiou o estudante. Já para quem usa o metrô eventualmente, a experiência também é positiva. “Eu acho a estação limpa, é tudo maravilhoso. Eu gosto de pegar o metrô”, avaliou a cabeleireira Maria Clemes Ferreira, 54. Modernização da frota e novos trens Em paralelo à ampliação da rede, este GDF prepara a compra de 15 novos trens e a manutenção completa de 20 modelos da série 1000, considerados os mais antigos que circulam desde o início da operação, em 2001. O investimento previsto para a aquisição dos novos vagões é de cerca de R$ 900 milhões. “Quando entregamos novas paradas, como conseguimos fazer de 2019 para cá, a gente consegue trazer mais passageiros para o sistema. E isso tem uma vantagem prioritária que é atender o cidadão. As pessoas que moram e que trabalham no entorno dessas estações até então não tinham disponibilidade de poder usar o metrô para se deslocar e agora passam a ter essa oportunidade" Handerson Cabral Ribeiro, presidente do metrô “Essa seria a primeira intervenção robusta, porque ao longo desse tempo eles vêm passando por todo o programa de manutenção. Mas mesmo assim se faz necessário pegar esses primeiros equipamentos e os modernizar inteiramente para que fique tecnologicamente mais próximo do que teremos com os veículos novos, para garantir que eles não tenham falhas por questão de idade ou dos sistemas e não prejudiquem o funcionamento de toda a linha, já que é tudo interligado”, acrescentou Handerson. Para os próximos anos, também está prevista a troca completa do sistema de sinalização e controle, estimada entre R$ 600 e R$ 800 milhões, o que permitirá maior segurança, eficiência energética e regularidade na circulação dos trens. Mais tecnologia e conforto para o usuário Além das grandes obras de infraestrutura e expansão, o Metrô-DF tem investido em modernização tecnológica. Entre as principais entregas estão a implantação do pagamento por aproximação diretamente nas catracas, a substituição e ampliação dos validadores, o uso de QR Code no lugar dos bilhetes de papel, painéis informativos com horários de chegada e partida dos trens em todas as 27 estações e o lançamento do aplicativo, que permite acompanhar em tempo real o funcionamento do sistema e o horário das linhas. Outra mudança importante foi o novo horário de operação, com abertura das estações às 5h30, meia-hora mais cedo do que antes, e o funcionamento estendido até 21h30 aos domingos, atendendo a uma demanda antiga dos usuários. “No domingo, a gente funcionava apenas até 19h e isso era uma reclamação muito forte dos nossos passageiros. Então, com essa ampliação aliada ao Programa Vai de Graça, que concede transporte gratuito aos domingos, nós conseguimos fazer com que dobrasse o número de passageiros que normalmente utilizavam nosso sistema aos domingos. É um sucesso porque as pessoas estão saindo para passear com as suas famílias e tem aquela parcela da população que trabalha nesse dia e consegue ir e voltar de graça também”, pontuou o presidente da companhia, Handerson Cabral Ribeiro. Aos domingos, por exemplo, com a implementação do Vai de Graça pelo governador Ibaneis Rocha, o metrô registrou um salto de 30 mil usuários para 50 mil com a gratuidade no modal. Com as obras em andamento, a modernização do sistema e a previsão de mais investimentos futuros, a expectativa é que o Metrô-DF possa atender bem as próximas décadas de crescimento da capital federal. “Todos esses projetos em andamento, estamos trabalhando para trazer o mais moderno que a gente puder para o metrô do Distrito Federal. Nosso objetivo é deixar o metrô pronto para os próximos 40 anos com tecnologia de ponta, conforto e confiabilidade”, concluiu Handerson.
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Projeto de reforma das Quadras 1 e 2 do Setor Comercial Sul é aprovado
O projeto de requalificação das Quadras 1 e 2 do Setor Comercial Sul (SCS) foi aprovado pela Portaria n° 138, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (6). Com essa etapa, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) encerra a série de projetos para requalificar a região. A proposta prevê a criação de duas novas praças localizadas na Quadra 1, entre os edifícios dos blocos B, C e D, onde serão instalados bancos, áreas sombreadas, além de jardins e iluminação pública. O objetivo é que se tornem áreas de convívio com prioridade ao bem-estar do pedestre. As novas áreas serão de convívio, com prioridade ao bem-estar do pedestre | Fotos: Divulgação/Seduh-DF Outra boa notícia para o pedestre é que a calçada da rota acessível que liga a Quadra 1 à Quadra 2 será reformada. A ideia é garantir maior acessibilidade por meio da padronização e melhoria na pavimentação de calçadas, com a criação de rampas acessíveis e instalação e troca de pisos táteis. O projeto propõe também a criação de um passeio compartilhado que conecta os projetos de ciclovias existentes. Em relação aos estacionamentos, está prevista uma nova demarcação de vagas, incluindo espaços para carros, motos, pessoas com deficiência (PcD), idosos e instalação de 64 paraciclos. A iniciativa prevê, ainda, a recuperação estrutural das passarelas existentes na quadra nos trechos que forem necessários. No que diz respeito aos quiosques, alguns deles vão ser remanejados e regularizados de acordo com o plano de ocupação previsto no projeto e as áreas ocupadas de forma irregular vão ser desobstruídas para ampliar a circulação dos pedestres. “O projeto procura reduzir o impacto negativo das ocupações irregulares nos espaços públicos das quadras do Setor Comercial Sul" Clécio Rezende, diretor de Espaços Públicos e Qualificação Urbana “O projeto procura reduzir o impacto negativo das ocupações irregulares nos espaços públicos das quadras do Setor Comercial Sul, como a ocupação inadequada, principalmente de veículos, além de algumas ocupações irregulares de quiosques ou áreas públicas invadidas pelo comércio local no intuito de garantir maior acessibilidade para os frequentadores do setor”, informou o diretor de Espaços Públicos e Qualificação Urbana da Seduh, Clécio Rezende. Próximos passos O projeto segue agora para a Secretaria de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal (SODF) para verificação da necessidade de projetos complementares de engenharia e também de orçamento e licitação. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do DF
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Hospital de Santa Maria reforça prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal
Alterações aparentemente simples, como uma ferida que não cicatriza ou uma mancha branca ou avermelhada na boca, podem esconder um diagnóstico grave. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam a ocorrência de 15,1 mil novos casos de câncer bucal por ano no Brasil, durante o triênio 2023-2025. Durante a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, entre 1º e 7 de novembro, profissionais do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), destacam que esse tipo de câncer pode ser detectado em uma simples consulta de rotina. A cirurgiã-dentista especialista em estomatologia do HRSM, Driele Ferreira Flores, explica que embora a doença tenha altas chances de detecção precoce, cerca de 70% dos diagnósticos ocorrem em estágios avançados, o que reduz significativamente as chances de cura e aumenta as sequelas funcionais e estéticas. “Toda pessoa deve fazer o autoexame diante do espelho e procurar o dentista ao notar qualquer alteração, mesmo sem dor. Esse gesto pode salvar vidas”, destaca a cirurgiã-dentista. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam a ocorrência de 15,1 mil novos casos de câncer bucal por ano no Brasil, durante o triênio 2023-2025 | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Diagnóstico preciso De acordo com a chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Erika Maurienn, o diagnóstico costuma ser tardio e, quando a lesão se torna visível, dolorida ou começa a sangrar, o quadro geralmente já está em estágio avançado. “Geralmente o câncer bucal não dói no início. No momento em que o paciente enxerga a ferida, a doença já está em curso há algum tempo. Por isso, é fundamental que o exame de rotina seja completo, com inspeção visual e palpação das cadeias ganglionares do pescoço”, explica. Entre os sinais de alerta estão lesões que não cicatrizam, manchas brancas ou vermelhas, sangramentos sem causa aparente, nódulos no pescoço, rouquidão persistente e dificuldade para mastigar, engolir ou movimentar a língua. Segundo Erika Maurienn, o HRSM registra, em média, de oito a nove novos casos de câncer bucal por ano, além de diversas lesões suspeitas que passam por avaliação especializada. Nesses quadros, o setor de Patologia tem papel fundamental, realizando análises minuciosas das biópsias e revisões diagnósticas que orientam a conduta terapêutica. Ela cita, por exemplo, o caso recente de uma paciente inicialmente diagnosticada com um simples cisto. “Após nova biópsia e estudo histopatológico, a equipe confirmou que se tratava de um ameloblastoma, um tumor raro, que demanda acompanhamento e tratamento específicos”, lembra. Fatores de risco e prevenção O câncer bucal pode surgir em qualquer região da cavidade oral, língua, gengiva, bochechas, céu da boca e lábios, sendo a borda lateral da língua e o assoalho da boca os locais mais frequentes. “O principal fator de risco é o tabagismo, mas, quando associado ao consumo de álcool, o risco se multiplica. É uma combinação perigosa, porque uma substância potencializa a outra”, alerta a cirurgiã-dentista, Driele Ferreira Flores. O câncer bucal pode surgir em qualquer região da cavidade oral, língua, gengiva, bochechas, céu da boca e lábios | Foto: Divulgação/IgesDF Outros fatores que elevam o risco incluem infecção pelo HPV, exposição solar prolongada dos lábios, traumas crônicos causados por próteses mal ajustadas ou ferimentos recorrentes, falta de higiene bucal adequada e predisposição genética. Tratamento e reabilitação O tratamento varia conforme o estágio e a localização do tumor, podendo incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Em casos iniciais, a remoção da lesão com margem de segurança geralmente é suficiente. Já quando o câncer se encontra em fases mais avançadas, pode haver necessidade de procedimentos mais complexos, com risco de sequelas funcionais que afetam a fala, a mastigação e a deglutição. “O acompanhamento multiprofissional é essencial para a recuperação funcional e emocional do paciente. No HRSM, cada caso é visto como uma oportunidade de reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, porque a saúde bucal também salva vidas”, conclui a chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Erika Maurienn. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
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Estados e municípios celebram acordo para implementar Reforma Tributária
Secretários das áreas fazendárias, tributárias e fiscais dos estados, de municípios e do Distrito Federal firmaram um acordo de cooperação técnica nesta quinta-feira (6), no Rio de Janeiro, para unificar os processos que envolvam a regulamentação da Reforma Tributária sobre o consumo. Com isso, a construção e deliberação sobre o novo imposto sobre bens e serviços (IBS) serão conjuntas. O tributo, que começa a ser cobrado a partir de janeiro do ano que vem, unifica o ISS (sobre serviços) e o ICMS (sobre circulação de mercadorias). A decisão foi tomada durante a 46ª Reunião Extraordinária do Comsefaz, o comitê que reúne os secretários estaduais. O secretário de Economia do DF, Daniel Izaias de Carvalho, participou do encontro, no Rio de Janeiro. “O Brasil precisa consolidar um sistema tributário mais moderno, transparente e harmônico e estamos caminhando para isso. O acordo de cooperação assinado nesta data é a demonstração prática de que estados e municípios estão empenhados em uma Reforma Tributária que produza resultados positivos, justos e equilibrados para toda a sociedade brasileira”, destacou. Daniel Izaias de Carvalho: " O acordo de cooperação assinado nesta data é a demonstração prática de que estados e municípios estão empenhados em uma Reforma Tributária que produza resultados positivos, justos e equilibrados para toda a sociedade brasileira" | Fotos: Nathan Thrall/Comsefaz O acordo também prevê a unificação das ações na construção das minutas de regulamento do regimento interno do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CG-IBS) e da especificação e desenvolvimento das soluções para a operacionalização do IBS. Os gestores fazendários e fiscais brasileiros vão, ainda, trocar informações, arquivos e dados estruturados ou leiautes específicos para o desempenho das competências, a especificação e desenvolvimento das soluções para operacionalização deste novo tributo. [LEIA_TAMBEM] Para Carvalho, o acordo vai permitir ganhos concretos de eficiência administrativa e segurança jurídica. “Com essa governança compartilhada, evitamos sobreposições de normas, reduzimos disputas e garantimos previsibilidade tanto para os entes federados quanto para o contribuinte. É uma construção coletiva que beneficia o país de ponta a ponta”, afirmou o secretário. O documento assinado no Rio de Janeiro também prevê a elaboração de relatórios, o intercâmbio de servidores públicos para ações específicas e por prazo determinado, além de visitas ao Congresso Nacional e acompanhamento da tramitação dos projetos de leis complementares. *Com informações da Secretaria de Economia
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